1998 - Competitividade e Crescimento - CNI
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<strong>Competitividade</strong> e <strong>Crescimento</strong>: A Agenda da Indústria<br />
– A correção de desequilíbrios macroeconômicos, que levará o Governo<br />
a manter prioritário o ajuste fiscal, impondo aos Governos federal<br />
e estaduais uma forte restrição ao uso de mecanismos de apoio à<br />
indústria;<br />
O aumento da<br />
competitividade<br />
dependerá da<br />
elevação da<br />
produtividade, da<br />
criação de condições<br />
isonômicas de<br />
competição e da<br />
ampliação da<br />
capacidade<br />
produtiva de bens<br />
comercializáveis.<br />
– Uma situação internacional desfavorável, limitando as possibilidades<br />
de crescimento das exportações e reduzindo os fluxos de financiamento<br />
externo. De fato, a evolução da situação internacional, a partir<br />
do segundo semestre de 1997, gera significativa deterioração das expectativas<br />
de crescimento das exportações, mesmo em um contexto<br />
de desvalorização do dólar frente às demais moedas fortes. Ao mesmo<br />
tempo, a “onda” de desvalorizações competitivas que marcou a crise<br />
asiática deixa prever uma maior pressão competitiva das importações<br />
sobre a produção doméstica, no curto prazo;<br />
– Os compromissos externos do Brasil na OMC e no Mercosul,<br />
condicionando o conteúdo e a gestão de políticas ativas, especialmente<br />
na área de importações.<br />
3.2. Os desafios e a agenda da política industrial e de comércio<br />
exterior<br />
O aumento da competitividade dos produtos brasileiros dependerá, fundamentalmente,<br />
da elevação da produtividade, da criação de condições isonômicas de competição<br />
– em especial, pela redução do Custo Brasil – e da ampliação da capacidade<br />
produtiva de bens exportáveis e importáveis que o Brasil possa desenvolver. Integrar<br />
um número crescente de pequenas e médias empresas (PMEs) a este processo de<br />
incremento da competitividade industrial é uma tarefa prioritária, que requer tratamento<br />
diferenciado e adaptação dos instrumentos de apoio existentes, de forma a<br />
viabilizar um amplo acesso das PMEs aos mecanismos de fomento do investimento e<br />
das exportações. Esta agenda passa, ainda, pela melhor distribuição espacial da atividade<br />
econômica no País, impulsionada por investimentos de infra-estrutura e logística.<br />
Igualmente importante é o aproveitamento de oportunidades de ampliação da base<br />
produtiva com destaque a investimentos associados à produção de equipamentos e<br />
serviços para as empresas fornecedoras de infra-estrutura e às novas fronteiras<br />
tecnológicas.<br />
A contribuição dos instrumentos específicos de política comercial ao esforço<br />
de aumento da competitividade internacional dos produtos brasileiros enfrentará li-<br />
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