22. AVES DA GERÊNCIA EXECUTIVA DO IBAMA EM BARRADO GARÇAS/MTAngelita <strong>de</strong> Souza Coelho 1 e Marli Ramos 11 Gerência Executiva/Ibama/Barra do Garças/MT, E-mail:angelita.coelho@ibama.gov.br; marli.ramos@ibama.gov.brUma das maiores ameaças à conservação <strong>de</strong> espécies da fauna brasileira é ocomércio ilegal, que surge a partir da idéia <strong>de</strong> que o ser humano possuisoberania sobre os animais. Entretanto, atualmente toda a fauna silvestre éconsi<strong>de</strong>rada proprieda<strong>de</strong> do Estado. Especificamente, a Lei nº 9.605/97, Lei <strong>de</strong>Crimes Ambientais, em seu artigo 29 consi<strong>de</strong>ra como crime contra o MeioAmbiente os atos <strong>de</strong> apanhar, guardar e/ou manter em cativeiro espécimes dafauna silvestre brasileira. Nesse sentido é função do IBAMA, como órgão doGoverno Fe<strong>de</strong>ral responsável pela execução <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> proteção e <strong>de</strong>manejo <strong>de</strong> espécies da fauna brasileira, a fiscalização, apreensão erecebimento <strong>de</strong> animais que não foram adquiridos <strong>de</strong> criadouros <strong>de</strong>vidamenteautorizados pelo IBAMA. Esse estudo apresenta as aves que <strong>de</strong>ram entrada naGerência Executiva do IBAMA em Barra do Garças/MT, entre os anos <strong>de</strong> 2003e 2006. Para obtenção dos dados foram consultados os registros do Núcleo <strong>de</strong>Fauna, setor responsável pelo acolhimento <strong>de</strong> animais. Des<strong>de</strong> sua criação, em2003, o Núcleo <strong>de</strong> Fauna recebeu 104 aves, sendo 17 em 2003, 38 em 2004,12 em 2005 e 37 até o mês 04 <strong>de</strong> 2006. Foram registradas 20 espécies,distribuídas em 8 famílias, sendo 49% Psitací<strong>de</strong>os. Desse total, 56% foramprovenientes <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> fiscalização que resultaram em apreensões e orestante foram entregas voluntárias realizadas pela população. Muitas das avesnão estavam em boas condições físicas, sendo mais freqüentes a perda <strong>de</strong>penas ou alteração em sua coloração. A maior parte das aves foi encaminhadaa criadores registrados no IBAMA, <strong>de</strong>vido sua incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> readaptação aohabitat natural, principalmente <strong>de</strong>vido a alterações comportamentais.Palavras-chave: IBAMA, apreensão, entrega voluntária30
23. AVIFAUNA DO CAMPUS DA FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA DEENSINO SUPERIOR DE ITABIRA, MINAS GERAIS, BRASILJuliano do Carmo Silva 1 e Fernando Araújo Perini 21 Graduando do Curso <strong>de</strong> Ciências Biológicas, Instituto Superior <strong>de</strong> Educação<strong>de</strong> Itabira, Fundação Comunitária <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Itabira.jcsornitologia@yahoo.com.br2 Docente do Curso <strong>de</strong> Ciências Biológicas, Instituto Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong>Itabira, Fundação Comunitária <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Itabira.faperini@yahoo.com.brFundação Comunitária <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Itabira – FUNCESI. Rodovia MG-03, Córrego Seco, Bairro Areão, CEP 35900-021, Caixa postal 225, Itabira,Minas Gerais, Brasil. www.funcesi.brEntre junho <strong>de</strong> 2005 e março <strong>de</strong> 2006 foram realizados levantamentos qualiquantitativosda avifauna do Campus da Fundação Comunitária <strong>de</strong> EnsinoSuperior <strong>de</strong> Itabira (FUNCESI), Minas Gerais, Brasil. Inserido na Serra doEspinhaço, região leste do estado, o município <strong>de</strong> Itabira (19º 37’S, 43º 13’W)possui um relevo fortemente ondulado, com altitu<strong>de</strong>s variando entre 650 e1.100 metros, sob um clima tipo Aw segundo a classificação <strong>de</strong> Köppen.Originalmente, a vegetação nativa da região era predominantemente formadapor Mata Atlântica, do tipo Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual, encontrando-se,atualmente, representada por alguns remanescentes com diferentes tamanhosa graus <strong>de</strong> conservação. Esta fragmentação do ambiente <strong>de</strong>ve-se, ao contráriodo que é visto, não somente à ativida<strong>de</strong> mineradora, mas também à pecuária eà urbanização. O Campus da FUNCESI apresenta uma área total <strong>de</strong> 11,02 ha,sendo 1,39 ha <strong>de</strong> área construída e o restante, 9,63 ha, distribuídos entre umbosque e um remanescente <strong>de</strong> Mata Atlântica secundária. O presente estudotem o objetivo <strong>de</strong> levantar as espécies <strong>de</strong> aves ocorrentes na área em questão(dados preliminares). Para o estudo quantitativo utilizou-se da metodologia <strong>de</strong>Pontos <strong>de</strong> Escuta. Foram analisados a freqüência <strong>de</strong> ocorrência (FO) e o índicepontual <strong>de</strong> abundância (IPA). Foram registradas 108 espécies <strong>de</strong> aves nolevantamento qualitativo e 94 espécies em 4272 contatos (200 amostras) noquantitativo. A freqüência <strong>de</strong> ocorrência (FO) variou <strong>de</strong> 5 % (1 visita) para 17espécies a 100 % (20 visitas) para 20 espécies. Já o índice pontual <strong>de</strong>abundância (IPA) variou <strong>de</strong> 0,005 (1 contato) para 13 espécies a 1,975 (395contatos) para 1 espécie. Apesar do pequeno tamanho, a área representa umimportante local <strong>de</strong> exploração pela avifauna local e, juntamente com outrasáreas ver<strong>de</strong>s, forma um mosaico <strong>de</strong> vegetação que <strong>de</strong>ve ser preservado.Palavras chave: Avifauna, campus, fragmento florestal.31