CLIPPING DO IBRAC 2012
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<strong>CLIPPING</strong> <strong>DO</strong> <strong>IBRAC</strong> N.º 17/<strong>2012</strong> 21 a 27 de maio de <strong>2012</strong><br />
acrescenta Baron.<br />
O ESTA<strong>DO</strong> SÃO PAULO DE 21 DE MAIO DE <strong>2012</strong><br />
PLANOS DE SAÚDE PEDEM CADE ATENTO A MINÚCIAS <strong>DO</strong> SETOR<br />
VINICIUS NEDER - Agencia Estado<br />
RIO - O setor de saúde tem particularidades que exigirão atenção do Conselho Administrativo de Defesa<br />
Econômica (Cade) ao aplicar as novas regras de aprovação prévia de operações de fusões e aquisições.<br />
Executivos de Amil, Qualicorp, SulAmérica e Odontoprev destacaram que há pouca concentração no setor,<br />
em mesa-redonda nesta segunda-feira no Rio Investors Day. Além disso, um mínimo de escala é importante<br />
para dar competitividade às empresas.<br />
Segundo o diretor-presidente da Dasa, Romeu Côrtes Domingues, a autoridade de defesa da concorrência<br />
terá que levar em conta as complexidades do setor. "A Dasa tem apenas 12% de participação do mercado",<br />
disse Domingues em discurso no evento, realizado no Copacabana Palace.<br />
Heráclito Gomes Júnior, diretor-presidente da Qualicorp, informou que nenhuma empresa das operadoras de<br />
saúde tem mais de 10% de participação de mercado. O número de operadoras de saúde no Brasil hoje, de<br />
cerca de 1,6 mil, é inviável. "E algum tipo de concentração tem que haver", afirmou.<br />
"É melhor ter uma concentração havendo competição acirrada do que deixar o consumidor sem segurança.<br />
Quantas empresas já foram liquidadas e o consumidor que pagou o plano durante anos ficou sem<br />
cobertura", comentou Gomes Júnior, após a mesa-redonda.<br />
O diretor técnico da Amil, Antonio Jorge Kropf, lembrou que, o conceito de segurança é importante. "O<br />
conceito do que é adequado e inadequado no setor de saúde (em termos de concorrência) é diferente."<br />
ANÁLISE-CASINO TEM DESAFIO DE NÃO DEIXAR PÃO DE AÇÚCAR DESACELERAR<br />
VIVIAN PEREIRA E BRAD HAYNES - REUTERS<br />
A cerca de um mês de assumir o comando do Grupo Pão de Açúcar, o francês Casino tem pela frente o<br />
desafio de provar sua estratégia ao mercado a fim de não deixar a maior varejista do Brasil perder terreno e<br />
competitividade.<br />
Na segunda-feira passada, o grupo varejista francês exerceu a opção de compra de uma ação ordinária da<br />
Wilkes, holding que controla o Pão de Açúcar, operação que garantirá maioria das ações com direito a voto.<br />
Na ocasião, o Casino também enviou uma notificação ao atual presidente do Conselho de Administração do<br />
Pão de Açúcar, Abilio Diniz, informando-o de sua decisão de nomear Jean Charles Naouri, presidenteexecutivo<br />
e do Conselho do grupo francês, como chairman da Wilkes.<br />
As movimentações traçam um cenário em que Diniz passa a ocupar papel secundário na companhia fundada<br />
por seu pai e conduzida e liderada pelo empresário há décadas.<br />
Em meados do ano passado, Diniz teve as relações com Naouri fortemente abaladas após tentar unir o Pão de<br />
Açúcar às operações brasileiras do Carrefour, arquirrival do Casino na França.<br />
"O maior risco é societário, com a possível saída de Diniz e de alguns conselheiros", diz o sócio-diretor da<br />
Naxentia, consultoria especializada em transições críticas, fusões e aquisições, Vincent Baron. "A dúvida é<br />
se Diniz fica no Conselho... Terá de haver uma moeda de troca."<br />
Ele assinalou ainda que o desgaste causado por questões societárias pode resultar em incerteza maior quanto<br />
à política de crescimento do Pão de Açúcar, o que pesaria nas suas ações.<br />
Com a possibilidade de o empresário brasileiro perder espaço no grupo, as atenções do mercado se voltam<br />
para como o Casino pretende manter o ritmo de crescimento e a liderança da companhia, algo conquistado<br />
principalmente via aquisições, uma das principais características do perfil de Diniz.<br />
"A principal dúvida dos investidores é se a companhia continuará a ter bom desempenho após a troca de<br />
controle", assinalou a analista-chefe do Raymond James no Brasil, Daniela Bretthauer. "Na teoria, isso<br />
deveria acontecer."<br />
Por outro lado, Baron, da Naxentia, ponderou que, tirando o desgaste com Carrefour, Casino e Pão de<br />
Açúcar sempre caminharam alinhados.<br />
"Não vejo riscos operacionais, o Casino é muito maior que o Pão de Açúcar, atua na mesma área em várias<br />
regiões do mundo, em mercados competitivos... Deve manter o perfil mais agressivo de aquisições,<br />
principalmente no segmento atacadista", afirma.<br />
As operações de varejo no Brasil, de qualquer forma, se encontram em estágio bastante consolidado,<br />
restando poucas opções como possíveis alvos de aquisição.<br />
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