23.02.2014 Views

Trabalhando com Mulheres Jovens: Empoderamento ... - Promundo

Trabalhando com Mulheres Jovens: Empoderamento ... - Promundo

Trabalhando com Mulheres Jovens: Empoderamento ... - Promundo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

conha, o êxtase, a heroína, etc. Os critérios utilizados para<br />

a proibição de uma droga variam conforme a época e o<br />

país e podem ter um caráter cultural, moral ou científico.<br />

Como mencionado, o malefício ou não de uma droga<br />

não tem relação <strong>com</strong> seu caráter legal ou sua origem. Por<br />

exemplo, o tabaco é uma planta legalizada sob a forma de<br />

cigarros que causa muitos malefícios. A Cannabis sativa,<br />

nome científico da planta que dá origem a maconha,<br />

droga proibida na maioria dos países, tem sido utilizada<br />

de várias formas por diversas culturas. Além de ser um<br />

psicoativo, este produto tem importância medicinal e<br />

industrial, sendo utilizada <strong>com</strong>o fibra, papel, além de sua<br />

presença em práticas rituais de algumas culturas.<br />

Uma outra classificação das drogas pode ser também<br />

quanto à sua origem. Dentro desta classificação temos as<br />

drogas naturais, as semi-sintéticas e as sintéticas. Como<br />

o próprio nome diz, as naturais são extraídas de plantas<br />

ou vegetais (cocaína, maconha, etc.); as sintéticas são<br />

as produzidas em laboratórios a partir de outras drogas<br />

sintéticas (são também chamadas club drugs); as semisintéticas<br />

são produzidas em laboratórios a partir de<br />

um vegetal (heroína).<br />

Relação entre o uso de drogas e HIV/AIDS<br />

uso de drogas, além de seus efeitos no<br />

O organismo, representa um fator de vulnerabilidade<br />

às DST/HIV/AIDS, para ambos os sexos.<br />

Sob o efeito do álcool e outras drogas, as pessoas<br />

propõem menos o uso de preservativos. As drogas<br />

limitam a capacidade crítica do indivíduo,<br />

levando-o a ter relações sexuais desprotegidas.<br />

Ainda, o <strong>com</strong>partilhamento de seringas para a<br />

injeção de drogas é um importante fator de infecção<br />

por HIV.<br />

Drogas, prazer e prevenção<br />

Pessoas de todas as idades, classes econômicas, culturas<br />

e níveis de educação estão vulneráveis ao uso de drogas,<br />

variando-se apenas o motivo e o tipo de droga consumida.<br />

No caso de homens e mulheres, ambos consomem<br />

drogas. No entanto, as expectativas sociais sobre <strong>com</strong>o<br />

deve ser seu <strong>com</strong>portamento e aparência, faz <strong>com</strong> que<br />

variem o tipo e droga consumida. Por exemplo, mulheres<br />

costumam consumir mais remédios para emagrecer, em<br />

resposta ao “culto ao corpo feminino esbelto”, que é<br />

promovido por modelos de revistas femininas ou pela<br />

mídia de forma geral. Muitas dessas drogas utilizadas por<br />

mulheres são drogas legais, mas que possuem um efeito<br />

bastante considerável no organismo. Homens, por outro<br />

lado, costumam usar esteróides ou anabolizantes para<br />

acelerar o desenvolvimento de músculos, o que costuma<br />

ser associado à virilidade.<br />

Em relação aos esforços para a prevenção do consumo<br />

de drogas, existe um receio generalizado de que ao falarmos<br />

sobre as drogas, principalmente para adolescentes e<br />

jovens, estimularemos sua curiosidade de experimentálas.<br />

Por outro lado, desde muito cedo, somos expostos a<br />

propagandas sobre álcool e outras drogas, que encobrem<br />

os efeitos negativos de seu uso. Por exemplo, personagens<br />

da televisão, <strong>com</strong>erciais ou cinema que preparam<br />

e bebem seus drinques <strong>com</strong> classe e sofisticação. Nas<br />

propagandas de bebidas e cigarros, pessoas aparecem<br />

esbanjando saúde. No entanto, apenas informar quais<br />

são as conseqüências negativas relacionadas ao uso de<br />

drogas não evita seu consumo. Assim, nem o silêncio,<br />

nem a informação sozinha são suficientes para reduzir a<br />

vulnerabilidade em relação às drogas. É preciso reconhecer<br />

que as drogas são substâncias que oferecem prazer<br />

imediato. Então, torna-se necessário o desenvolvimento<br />

de atividades que façam os indivíduos ultrapassarem<br />

conflitos emocionais, familiares e sociais e encontrarem<br />

alternativas prazerosas para a vida, que não seja o uso<br />

de substâncias. Além disso, o prazer emocional ou físico<br />

gerado pela droga é momentâneo e artificial, não existe<br />

após o término do efeito e causa danos à saúde. Os<br />

esforços educativos em relação às drogas devem incluir<br />

discussões sobre este prazer e formas de reduzir os possíveis<br />

danos causados pela droga. Por exemplo, beber<br />

bastante água ao consumir álcool, não dirigir embriagado,<br />

usar sempre seringas descartáveis, entre outros fatores<br />

que podem amenizar as conseqüências do uso de drogas<br />

(ver Técnica 26: Prazeres e Riscos).<br />

Para trabalhar o tema drogas é importante evitar julgamentos<br />

e deixar as pessoas à vontade para <strong>com</strong>partilhar<br />

<strong>Trabalhando</strong> <strong>com</strong> <strong>Mulheres</strong> <strong>Jovens</strong>:<br />

<strong>Empoderamento</strong>, Cidadania e Saúde<br />

107

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!