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fundação getúlio vargas escola de administração de empresas

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econômica (GUIMARÃES, 2002; GUTH; GINSBERG, 1990). Schumpeter (1982) introduz um<br />

conceito básico para a sua <strong>de</strong>finição – o <strong>de</strong> “<strong>de</strong>struição criativa”. O empreen<strong>de</strong>dor passa a<br />

ser entendido como aquele que <strong>de</strong>strói a or<strong>de</strong>m econômica existente por meio da introdução<br />

<strong>de</strong> novos produtos e serviços, pela criação <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> organização ou pela<br />

exploração <strong>de</strong> novos recursos materiais.<br />

A função do empreen<strong>de</strong>dor seria, então, reformar ou revolucionar o padrão <strong>de</strong> produção<br />

pela exploração <strong>de</strong> uma invenção ou, mais genericamente, um método tecnológico ainda<br />

não aplicado, <strong>de</strong> forma a produzir novos produtos, ou o mesmo produto com novos<br />

métodos, por meio <strong>de</strong> novas fontes <strong>de</strong> suprimento, ou nova forma <strong>de</strong> comercialização ou,<br />

ainda, reorganizando uma nova indústria (HISRICH; PETERS, 2002).<br />

Ao analisar a evolução histórica do termo “empreen<strong>de</strong>dor”, Hisrich e Peters (2004) e Kuratko<br />

e Hodgetts (1998), apontam que por volta <strong>de</strong> 1950, a maioria das <strong>de</strong>finições e referências ao<br />

conceito <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dor vinham da economia. A partir daí, o conceito fica mais refinado,<br />

quando são consi<strong>de</strong>rados princípios e termos <strong>de</strong> uma perspectiva empresarial,<br />

administrativa e pessoal. Hisrich e Peters (2002) ilustram essa questão, no seu quadro<br />

síntese, ao i<strong>de</strong>ntificarem a importância <strong>de</strong> autores como: McClleland, Drucker, Shapero e<br />

Vesper. Argumentam que McClelland apresenta uma abordagem diferenciada das<br />

analisadas anteriormente, pois seu foco é comportamental, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo, em linhas gerais,<br />

que o empreen<strong>de</strong>dor é motivado por uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização. Nessa abordagem, o<br />

empreen<strong>de</strong>dor po<strong>de</strong>ria ser caracterizado como um indivíduo que assume a responsabilida<strong>de</strong><br />

na resolução <strong>de</strong> problemas, que estabelece metas e as atinge pelo seu próprio esforço, e<br />

que assume riscos, não como um apostador e sim, analisando-os e administrando-os. Na<br />

mesma linha que HISRICH e PETERS (2004), Guimarães (2002) acrescenta que o mais<br />

importante para o indivíduo com elevada necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização não é a recompensa<br />

financeira, mas a recompensa com valor simbólico. Nesse sentido, empreen<strong>de</strong>dores seriam<br />

pessoas que trabalham duramente, <strong>de</strong> qualquer forma, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

realizar seu sonho, sua visão. Eles estariam interessados na recompensa monetária e no<br />

lucro, na medida em que representassem feedback quanto ao seu <strong>de</strong>sempenho<br />

(GUIMARÃES, 2002).<br />

DRUCKER (1987) <strong>de</strong>fine empreen<strong>de</strong>dor a partir do conceito <strong>de</strong> espírito empreen<strong>de</strong>dor, que<br />

o autor apresenta como uma característica distinta, seja <strong>de</strong> um indivíduo, seja <strong>de</strong> uma<br />

organização. DRUCKER enfatiza que espírito empreen<strong>de</strong>dor não é um traço <strong>de</strong><br />

personalida<strong>de</strong>, para ele “qualquer indivíduo que tenha à frente uma <strong>de</strong>cisão a tomar po<strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r a ser um empreen<strong>de</strong>dor e se comportar empreen<strong>de</strong>dorialmente.” (DRUCKER,<br />

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