Programas de Monitorização Radiológica Ambiental - Instituto ...
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<strong>Programas</strong> <strong>de</strong> Monitorização Radiológica <strong>Ambiental</strong> (Ano 2010)<br />
I.2.1.2 Resultados e Discussão<br />
Na Tabela I.1 apresentam-se os valores <strong>de</strong> concentração médios mensais e anuais para<br />
os radionuclidos <strong>de</strong>tectados em aerossóis e ainda as concentrações médias mensais <strong>de</strong><br />
partículas totais em suspensão (PTS). Na Figura I.5 representam-se graficamente esses valores.<br />
A concentração média mensal <strong>de</strong> partículas totais em suspensão variou entre 13 µg m -3<br />
(em Janeiro) e 44 µg m -3 (em Julho).<br />
A concentração <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> média mensal em 7 Be variou entre 1,36±0,04 e 4,8±0,1<br />
mBq m -3 , apresentando um valor médio anual <strong>de</strong> 3,0±1,0 mBq m -3 . Estes valores são<br />
consistentes com a gama <strong>de</strong> concentrações referida por outros autores para diferentes locais<br />
(Hernan<strong>de</strong>z et al., 2007; Heinrich et al., 2007; Vallés et al., 2009). A concentração média mais<br />
elevada <strong>de</strong> 7 Be (4,8±0,1 mBq m -3 ) ocorreu no mês <strong>de</strong> Maio (Figura I.5), durante a Primavera,<br />
período do ano em que, nas latitu<strong>de</strong>s médias, existe uma maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong><br />
intrusões, na troposfera, <strong>de</strong> massas <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> origem estratosférica portadoras <strong>de</strong> aerossóis<br />
enriquecidos em 7 Be. Esta tendência sazonal é também referida por outros autores (H.<br />
Muramatsu et al., 2008; N. Lazarevic et al., 2009; J. Pan et al., 2011), tendo já sido verificada<br />
em anos anteriores (Reis et al., 2006; Fonseca & Reis, 2006), à excepção do ano <strong>de</strong> 2008.<br />
No caso do 210 Pb, a concentração da sua activida<strong>de</strong> média mensal variou entre<br />
0,061±0,003 mBq m -3 e 0,46±0,02 mBq m -3 , com um valor médio anual <strong>de</strong> 0,25±0,11<br />
mBq m -3 , valores consistentes com os registados em anos anteriores (Madruga et al., 2007,<br />
2008, 2009d & 2010) e que se situam <strong>de</strong>ntro da gama <strong>de</strong> valores reportados por outros autores<br />
(T. Abe et al., 2010; M. Baskaran, 2011).<br />
Relativamente à activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 137 Cs em partículas <strong>de</strong> aerossol, o seu valor foi sempre<br />
inferior à activida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong>tectável (Tabela I.1), à excepção dos meses <strong>de</strong> Julho e Agosto<br />
(0,3±0,1 µBq m -3 e 0,5±0,1 µBq m -3 , respectivamente). Sendo assim, a dose <strong>de</strong> radiação <strong>de</strong>vida<br />
à eventual inalação <strong>de</strong>ste radionuclido não <strong>de</strong>verá exce<strong>de</strong>r 0,02 nSv ano -1 . A estimativa <strong>de</strong>ste<br />
valor <strong>de</strong> dose teve por base as recomendações da Comissão Internacional <strong>de</strong> Protecção<br />
Radiológica (ICRP, 1996), aplicáveis a membros do público cujo modo <strong>de</strong> vida e metabolismo<br />
correspon<strong>de</strong>m a uma população média. Numa perspectiva conservativa, consi<strong>de</strong>rou-se para o<br />
cálculo da dose efectiva o valor máximo registado para o 137 Cs ao longo do ano.<br />
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