Trabalhando com Mulheres Jovens: Empoderamento ... - Promundo
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Perguntas para discussão<br />
• Essas situações existem na vida real?<br />
• Existem outros exemplos de mulheres em sua <strong>com</strong>unidade<br />
que não preenchem as expectativas de <strong>com</strong>o uma<br />
mulher deveria agir ou <strong>com</strong>o deveria ser sua aparência?<br />
Que tipos de desafios essas mulheres enfrentam?<br />
• Vocês acham que as expectativas de <strong>com</strong>o uma mulher<br />
deve ser ou agir são diferentes de quando nossas mães<br />
ou avós eram jovens? Se sim, de que forma?<br />
• Uma mulher enfrenta desafios extras ou preconceitos<br />
dependendo de sua classe social, raça ou religião? Se<br />
sim, de que modo?<br />
• Existem outros exemplos de homens em sua <strong>com</strong>unidade<br />
que não preenchem as expectativas de <strong>com</strong>o<br />
um homem deveria ser ou agir? Que desafios esses<br />
homens enfrentam?<br />
• As expectativas de <strong>com</strong>o um homem deve ser ou agir<br />
são diferentes de quando nossos pais ou avós eram<br />
jovens? Se sim, de que forma?<br />
• Um homem enfrenta desafios ou preconceitos dependendo<br />
de sua classe social, etnia ou religião? Se sim,<br />
de que modo?<br />
•O que você acha que pode fazer para ajudar a promover<br />
uma maior aceitação e respeito para as diversas formas<br />
de ser e agir de homens e mulheres?<br />
Fechamento<br />
Tanto as mulheres <strong>com</strong>o os homens encaram, muitas<br />
vezes, expectativas rígidas sobre <strong>com</strong>o devemos agir e de<br />
quais devem ser nossos papéis na família, na <strong>com</strong>unidade<br />
e na sociedade. Essas expectativas podem nos impedir<br />
de expressar plenamente nossos interesses ou nosso<br />
potencial, incluindo a forma <strong>com</strong>o desejamos nos vestir,<br />
quem desejamos amar, que profissão queremos ter e os<br />
papéis que queremos assumir nos relacionamentos íntimos<br />
e familiares. É importante lembrar que, da mesma<br />
forma, <strong>com</strong>o os estereótipos de gênero são aprendidos,<br />
eles também podem ser desafiados e desaprendidos. É<br />
necessário que nos apoiemos mutuamente e trabalhemos<br />
em conjunto para construir uma <strong>com</strong>unidade onde<br />
homens e mulheres possam ir além dos modelos do que<br />
é considerado “feminino” ou “masculino”.<br />
Link – Manual<br />
A Atividade 19: Diversidade Sexual promove uma discussão<br />
mais aprofundada sobre relações amorosas entre<br />
homens e entre mulheres.<br />
Estereótipos 6<br />
estereótipo é uma generalização abusiva que<br />
O distorce a realidade. Um exemplo de estereótipo<br />
é representar as mulheres sempre <strong>com</strong>o esposas<br />
e mães, desconsiderando as mulheres que trabalham<br />
fora, as que não são casadas e as que têm vida social<br />
fora do lar. Representar os homens sempre <strong>com</strong>o<br />
chefes de família, incapazes de afeto ou sentimentos<br />
(homem não chora!), incapazes de cuidar dos filhos,<br />
etc, é outro exemplo. É um pensamento (duplamente)<br />
estereotipado representar homens negros <strong>com</strong>o<br />
choferes, mordomos, ou <strong>com</strong>o aqueles que lidam<br />
<strong>com</strong> profissões menos valorizadas: encanador, garagista,<br />
porteiro, etc. Da mesma forma, mulheres negras<br />
são representadas <strong>com</strong>o empregadas domésticas,<br />
cozinheiras, dançarinas altamente erotizadas, etc.<br />
Também pessoas pobres são vistas e representadas<br />
<strong>com</strong>o perigosas, causadoras de violência, responsáveis<br />
pela promiscuidade, <strong>com</strong>prometidas <strong>com</strong> uma<br />
vida sexual desregrada, etc.<br />
<strong>Mulheres</strong> homossexuais são vistas <strong>com</strong>o másculas,<br />
indelicadas, sofredoras, problemáticas. Homens homossexuais<br />
são vistos <strong>com</strong>o afeminados, delicados,<br />
sensíveis, responsáveis pela disseminação da Aids,<br />
“sem-vergonha”, doentes.<br />
Os estereótipos de gênero apresentam as diferenças<br />
de <strong>com</strong>portamento entre homens e mulheres <strong>com</strong>o se<br />
fossem qualidades ou fraquezas inerentes, coisas de<br />
nascença, de natureza, que não se podem mudar.<br />
É importante <strong>com</strong>preender que essas situações<br />
são resultantes do tipo de educação que recebemos<br />
e transmitimos na família, na escola, nos meios de<br />
<strong>com</strong>unicação e que é preciso um intenso trabalho de<br />
desmontagem desses clichês, para erradicar o preconceito<br />
de gênero e eliminar a injustiça que cerca atitudes<br />
baseadas em concepções estereotipadas.<br />
6<br />
Adaptado de ECOS. Manual Sexo Sem Vergonha: uma metodologia de<br />
trabalho <strong>com</strong> educação sexual. Sao Paulo, 2001.<br />
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