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24 Pensamento Algébrico<br />
neralização e à procura da estrutura e relações.<br />
Embora não haja uma definição unânime de pensamento algébrico entre os educadores<br />
matemáticos, contudo, há diversos aspetos que se podem considerar<br />
consensuais. O pensamento algébrico assenta, entre outros aspetos, na generalização,<br />
no conjeturar, no explicar, na procura de padrões e regularidades, na<br />
procura do que é igual e do que é diferente, do que se mantém e do que varia.<br />
Ao nível do 1. ◦ , é essencial um trabalho abrangente com o sinal de igual,<br />
que não se circunscreva a uma visão procedimental ou operacional do mesmo,<br />
mas que desenvolva e implique uma visão relacional e estrutural, a qual é de<br />
extrema importância na resolução de equações na álgebra formal nos ciclos de<br />
escolaridade posteriores. O trabalho com o sinal de igual deve assentar no desenvolvimento,<br />
entre outros, do pensamento relacional. Um outro aspeto a evidenciar,<br />
é o desenvolvimento do pensamento estrutural através, por exemplo, da<br />
compreensão das propriedades dos números e das operações e das relações entre<br />
operações. A modelação revela-se, igualmente, como um aspeto que possibilita<br />
o desenvolvimento de esquemas de representação poderosos, envolvendo relações<br />
quantitativas, assente numa melhor compreensão das relações envolvidas.<br />
2 O poderoso n<br />
Texto de Leonel Vieira; ilustração de Alexandre Reis (ver também [1])<br />
Num dia da última quinzena de julho, estava com os meus pais na praia.<br />
Levantámo-nos cedo e estivemos no areal até por volta das onze horas.<br />
Regressámos a casa e, depois do almoço, como estava um dia tórrido, decidimos<br />
fazer uma sesta. Relaxámos suavemente na espreguiçadeira, até o sono tomar<br />
conta das nossas vontades e decidir por si próprio. Quando dei por mim, já<br />
estava no reino dos sonhos acompanhado da minha boa amiga de longa data.<br />
Muito sorridente, a Criaturinha Pequenina apareceu, como por magia, sentada<br />
em cima dum cilindro. Eu fiquei muito feliz. Já tinha saudades dela!<br />
- Sabias que muitos matemáticos chamam à Matemática a ciências dos padrões?<br />
- perguntou a Criaturinha Pequenina. Eu tive de revelar a minha ignorância e<br />
responder negativamente. A Criaturinha Pequenina continuou:<br />
- Um dos objetivos da Matemática é a procura de generalizações como, por<br />
exemplo, pesquisar situações particulares - caso a caso - e construir uma lei que<br />
se aplique a todos os casos. Os matemáticos adoram procurar o que é comum e<br />
o que é diferente.<br />
A Criaturinha Pequenina, entretanto, tirou do bolso um papel e desdobrou-o.<br />
No papel apenas tinha uma sequência de figuras que cresciam, ficavam cada vez<br />
maiores.<br />
Jornal das Primeiras Matemáticas, Nö2, pp. 23–30