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2.ª divisão - Post Milenio

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<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />

9 a 15 de Janeiro de 2009 3<br />

A Pérola Mais Linda do Atlântico<br />

ALEXANDRE RIBEIRO<br />

FRANCO<br />

Em primeiro lugar, os nossos<br />

agradecimentos à<br />

SATA, pelos excelentes<br />

voos em classe executiva que nos<br />

proporcionaram, assim como ao<br />

Governo Regional da Madeira,<br />

que através do seu Presidente, Dr.<br />

Alberto João Jardim (que como<br />

sabem assina uma coluna semanal<br />

no nosso jornal), tornou possível<br />

esta nossa primeira passagem<br />

de ano na cidade do<br />

Funchal, na maravilhosa Ilha da<br />

Madeira, onde chegámos na<br />

véspera do grande dia, ou melhor<br />

dizendo da inesquecível noite.<br />

Após a nossa chegada ao Hotel da<br />

Escola de Hotelaria da Madeira, onde<br />

fomos muito bem recebidos, eis que metemos<br />

mãos à obra, o mesmo é dizer que não<br />

perdemos tempo e de imediato nos lançámos<br />

à conquista de tudo quanto é bom e que<br />

esta linda terra oferece a todos quantos lá<br />

residem e muito especialmente aos seus visitantes.<br />

Primeira etapa, de Táxi, do Hotel para o<br />

Centro da Cidade, com uma paragem pelo<br />

novo Meliã Hotel, construído no ano de<br />

2008 e bastante ligado às comemorações<br />

dos 500 Anos do Funchal. Antes, porém,<br />

conversámos com o motorista do Táxi que<br />

nos disse que apesar dos seus 60 anos de<br />

idade, era natural da Madeira e nunca saiu<br />

daquele arquipélago (formado por três<br />

ilhas, a da Madeira, propriamente dita, a de<br />

Porto Santo e as Desertas). Disse-nos o Sr.<br />

João: “É verdade, nasci aqui e nunca de cá<br />

saí. Fui a Porto Santo, de barco… e mais<br />

nada.”<br />

Então, porquê? “Porque tenho medo de<br />

andar de avião!” Muito bem.<br />

Depois, uma viagem num confortável<br />

autocarro da Sightseeing Tours do Funchal,<br />

que nos levou a todos os cantos da cidade.<br />

Como é muito mais fácil conhecermos a<br />

terra que visitamos. Passámos por todos os<br />

sítios importantes, desde a famosa Marina<br />

que viria a ser palco de uma noite<br />

inesquecível, o Teleférico, o Estádio dos<br />

o seu colega tem medo de andar de avião, o<br />

meu amigo não tem medo de aviões, pois<br />

até já visitou a África do Sul, mas no entanto<br />

tem medo do Teleférico. Tudo bem. O<br />

simpático motorista lá nos deixou no<br />

Teleférico e nós enfrentámos uma enorme<br />

fila até que conseguimos adquirir o nosso<br />

bilhete e outra para embarcarmos num dos<br />

carros. Mas, valeu a pena. Espectacular.<br />

No topo, quase que arriscámos descer a<br />

montanha numa daquelas “cestinhas”, só<br />

que a fila era ainda maior e o tempo de<br />

espera era demais. Resolvemos regressar à<br />

Marina pelo Teleférico.<br />

Chegou a hora de jantar. Como sempre<br />

optámos pela melhor solução: Perguntar a<br />

uma taxista. A resposta foi bem elucidativa:<br />

“Olhe, comer num destes restaurantes, não<br />

vai ficar mal servido, mas há melhores.”<br />

Então, diga. “Eu levo-o ao Barqueiro, o<br />

melhor restaurante da ilha no que concerne<br />

peixe. Fresco e com grande variedade.” Lá<br />

fomos.<br />

Não nos esqueçamos que estávamos na<br />

noite de passagem de ano. Como resultado,<br />

restaurante cheio. Só com reserva, dizia o<br />

Gerente de O Barqueiro. No entanto, falei<br />

com o proprietário, expliquei a situação e<br />

ele, muito gentilmente lá nos arranjou um<br />

cantinho. E, entre Camarões Tigres<br />

Gigantes e Açordas de Marisco, acabámos<br />

por jantar maravilhosamente.<br />

Dali, de volta para a Marina, onde<br />

passámos algum tempo pelos cafés exis-<br />

assistimos ao Maior Espectáculo<br />

Pirotécnico do Mundo.<br />

Daqueles onde mais se aplica o provérbio<br />

