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158 jan/fev 2012 - Odebrecht Informa

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Rosabel Miró<br />

e, na página ao<br />

lado, a Cidade do<br />

Panamá: sonho<br />

realizado<br />

ao acrescentar que o EIA também determina que 22<br />

hectares de mangue sejam replantados, em resposta<br />

à necessidade de desmate de 11 hectares para a<br />

obra. O parque, por sua vez, deve abranger uma área<br />

de cerca de 50 hectares. Francisco Martins ressalta<br />

que o projeto do parque foi concebido agregando três<br />

linhas de ação: educação ambiental, pesquisa científica<br />

e uma linha de participação comunitária, e as<br />

três devem ser interligadas.<br />

“A criação do parque estará integrada a um amplo<br />

programa de educação ambiental, que não terá<br />

somente a capital panamenha como foco, mas também<br />

as partes mais altas da bacia hidrográfica do<br />

Rio Juan Díaz, pois a contaminação do manguezal<br />

ocorre tanto horizontalmente, com os resíduos provenientes<br />

da Baía do Panamá, quanto verticalmente,<br />

pela poluição do rio”, explica Martins.<br />

A pesquisa científica envolve a participação de<br />

instituições como o Instituto Smithsonian e universidades<br />

norte-americanas, como a Universidade da<br />

Virgínia, que têm estudado a eficiência dos manguezais<br />

na captura de carbono.<br />

As comunidades locais beneficiam-se diretamente<br />

por meio das novas oportunidades geradas com<br />

atividades como o ecoturismo de observação de aves.<br />

Rosabel Miró, Diretora Executiva da Sociedade<br />

Audubon do Panamá (uma ONG que começou nos<br />

anos 1960 como um clube de observadores de pássaros<br />

e de pessoas que gostavam da natureza), explica<br />

que a localização do futuro parque também é<br />

considerada “Sítio Hemisférico”, pela Rede Hemisférica<br />

de Aves Migratórias Praieiras (WHRAP, sigla<br />

em inglês), uma vez que a região recebe anualmente<br />

cerca de 2 milhões de aves praieiras que fazem migração<br />

do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul e<br />

elegem o local para descansarem, se alimentarem,<br />

se reproduzirem e se desenvolverem.<br />

“A construção da planta e a consequente criação<br />

do parque tornará a área acessível ao público, pois<br />

antes ninguém conseguia chegar à área”, comemora<br />

Rosabel Miró. Ela diz que será possível uma maior<br />

sensibilização e educação ambiental sobre a importância<br />

da região para os panamenhos. “Para mim<br />

será um sonho realizado ver que as crianças terão<br />

acesso a uma área à qual eu, quando criança, não<br />

tive. Que eles possam olhar, que possam aprender. É<br />

uma oportunidade que eu não tive, mas na qual agora,<br />

felizmente, estou envolvida”, ela comenta, sem<br />

conseguir ocultar a euforia.<br />

Com a criação do parque, é aguardada a presença<br />

de visitantes à região e a criação de oportunidades<br />

para que a comunidade local se desenvolva economicamente<br />

e tenha mais conhecimento sobre questões<br />

ambientais. A área de Juan Díaz compreende uma<br />

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informa

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