92. CONFIRMAÇÃO DA PRESENÇA DA MÃE-DE-LUA-PARDA(NYCTIBIUS AETHEREUS) PARA O MUNICÍPIO DO RIO DEJANEIRO, RJEduardo Maciel 1 e Jorge Bruno Nacinovic 21 Chefe da DICRAM/DCN da Fundação Instituto Estadual <strong>de</strong> Florestas do Rio<strong>de</strong> Janeiro. Av. Presi<strong>de</strong>nte Vargas, 670, 19º andar, Centro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ,CEP20071-001. E-mail: ems.maciel@gmail.com2 Setor <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong>, Departamento <strong>de</strong> Vertebrados, Museu Nacional, UFRJEm 1-X-2005 o Sr. Andrei Veiga, funcionário do IEF/RJ, localizou, em plenodia, uma ave gran<strong>de</strong> pousada em uma antena <strong>de</strong> TV, em uma residênciapróxima à Praça Rosário Trota, Rio da Prata, Bangu, zona oeste do municípiodo Rio <strong>de</strong> Janeiro, área urbana notória por atingir elevadas temperaturas,mesmo durante os meses <strong>de</strong> inverno. Inicialmente pensamos tratar-se do“Urutau”, N. griseus, espécie comum no município, inclusive em áreas urbanas.Ao capturar a ave, imediatamente o seu consi<strong>de</strong>rável porte levantou dúvidasquanto à sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. A ave foi então fotografada e uma caudal lateral dolado direito foi obtida para posterior i<strong>de</strong>ntificação. Nenhum dado foi aferido e oespécime foi liberado algum tempo <strong>de</strong>pois pelo mesmo Sr. Andrei e pelamédica veterinária Cristiana P. Men<strong>de</strong>s, na mata da sub-se<strong>de</strong> da Piraquara doParque Estadual da Pedra Branca, em Campo Gran<strong>de</strong>, município do Rio <strong>de</strong>Janeiro. O Sr. Andrei gentilmente nos doou a caudal e disponibilizou asfotografias obtidas, para realizarmos a comparação com o material do gêneroNyctibius, <strong>de</strong>positado no Setor <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong> do Museu Nacional. Lá, tivemos agrata surpresa <strong>de</strong> confirmarmos antigos e vagos registros (Magalhães Correa,1936; Silveira, 1968) <strong>de</strong> N. aethereus para a avifauna do atual município do Rio<strong>de</strong> Janeiro. Foi possível, por intermédio <strong>de</strong> uma foto <strong>de</strong> close da cabeça, obtera cor da íris do indivíduo, aproximadamente cinza neutro pálido (cor 86 “PaleNeutral Gray”, fi<strong>de</strong> Smithe, 1975), o que <strong>de</strong> certa maneira é corroborado peloque escreve Sick (1997: 410) sobre a íris (marrom esver<strong>de</strong>ada ou cinzentoazulada). O Setor <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong> do Museu Nacional abriga apenas 8 (oito)peles <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> espécie, sendo que apenas 2 machos com procedênciaconhecida, ambos oriundos da região serrana do Estado do Espírito Santo,coletados em 1939 pela expedição Schnei<strong>de</strong>r/Sick. A espécie ocorre noSu<strong>de</strong>ste do Brasil, no leste da Bahia até o Paraná e também na Amazônia(Sick, 1997).Palavras-chave: Nyctibius aethereus, Mãe-lua-parda, Rio <strong>de</strong> Janeiro100
93. STATUS DOS RALÍDEOS (GRUIFORMES: RALLIDAE) DORIO GRANDE DO NORTE E ARQUIPÉLAGOS TERRITORIAISDO NORDESTEFrancisco Sagot Martin¹, Marcelo da Silva², Jorge Bañuelos Irusta 3 eDavid Maurice Hassett 4¹ zoólogo, GOP-Forpus, Natal gopforpus@yahoo.com.br, ² mestrando CiênciasBiológicas UFRN marcelzoobio@yahoo.com.br, ³ doutorando PsicobiologiaUFRN banuelos@ufrnet.br, 4 mestrando Desenvolvimento e Meio Ambiente,UFRN davidh@digi.com.brAtravés <strong>de</strong> revisão bibliográfica, trabalho <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, uso daInternet e manejo <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados sobre a avifauna do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte earquipélagos brasileiros do NE, foram acrescentadas, com registrossubstanciados, quatro espécies <strong>de</strong> ralí<strong>de</strong>os às seguintes listas: lista nacionalcom um espécime <strong>de</strong> Gallinula angulata (Bencke et al. 2005), lista regional doNE com fotos <strong>de</strong> Porzana flaviventer capturada viva e lista estadual comgravações <strong>de</strong> Laterallus melanophaius e fotos <strong>de</strong> Neocrex erythrops morto.Registramos também, novos para o RN, sem provas tangíveis da suaocorrência, Pardirallus maculatus, Amaurolimnas concolor e Porzana albicollis.Arami<strong>de</strong>s mangle, que consi<strong>de</strong>rávamos extinta no RN, foi re<strong>de</strong>scoberta, semregistro substanciado. Apresentamos o status das outras espécies da famíliana zona estudada, incluindo com comentários as citações que recusamos portratar-se <strong>de</strong> registros incompletos e não substanciados (Laterallus viridis) e até<strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> improvável ocorrência (Coturnicops notata, Porphyrioflavirostris). Porphyrio martinica ocorreu em Fernando <strong>de</strong> Noronha e G.angulata chegou perdida em São Pedro e São Paulo, mas nenhum ralí<strong>de</strong>o foiregistrado no Atol das Rocas-RN. No total tratamos 15 espécies citadas nazona consi<strong>de</strong>rada, das quais 7 têm um ou vários registros substanciados, 5 nãotêm e 3 publicadas são recusadas. Além <strong>de</strong>ssas 15 espécies, consi<strong>de</strong>ramosPardirallus nigricans e Gallinula melanops <strong>de</strong> possível ocorrência.Palavras chave: Ralí<strong>de</strong>os, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, arquipélagos territoriais.101