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Hayaldo Copque Fraga de Oliveira.pdf - RI UFBA - Universidade ...

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O movimento do palco às telas refere-se, basicamente, à influência que a arte<br />

teatral exerceu sobre a obra <strong>de</strong> Chagall, mais precisamente a partir <strong>de</strong> sua<br />

experiência como espectador <strong>de</strong> duas encenações <strong>de</strong> Vsevolod Meyerhold, em<br />

1907, no Teatro <strong>de</strong> Vera Komissarjévskaia. Tal influência é apresentada na segunda<br />

seção, Do palco às telas.<br />

Nessa seção, introduzo meu leitor a uma breve biografia <strong>de</strong> Chagall, na qual<br />

ressalto pontos relativos à sua formação artística e ao conteúdo <strong>de</strong> seu universo<br />

criativo. Por meio <strong>de</strong> uma pesquisa iconográfica e bibliográfica, com dados<br />

contextualizados historicamente, mostro ainda como se <strong>de</strong>u a troca entre o artista e<br />

o teatro: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a forma como a influência meyerholdiana se fez visível em seus<br />

quadros, até a contribuição <strong>de</strong> Chagall para o teatro com seus trabalhos como<br />

cenógrafo, que influenciaram uma série <strong>de</strong> encenadores da vanguarda teatral russa.<br />

Em seguida, na seção 3, elaboro uma análise <strong>de</strong> trabalhos do pintor, já<br />

focado no movimento <strong>de</strong> retorno ao palco. Nesta seção, tenho, como principais<br />

apoiadores teóricos, nomes como: Alberto Manguel, Etienne Souriau, Gaston<br />

Bachelard, Jean-Jacques Wunenburger, Jean-Pierre Ryngaert, Laurent Gervereau,<br />

Patrice Pavis e Sílvia Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Intitulada A tela como palco, nesta terceira seção, discuto o conceito <strong>de</strong><br />

teatralida<strong>de</strong>, articulando-o com noções bachelardianas acerca da imaginação<br />

criadora para, somente após estabelecer o <strong>de</strong>vido ajuste focal, analisar os trabalhos<br />

<strong>de</strong> Chagall. O próprio título da seção já indica, portanto, a forma como abordo as<br />

obras do artista, percebendo-a como cenas <strong>de</strong> teatro.<br />

A análise da teatralida<strong>de</strong> em Chagall constitui uma etapa fundamental em<br />

meu processo metodológico <strong>de</strong> criação dramatúrgica, pois, é a partir <strong>de</strong>la que<br />

empreendo a aproximação entre a linguagem da pintura e a linguagem do teatro,<br />

aproximação que me permite perceber, <strong>de</strong> forma mais intensa, as potencialida<strong>de</strong>s<br />

dramáticas e cênicas da obra do pintor.<br />

Desse duplo movimento que proponho, surgem algumas perguntas: O que,<br />

uma arte bidimensional como a pintura, po<strong>de</strong>ria trazer a uma arte obrigatoriamente<br />

em três dimensões espaciais e que se <strong>de</strong>senvolve numa duração como o teatro? Ou<br />

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