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Alexandra Costa e Alexandra Gomes 51<br />

Após usarem estes métodos, os autores conseguem reduzir o número de configurações<br />

possíveis até 71, o que já é um número suficientemente pequeno para<br />

não ser necessário realizar mais reduções. Porém, ainda conseguiram, com mais<br />

reduções, chegar a um total de apenas 44 possibilidades.<br />

No final deste processo de redução de candidatos, os autores concluem que cada<br />

uma das possibilidades para os subquadrados A-C é equivalente (no sentido<br />

de ter o mesmo número de finalizações de uma grelha completa) a uma outra<br />

pertencente a uma colecção de 44 elementos. Assim, só restou calcular o número<br />

de maneiras que cada uma dessas 44 possibilidades pode ser preenchida com<br />

uma grelha completa. Usando o método da força bruta para a contagem e<br />

recorrendo a um algoritmos programado por Felgenhauer, foi possível calcular<br />

as formas de completar a grelha de Sudoku, chegando, por fim, ao resultado<br />

6670903752021072936960. Este resultado foi confirmado posteriormente por<br />

outros investigadores.<br />

3 Conclusão<br />

Como pudemos ver, através da leitura do presente trabalho, o jogo Sudoku tem<br />

características interessantes e sobre as quais talvez nunca tenhamos pensado.<br />

O matemático Jorge Buescu afirma na sua crónica “A Matemática do Sudoku”<br />

[1], que nunca completou um jogo de Sudoku, e que não pretende vir a fazê-lo.<br />

Porém, alerta-nos para um facto muito interessante sobre o jogo, e que nos parece<br />

ilustrar muito bem aquilo que foi feito neste trabalho. Perante a pergunta<br />

se o Sudoku é Matemática ou não, ele responde: “A resposta se o Sudoku é<br />

Matemática é não. Mas também é, a um nível mais profundo, sim”. Com esta<br />

resposta, o autor parece querer referir que a um nível mais superficial a resposta<br />

é um “não”, uma vez que nem tudo o que tem números é, obrigatoriamente,<br />

Matemática. Porém, a resposta é “sim” quando pensámos na Matemática envolvida<br />

na formação do Sudoku. Pensamos que com este trabalho conseguimos<br />

mostrar que, apesar da resolução de um problema de Sudoku implicar apenas<br />

a utilização da lógica, as “questões” relacionadas com a estrutura do Sudoku<br />

envolvem, claramente, questões Matemáticas.<br />

Referências<br />

[1] Buescu, J., “A Matemática do Sudoku”, Revista Ingenium, II Série, 90, pp.<br />

94-95, 2005.<br />

Disponível em http://www.ordemengenheiros.pt/oe/ingenium/ing90.pdf. Acedido<br />

em 13 de Março 2010.<br />

[2] Costa, A., Gomes, A., “A Matemática do Sudoku”, Jornal de Matemática<br />

Elementar, 297, pp. 10-14, 2012.<br />

[3] Felgenhauer, B., Jarvis, F., “Mathematics of Sudoku I”, 2006.<br />

Disponível em<br />

http://www.afjarvis.staff.shef.ac.uk/sudoku/felgenhauer_jarvis_spec1.pdf.<br />

Acedido em 12 de Março 2010.<br />

Jornal das Primeiras Matemáticas, Nö2, pp. 45–51

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