Programas de Monitorização Radiológica Ambiental - Instituto ...
Programas de Monitorização Radiológica Ambiental - Instituto ...
Programas de Monitorização Radiológica Ambiental - Instituto ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Relatório UPSR-A nº38/2011<br />
III.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
A) Sub-bacia hidrográfica do conjunto Ribeira da Pantanha, Ribeira do Castelo e Rio<br />
Mon<strong>de</strong>go<br />
As amostras <strong>de</strong>stes cursos <strong>de</strong> água foram analisadas para a fracção soluvel, matéria<br />
particulada em suspensão e sedimentos do leito (Tabelas III.1,2,3,4).<br />
As concentrações <strong>de</strong> referência dos radionuclidos em solução na água da Ribeira da<br />
Pantanha foram <strong>de</strong>terminadas em U1, a montante das duas minas e escombreiras existentes na<br />
zona, Minas <strong>de</strong> Valinhos e Urgeiriça (Figura III.2). Nas águas da Ribeira retidas na barragem<br />
<strong>de</strong> Valinhos, junto da antiga mina com o mesmo nome e situada a montante da Urgeiriça, ainda<br />
se observaram concentrações <strong>de</strong> urânio, rádio, chumbo e polónio acima do fundo natural, ainda<br />
que muito inferiores às <strong>de</strong> anos anteriores em virtu<strong>de</strong> dos trabalhos <strong>de</strong> remediação efectuados<br />
(Tabela III.1). As concentrações <strong>de</strong> radionuclidos apresentaram um aumento na zona da<br />
Urgeiriça e um <strong>de</strong>créscimo para jusante, com o aumento da distância ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga das<br />
águas residuais e escorrencias das escombreiras da Urgeiriça. Foram especialmente elevadas as<br />
concentrações <strong>de</strong> radionuclidos <strong>de</strong>terminadas nas escorrências subterrâneas (infiltração) das<br />
águas da Barragem Velha, que atingem valores <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 23752 mBq/L <strong>de</strong> 238 U, e <strong>de</strong> 148<br />
mBq/L <strong>de</strong> 226 Ra. Estas escorrências são em boa parte recolhidas e enviadas para a ETAR da<br />
Barragem Nova on<strong>de</strong> são neutralizadas e os radionuclidos precipitados antes da <strong>de</strong>scarga para a<br />
Ribeira da Pantanha. Nas Caldas da Felgueira, perto da confluência da Pantanha com o Rio<br />
Mon<strong>de</strong>go, as concentrações dos radionuclidos foram no geral inferiores que na zona <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> águas residuais mas ainda mais elevadas que na estação <strong>de</strong> referencia a montante<br />
da zona mineira (Tabela III.1).<br />
A matéria particulada transportada pela água da Ribeira da Pantanha tem<br />
concentrações elevadas associadas às <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> águas tratadas ou não tratadas (Tabela<br />
III.2). As activida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> urânio, mas tambem dos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes do urânio, são no<br />
geral já elevadas pois trata-se <strong>de</strong> uma região com elevado fundo radioactivo natural, como se<br />
po<strong>de</strong> observar em U1 (Tabela III.3). Essas concentrações aumentaram após as <strong>de</strong>scargas da<br />
ETAR da Urgeiriça, para jusante até ao Rio Mon<strong>de</strong>go.<br />
98