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CUIDAR SEM VIOLÊNCIA, TODO MUNDO PODE<br />
Aplicado o pré-teste, é hora de apresentar os pontos “turísticos” desta viagem e quem vai estar<br />
junto. O aquecimento, serve justamente para isso: apresentar os temas que serão abordados; saber<br />
quais são as expectativas que as pessoas tem sobre estes encontros; esclarecer os objetivos e criar<br />
um ambiente agradável para que todos se sintam à vontade para dar suas opiniões e sugestões.<br />
Entretanto, sabemos que conviver com um grupo novo mesmo que, por pouco tempo, nem <strong>sem</strong>pre é<br />
fácil. Competição, agressividade, brincadeiras preconceituosas, são algumas das situações que podem<br />
acontecer e, por isso, é necessário que se faça um verdadeiro contrato de convivência.<br />
Quando tudo isso estiver pronto, agora sim, é hora de começar nossa viagem.<br />
E ela começa pelo caminho dos direitos da criança e do adolescente e segue pela discussão<br />
sobre a diversidade, ou seja, as diferenças que existem entre as pessoas e que são vistas ainda por<br />
muitas pessoas como desigualdades. Questões relacionadas ao racismo, por exemplo, são tratadas<br />
neste momento.<br />
Na seqüência, o tema da família é visitado seguindo-se para as necessidades físicas, afetivas e<br />
sociais de uma criança de 0 a 11 anos. Para terminar essa parte de nossa excursão, é feita uma<br />
parada na árvore dos gêneros para se entender como as diferenças que existem entre o ser homem e<br />
o ser mulher são construídas, perceber que, nos dias de hoje, existem várias formas de ser homem e<br />
de ser mulher e que os direitos são os mesmos.<br />
Depois, seguindo por nossa estrada, é hora de falar sobre um problema que ninguém gostaria que<br />
existisse mas que, infelizmente, faz parte da vida de todo mundo: as violências. A violência que está<br />
a nossa volta, a que sofremos e a que cometemos, a violência dentro de casa, os maus-tratos contra<br />
crianças e adolescentes, o abuso sexual, são alguns dos temas que são abordados. Entretanto, longe<br />
desta fase da viagem parecer impossível de ser feita e de dar vontade de desistir, ela vai nos levar<br />
pelo caminho das alternativas que existem para resolver os conflitos dentro da família e nos lembrar<br />
dos apoios e recursos que estão na comunidade e que podem nos ajudar.<br />
E já que, a partir daí sabemos quais são os direitos das crianças e dos adolescentes, o que é uma<br />
família e quais as necessidades das crianças e o que é preciso fazer para prevenir a violência dentro<br />
de casa e com quem contamos na comunidade, é hora de organizar uma nova viagem e convidar<br />
novos participantes. E, para que ela seja boa, é preciso saber onde queremos chegar, planejar o que<br />
vamos fazer para organizar uma verdadeira rede de pessoas em nossa comunidade ou em nossa<br />
cidade, que tenham objetivos em comum: o de garantir que todas as crianças vivam em um ambiente<br />
seguro e protetor, ou seja, de crescer em famílias onde estejam livres da violência e tenham todos os<br />
cuidados que precisam para se desenvolver e que os pais, as mães e os responsáveis estabeleçam<br />
limites, disciplina e formas de ajudar seus filhos em seu processo de crescimento que não incluam<br />
o uso da violência.<br />
E para terminar, é preciso saber se os viajantes gostaram da viagem e se ela trouxe mudanças para<br />
a sua vida. A avaliação tem duas etapas: a primeira é a aplicação do pós-teste, o mesmo instrumento<br />
que se utilizou antes da capacitação iniciar e que vai nos mostrar o que mudou em termos do<br />
conhecimento e postura das pessoas frente às situações referentes às necessidades das crianças,<br />
violência intrafamiliar e direitos das crianças e adolescentes. Aplicado o pós teste, são sugeridas<br />
cinco questões para serem discutidas pelo grupo oralmente e, quem sabe, no final até se marcar as<br />
datas de um novo passeio.