Algumas considerações sobre a metapsicologia da melancolia, sua ...
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Freud, distintas formulações no modo de entender e situar a <strong>melancolia</strong> nas estruturas clínicas,<br />
tal como sugere o trecho a seguir:<br />
“A <strong>melancolia</strong>, cuja definição conceitual é flutuante ain<strong>da</strong> na psiquiatria<br />
descritiva, se apresenta em múltiplas formas clínicas cuja síntese em uma<br />
uni<strong>da</strong>de não parece certa; e delas algumas sugerem afecções mais somáticas do<br />
que psicogênicas. Prescindindo <strong>da</strong>s impressões que se oferecem a qualquer<br />
observador, nosso material está restrito a um pequeno número de casos cuja<br />
natureza psicogênica era indubitável. Por isso renunciamos de antemão a<br />
pretender vali<strong>da</strong>de universal para nossas conclusões e nos consolamos com esta<br />
reflexão: <strong>da</strong>dos os nossos meios de investigação, dificilmente poderíamos achar<br />
algo que não fosse típico, senão para uma classe inteira de afecções, ao menos<br />
para um grupo menor delas.” (Freud, 1917:241).<br />
Referências à <strong>melancolia</strong> são encontra<strong>da</strong>s nos escritos de Freud desde os rascunhos <strong>da</strong>tados<br />
de antes de 1900 (<strong>da</strong>ta de publicação de Interpretação dos sonhos). Deste modo, fazer um<br />
apanhado do percurso do conceito de <strong>melancolia</strong> na psicanálise é também fazer um passeio<br />
pelos avanços e impasses <strong>da</strong> elaboração freudiana.