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Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

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<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>13</strong>, mai.-ago. de 2007 – ISSN 1678 6408por religiosidades e crenças diferentes, no caso dela entre a religião católica e aevangélica. Sobre esta postura, Sanchis 20 dá a seguinte explicação:O campo religioso é, cada vez mais, o campo das religiões, pois ohom<strong>em</strong> religioso, na ânsia de compor um universo para si, s<strong>em</strong>dúvida cheio de sentido, mas de sentido-para-si, subjetivo, tende anão se sujeitar às definições que as instituições lhe propõ<strong>em</strong> dosel<strong>em</strong>entos de sua própria experiência.Ainda sobre esta liberdade de transitar por religiões distintas, Birman 21afirma que, o indivíduo cont<strong>em</strong>porâneo deteria um poder maior de escolha,portanto, ganharia a liberdade de transgredir dogmas, ultrapassar fronteiras,desobedecer ortodoxias e sobretudo desrespeitar a unidade doutrinária que estasdivisórias buscam defender.Fica evidente por parte de dona Giselda a obrigação de freqüentar a igrejapor uma questão moral e de princípios, porém não de prazer.Eu vou lá rezo uma Ave-maria e um Pai-nosso e sai todadesmantelada [ela quis dizer que erra as orações]. Uma coisa meatrapalhando. Agora, que eu s<strong>em</strong>pre vou à igreja porque mamãe [jáfalecida] me aparece pedindo para eu ir lá. Deus me perdoe, porcaridade! Eu já deixei de ir até às missas dos velhos, quando chego láfico doente. Você já pensou? A pessoa vai para uma igreja católica efaz é adoecer? (Informação verbal, nov<strong>em</strong>bro/20<strong>06</strong>. Grifo dopesquisador).O discurso dessa rezadeira é s<strong>em</strong>elhante ao de dona Rita, ambas enfatizamqueixar-se de algum probl<strong>em</strong>a de saúde, com nítida referência corporal. Ressaltandoque esta última não é simpatizante da lei evangélica, e sim do culto da jur<strong>em</strong>a.Eu vou à missa, mas já faz um bocado de dia que não vou. Um t<strong>em</strong>podesse eu fui... de lá pra cá não fui mais. Eu vivo doente, chego noscantos não posso ficar <strong>em</strong> pé... as minhas pernas do<strong>em</strong> d<strong>em</strong>ais...20 SANCHIS, 2001, p. 36 (Grifo do autor).21 BIRMAN, Patrícia. Conexões políticas e bricolagens religiosas: questões sobre o pentecostalismo apartir de alguns contrapontos. In: SANCHIS, Pierre. (Org.). Fiéis e cidadãos: percursos desincretismo no Brasil. Rio de Janeiro: EUERJ, 2001. p. 61.Disponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 26

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