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fundação getúlio vargas escola de administração de empresas

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é possível ser um empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> organizações já constituídas, o que significa ser<br />

um empreen<strong>de</strong>dor corporativo.<br />

Schumpeter enfatiza a inovação como uma característica chave, e não restringe sua<br />

conceituação <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dor a alguém in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong>ndo ser também vinculado a<br />

uma organização. Nesse ponto, existe uma congruência entre os conceitos vistos em<br />

SCHUMPETER (1982) e SHEFSKY (1994) que consi<strong>de</strong>ram a existência <strong>de</strong><br />

empreen<strong>de</strong>dores não exclusivamente <strong>de</strong>svinculados <strong>de</strong> organizações. FILION (1999),<br />

embora não <strong>de</strong> forma explicita, também tangencia essa questão em sua caracterização do<br />

empreen<strong>de</strong>dor.<br />

Para Kuratko e Hodgetts (1998), os intra-empreen<strong>de</strong>dores po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos como<br />

aqueles que:<br />

Intra-empreen<strong>de</strong>dores não são necessariamente os inventores <strong>de</strong> novos<br />

produtos ou serviços, mas as pessoas que po<strong>de</strong>m transformar idéias ou<br />

protótipos em realida<strong>de</strong>s lucrativas. São as pessoas por <strong>de</strong>trás dos produtos<br />

ou serviços. São formadores <strong>de</strong> equipes comprometidos e fortemente<br />

orientados para ver suas idéias tornarem-se realida<strong>de</strong>. Talvez o que é mais<br />

surpreen<strong>de</strong>nte: eles são tipicamente <strong>de</strong> inteligência mediana, ou ligeiramente<br />

acima da média – eles não são gênios. (KURATKO; HODGETTS, 1998, p.<br />

72-73, tradução nossa).<br />

O intra-empreen<strong>de</strong>dor po<strong>de</strong>ria ser caracterizado como o indivíduo que está interessado em<br />

implementar uma inovação, responsabilizando-se e comprometendo-se com todos os<br />

passos necessários para alcançar seu objetivo e proporcionar resultados. Esse profissional<br />

<strong>de</strong>ve se preocupar não apenas com a criação <strong>de</strong> novos negócios, mas colaborar para o<br />

crescimento e sucesso da organização, assumindo riscos calculados, i<strong>de</strong>ntificando<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios, sendo criativo, inovando e trabalhando em equipe (DORNELAS,<br />

2003). Pinchot (1989) <strong>de</strong>fine intra-empreen<strong>de</strong>dor como:<br />

Todos os ‘sonhadores que realizam’. Aqueles que assumem a<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela criação <strong>de</strong> inovações <strong>de</strong> qualquer espécie <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma organização. O intrapreneur po<strong>de</strong> ser o criador ou o inventor, mas é<br />

sempre o sonhador que concebe como transformar uma idéia em uma<br />

realida<strong>de</strong> lucrativa. (PINCHOT, 1989, p. xi).<br />

Brighenti, Lapolli e Friedlaen<strong>de</strong>r (2002) adicionam a noção <strong>de</strong> parceria ao trataram do termo<br />

intra-empreen<strong>de</strong>dor. Ao discutirem a preparação dos profissionais para o mercado,<br />

consi<strong>de</strong>ram que esses po<strong>de</strong>m ser formados para serem empregados, mas empregados<br />

parceiros da organização – empregados empreen<strong>de</strong>dores –, ou seja, intra-empreen<strong>de</strong>dores;<br />

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