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GT-grut de trabalho - Ministério do Meio Ambiente

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atualmente e a gente veio, até por um contanto feito pelo <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Ambiente</strong>,<br />

dada a importância e o valor que esse tema tem para saú<strong>de</strong> pública no nosso País.<br />

Gostaria <strong>de</strong> dividir minha fala em duas fases. A primeira fase diz mais respeito à<br />

valorização que nós estamos dan<strong>do</strong> ao problema <strong>do</strong> amianto como um problema <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública no nosso País, a ser resolvi<strong>do</strong>, não se trata só <strong>de</strong> um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

ocupacional, é um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública mais ampla, além <strong>de</strong> envolver a saú<strong>de</strong><br />

ocupacional e, num segun<strong>do</strong> momento, eu gostaria <strong>de</strong> fazer um comentário específico<br />

sobre a resolução 348 lá no seu art. 3º, inciso IV que é o objeto da discussão que nós<br />

estamos aqui hoje. Gostaria <strong>de</strong> iniciar minha fala reforçan<strong>do</strong> um pouquinho o que o<br />

<strong>do</strong>utor Rui Inocêncio <strong>do</strong> Instituto Crisotila colocou a respeito da necessida<strong>de</strong> da<br />

objetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa discussão, mas gostaria <strong>de</strong> acrescentar um pouquinho mais. Eu<br />

tenho certeza que a minha formação em medicina, estu<strong>de</strong>i seis anos medicina, mais<br />

três anos <strong>de</strong> residência médica em medicina preventiva e social, mais a especialização<br />

em saú<strong>de</strong> pública, mais o mestra<strong>do</strong> em saú<strong>de</strong> coletiva e mais a concentração em saú<strong>de</strong><br />

ocupacional dá para a gente um suporte <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong> necessário para discutir o tema<br />

<strong>do</strong> amianto. Mas quem lida com vidas humanas e não simplesmente com caixas d’água<br />

é impossível não ter a paixão por trás. Para um profissional da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

que tenha paixão em <strong>de</strong>fesa da vida, evi<strong>de</strong>ntemente toda a pauta <strong>de</strong> discussão vai ser<br />

em cima <strong>de</strong> critérios objetivos e científicos, como qualquer médico <strong>de</strong>ve fazer, mas a<br />

paixão em <strong>de</strong>fesa da vida não está por trás e a gente faz questão absoluta <strong>de</strong> citar isso.<br />

Qual é o papel <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> nessa discussão? O <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> não vai<br />

ter, sozinho, a competência <strong>de</strong> banir ou não banir, <strong>de</strong> prever ou não prever o uso<br />

controla<strong>do</strong> <strong>do</strong> amianto, mas é o <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> que tem a competência <strong>de</strong> dizer<br />

quais os danos e o impacto que isso vai trazer para a população <strong>de</strong>sse País, é isso que<br />

o <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> está fazen<strong>do</strong> e tem feito nos fóruns que tem si<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> para<br />

discussão <strong>do</strong> tema. Seja ele para discutir a ca<strong>de</strong>ia produtiva em suas várias etapas, o<br />

processo <strong>de</strong> produção. Inclusive na última etapa que é a questão <strong>do</strong> resíduo e que nós<br />

estamos aqui discutin<strong>do</strong>. Então, a gente tem essa função, temos esse papel e temos<br />

dificulda<strong>de</strong>s para lidar com esse tema. Temos uma dificulda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> na área <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública no nosso País para discutir com o tema <strong>do</strong> amianto, essa discussão é<br />

bastante aberta, é colocada publicamente. Quais são as dificulda<strong>de</strong>s? Se vocês saírem<br />

daqui e abrirem essa porta, você vão dar <strong>de</strong> cara numa placa, “proibi<strong>do</strong> fumar nesse<br />

ambiente”. A gente não conseguiu banir, nem queremos, no caso <strong>do</strong> cigarro, banir o<br />

cigarro no País porque o cigarro é uma questão individual. É assim que é coloca<strong>do</strong> pela<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira, mas o <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> tem obrigação <strong>de</strong> falar: “Olha, é<br />

proibi<strong>do</strong> fumar nesse ambiente”. Por quê? Porque se o indivíduo começar a fumar<br />

nessa sala, o indivíduo ao la<strong>do</strong> vai ter o seu risco <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> pulmão<br />

aumenta<strong>do</strong> e a pessoa que está fuman<strong>do</strong> não tem o direito <strong>de</strong> passar esse risco para<br />

outro que está ao la<strong>do</strong> e que não está fuman<strong>do</strong>. Na questão <strong>do</strong> amianto é um<br />

pouquinho diferente. O amianto não é um objeto <strong>de</strong> uso pessoal em to<strong>do</strong> o seu<br />

processo, o amianto é um insumo, uma matéria prima utilizada, substituível <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma ca<strong>de</strong>ia produtiva. Então, a postura que o <strong>Ministério</strong> da Saú<strong>de</strong> tem e terá a respeito<br />

disso é quan<strong>do</strong> a gente trata <strong>de</strong> um insumo que é utiliza<strong>do</strong> como matéria prima <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia que é substituível e que causa câncer, que causa asbestose, que causa<br />

problemas, que mata, amianto mata e to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> sabe disso aqui. Nós temos, no<br />

nosso País, uma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com o tema porque não temos, no nosso País, o<br />

custeio necessário para chegar aos diagnósticos etiológicos da relação entre o caso e o<br />

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