“Ver para Crer!” E, é preciso mesmo<br />

testemunhar, para acreditar. Ao longo de<br />

muitos anos apreciámos os 15 ou 20 segundos<br />

que os noticiários televisivos proporcionam<br />

sobre a Passagem de Ano no<br />

Funchal, mas acreditem que só visto.<br />

Imagens de todo o tamanho, feitio e cores.<br />

Verdadeiros arco-íris de fogo nos céus da<br />

Madeira, de tal modo intensos, que a determinada<br />

altura parecia que estávamos noutro<br />

mundo.<br />

Milhares de pessoas optam por ver o<br />

Fogo (como vulgarmente toda a gente lhe<br />

chama) de locais privilegiados, ou pelo<br />

menos assim se referem a pontos de excelente<br />

visão, como S.Roque, ou Santo<br />

António, ou até mesmo do Estreito de<br />

Câmara de Lobos, ou do Machico, mas nós<br />

situámo-nos mesmo por baixo do espectáculo,<br />

ao ponto de nos cair em cima as cinzas<br />

da pólvora do Fogo de Artificio.<br />

Simplesmente sensacional.<br />

500 ANOS DO FUNCHAL<br />

Eis a informação que nos foi providenciada<br />

pela organização dos 500 Anos do<br />

Funchal.<br />

A cidade do Funchal, na Região<br />

Autónoma da Madeira contou, desde<br />

Agosto de 2008, 500 anos de instituição<br />

como cidade pela coroa Portuguesa, a<br />

primeira a ser instituída nos vastos<br />

domínios dos Descobrimentos. A sua instituição<br />

atendia ao desenvolvimento operado<br />

com a florescente cultura açucareira e tinha<br />

ainda em vista, num curto prazo, separar o<br />

vasto território descoberto pelos portugueses<br />

da Ordem de Cristo. Pretendia-se assim<br />

criar no Funchal a sede de um vasto<br />

Bispado responsável espiritualmente pelos<br />

novos territórios das margens do Atlântico e<br />

do Índico.<br />

Um pouco de História<br />

O arquipélago da Madeira foi descoberto<br />

em 1419 e o seu povoamento surgiu no<br />

quadro dos descobrimentos do século XV,<br />

como a primeira experiência de povoamento<br />

e exploração de terras até então nunca<br />

habitadas. Ensaiadas culturas que imediatamente<br />

deram lucros consideráveis, como<br />

logo de início o trigo e, depois, a cana sacarina,<br />

este modelo veio a ser exportado para<br />

as novas terras atlânticas, como os<br />

arquipélagos das Canárias, Açores e Cabo<br />

Continuação na página 5<br />

Barreiros, a Praça do Município, e tantas<br />

outras coisas bonitas.<br />

Ao regressarmos ao ponto de partida,<br />

quase duas horas depois, entrámos para<br />

outro táxi e pedimos ao motorista que nos<br />

levasse para o centro da cidade ou a Marina.<br />

Mais uma vez conversámos com o chauffeur.<br />

Este disse-nos que já tinha vivido no<br />

Continente e na África do Sul, mas acabou<br />

por regressar à sua terra natal. Mudei de<br />

ideias e pedi-lhe que me deixasse no<br />

Teleférico, pois iria fazer uma visita ao topo<br />

da montanha. Aí, ele retorquiu. “O<br />

Teleférico?” Sim, sim, o teleférico. “E não<br />

tem medo?”. Eu não, mas pelos vistos o<br />

meu amigo tem. “Pois tenho. Nunca andei<br />

no Teleférico e nem lá ponho os pés.” Então<br />

tentes. Estudando aquele meio ambiente<br />

fabuloso, com milhares e milhares de pessoas<br />

a andarem para cima e para baixo.<br />

As horas foram passando e fomo-nos<br />

aproximando da Marina, onde a concentração<br />

de pessoas era cada vez maior.<br />

Até que chegaram as 24 horas do dia 31<br />

de Dezembro de 2008, zero horas do dia 1<br />

de Janeiro de 2009. Começaram a arrebentar<br />

os primeiros Fogos. Aqueles que durante<br />

o dia tínhamos analisado em pormenor, pois<br />

se antigamente se atiravam os foguetes e se<br />

apanhavam as canas, agora, meu Deus, é<br />

tudo computorizado. Quilómetros e<br />

quilómetros de fios. Receptores.<br />

Detonadores. Computadores. Tecnologia<br />

muito avançada. E, durante quinze minutos

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