Trabalhando com Mulheres Jovens: Empoderamento ... - Promundo
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Ter conhecimento de nossos direitos sexuais e<br />
reprodutivos é um passo importante para garantir<br />
nossa saúde sexual e reprodutiva e mais<br />
equidade nos relacionamentos íntimos.<br />
Em outras palavras, se uma mulher sentir<br />
que tem o direito de experimentar o prazer<br />
<strong>com</strong> quem escolher ou se sentir capaz de<br />
determinar o momento certo de ter uma<br />
filho, esses direitos serão buscados.<br />
O que são direitos sexuais e direitos reprodutivos?<br />
A saúde sexual e reprodutiva se refere ao <strong>com</strong>pleto<br />
bem-estar físico, mental e social em tudo o que concerne<br />
o sistema reprodutivo e suas funções, e não a simples<br />
ausência de doença ou enfermidade. Isto implica, por<br />
conseguinte, que a pessoa possa ter uma vida sexual segura<br />
e satisfatória, tendo a capacidade de reproduzir e a<br />
liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve<br />
fazê-lo. Para isto, homens e mulheres têm o direito de serem<br />
informados e de terem acesso aos métodos eficientes,<br />
seguros e aceitáveis de planejamento familiar.<br />
Embora os direitos sexuais e os direitos reprodutivos<br />
estejam relacionados, é importante reconhecer sua diferença.<br />
Por exemplo, sexo não se restringe à reprodução<br />
– os indivíduos têm direito a experimentar o prazer sexual,<br />
sem nenhuma intenção de ter filhos. Além disso, debates<br />
sobre aborto, parto seguro, prevenção de DSTs e HIV/<br />
AIDS têm frequentemente ocupado o espaço na maioria<br />
das discussões sobre tais direitos (para alguns exemplos<br />
desses direitos, veja Folha de Apoio 15A). No entanto,<br />
raramente o direito ao prazer sexual é reconhecido ou<br />
discutido, ou os fatores necessários para a realização do<br />
prazer sexual, incluindo: conhecer e gostar de seu próprio<br />
corpo, relacionar-se <strong>com</strong> outra pessoa <strong>com</strong> responsabilidade<br />
e respeito, ter uma boa saúde sexual, incluindo<br />
evitar contrair DST e HIV/AIDS e realização de exames<br />
preventivos. Estes mesmos fatores são fundamentais<br />
para outras questões relacionadas aos direitos sexuais e<br />
reprodutivos, tais <strong>com</strong>o a prevenção de violência sexual,<br />
mortalidade materna e, em alguns países, especialmente<br />
na África, a mutilação genital feminina.<br />
A camisinha pode desempenhar um papel importante<br />
em assegurar que ambos, homens e mulheres, tenham<br />
o direito à saúde e ao prazer sexual. A caminha protege<br />
simultaneamente de gravidez não desejada e IST/ HIV.<br />
Embora o preservativo tenha diferentes significados em<br />
diferentes formas de relacionamento (ex. casais, parceiros<br />
casuais), é importante que o preservativo seja associado<br />
ao diálogo e ao cuidado.<br />
Todo ser humano tem o direito de experimentar o<br />
prazer de diversas formas, desde que haja consenso de<br />
todas as partes envolvidas. Desta maneira, o respeito<br />
à diversidade sexual é fundamental para garantir o direito<br />
ao prazer sexual. No Brasil e em outros países da<br />
América Latina, as relações homoeróticas masculinas e<br />
femininas estão sendo cada vez mais respeitadas, fruto<br />
de transformações sociais e culturais que contribuíram<br />
para a formação dos direitos sexuais e reprodutivos e<br />
direitos humanos. No entanto, ainda são necessários<br />
muitos avanços. Em muitas famílias, escolas, locais de<br />
trabalho e de lazer, homossexuais, homens e mulheres,<br />
sofrem preconceitos e são temidos. Estas respostas vêm,<br />
em geral, da falta de conhecimento e da negação do assunto.<br />
Debates sobre o tema são importantes, em busca<br />
de uma sociedade mais plural e solidária.<br />
Os direitos sexuais incluem o direito de viver a<br />
sexualidade <strong>com</strong> prazer, sem culpa, vergonha,<br />
medo ou coerção, independente do estado civil,<br />
idade ou condição física. Todas as pessoas têm<br />
direito de viver suas fantasias, de optar por ser ou<br />
não sexualmente ativa, de escolher a hora em que<br />
terá relações sexuais e as práticas que lhe agradam,<br />
desde que haja consentimento de ambas as partes<br />
(onde ambos são adultos). Escolher o parceiro sem<br />
discriminação, e <strong>com</strong> autonomia para expressar sua<br />
orientação sexual, se assim desejar, também é um<br />
direito de todo ser humano. Violações <strong>com</strong>uns dos<br />
direitos sexuais incluem mutilação genital, assédio,<br />
abuso e exploração sexual, o que prejudica, viola<br />
ou anula liberdades de meninas e mulheres.<br />
Os direitos reprodutivos estão relacionados ao<br />
direito básico de todas as pessoas decidirem livre<br />
e responsavelmente se querem ou não ter filhos<br />
e sobre o número e o espaçamento de tê-los,<br />
incluindo a informação e os meios de fazê-lo.<br />
64<br />
<strong>Trabalhando</strong> <strong>com</strong> <strong>Mulheres</strong> <strong>Jovens</strong>:<br />
<strong>Empoderamento</strong>, Cidadania e Saúde