FaunÃstica - Sociedade Brasileira de Ornitologia
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27. O TERCEIRO EXEMPLAR DE PHYLLOSCARTESROQUETTEI (AVES: TYRANNIDAE) DESCOBERTO NO MUSEUDE CIÊNCIAS NATURAIS PUC MINASMarcelo Ferreira <strong>de</strong> Vasconcelos 1 , Mauro Guimarães Diniz 2 , LetíciaGuimarães 3 e Bruno Garzon 31 PG em Ecologia, Conservação e Manejo <strong>de</strong> Vida Silvestre, UFMG, BeloHorizonte, MG, E-mail: mfvasconcelos@gmail.com 2 DITEC/Área <strong>de</strong> Fauna,IBAMA-MG, Belo Horizonte, MG, E-mail: mauro.diniz@gmail.com 3 Museu <strong>de</strong>Ciências Naturais PUC Minas, Belo Horizonte, MG, E-mails:leticiag@pucminas.br; bruno.garzon@terra.com.br.Phylloscartes roquettei é uma espécie globalmente ameaçada e endêmica dabacia do Rio São Francisco, <strong>de</strong>scrita a partir <strong>de</strong> uma fêmea coletada em BrejoJanuária (15 o 29’S-44 o 22’W), Minas Gerais, em 1926. Após sua <strong>de</strong>scrição, nãohouve registros <strong>de</strong> campo da espécie até sua re<strong>de</strong>scoberta em 1977 na região<strong>de</strong> Januária, em ambas as margens do Rio São Francisco (15 o 43’S-44 o 22’W e15 o 25’S-44 o 26’W). Posteriormente, P. roquettei foi registrado no ParqueNacional Cavernas do Peruaçu (15 o 09’S-44 o 15’W), em duas localida<strong>de</strong>s domunicípio <strong>de</strong> Várzea da Palma (17 o 21’S-44 o 56’W e 17 o 23’S-44 o 48’W) e emFrancisco Dumont (17 o 26’S-44 o 07’W), quando um exemplar macho foi coletadonesta última localida<strong>de</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar um novoespécime <strong>de</strong> P. roquettei, assim como uma nova localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência paraa espécie em Minas Gerais. No dia 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2006, um exemplar macho <strong>de</strong>P. roquettei foi <strong>de</strong>scoberto na Coleção Ornitológica do Museu <strong>de</strong> CiênciasNaturais PUC Minas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O exemplar (MCN680), um macho coletado por Humberto Espírito Santo Melo em 27 <strong>de</strong> outubro<strong>de</strong> 1990, fora anteriormente <strong>de</strong>terminado como Tolmomyias flaviventris e,posteriormente, como Capsiempis flaveola. Este espécime foi i<strong>de</strong>ntificado comoP. roquettei por possuir fronte e loros <strong>de</strong> coloração ocre-avermelhada, o queexclui C. flaveola, além <strong>de</strong> seu diminuto tamanho e bico não achatado, o queexclui T. flaviventris. As outras características da plumagem coinci<strong>de</strong>m com as<strong>de</strong>scritas para o espécime macho. O espécime pesava 5g e apresenta asseguintes medidas: 111 mm (comprimento total), 52 mm (asa), 49 mm (cauda),11 mm (bico) e 19 mm (tarso). A ave fora abatida em mata ciliar do Rio PardoGran<strong>de</strong>, Fazenda Cana Brava (18 o 11’46’’S-44 o 03’58’’W; altitu<strong>de</strong>: 544 m),município <strong>de</strong> Augusto <strong>de</strong> Lima, Minas Gerais. Esta área está localizada navertente oeste da Ca<strong>de</strong>ia do Espinhaço, entre o maciço montanhoso <strong>de</strong>Diamantina e a Serra do Cabral. Este é o terceiro espécime conhecido <strong>de</strong> P.roquettei e o presente registro amplia sua distribuição geográfica cerca <strong>de</strong> 100km ao sul.Palavras chave: Phylloscartes roquettei, distribuição geográfica, Ca<strong>de</strong>ia doEspinhaço.Órgãos Financiadores: Brehm Foundation; bolsa CAPES para MFV.35