11.07.2015 Views

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>13</strong>, mai.-ago. de 2007 – ISSN 1678 6408Porém, conseguia separar a amizade dos votos religiosos que cada um tinha queseguir.Procurei saber se havia alguém na família dessa rezadeira que era convertidoao pentecostalismo. Sobre este tipo de motivação dentro do seio familiar, Van DenBerg 25 afirma que a influência de um filho(a) nessa conversão é também marcada porfazer de seus adeptos militantes religiosos dentro do próprio lar.A fronteira que separa uma religião de outra é tênue. Acontece intercâmbiocom mais freqüência do que se imagina. A ex<strong>em</strong>plo disso, Brandão 26 relata o caso deum presbítero que, desenganado da medicina, procurou um curandeiro:O presbítero de uma das seitas, conhecido dos Prados à Vila Isaurapelo seu poder de cura e “dom da palavra”, teria chamado <strong>em</strong> casa“um índio curandeiro de Jacutinga”, quando descobriu que estavaenfermo e que n<strong>em</strong> os recursos da medicina n<strong>em</strong> os da fé estavamdando resultado.Na realidade, o que torna interessante a prática das rezadeiras evangélicas éque elas se situam numa zona de fronteira, cuja d<strong>em</strong>ais não têm domínio. Essecaráter ambíguo faz com que elas mantenham suas crenças aos santos, continu<strong>em</strong>rezando e também participando dos cultos evangélicos, seja indo às igrejaspentecostais ou assistindo aos programas através da televisão. No entanto, pudeaveriguar que alguns crentes não aceitam o fato de uma rezadeira ser evangélica. Acrente com qu<strong>em</strong> conversei falou que antes de ter “aceitado Jesus” estava sepreparando para ser freira, mas decepcionou-se com a rotina do convento. Apósassistir um culto evangélico decidiu mudar de religião. Evangélica da Ass<strong>em</strong>bléia deDeus por quase trinta anos, essa “irmã” criticou o fato de uma rezadeira seconsiderar evangélica e a amizade existente entre esse pastor e o padre. Para ela:25 VAN DEN BERG, Irene de Araújo. Louvar, orar e converter: estudo etnográfico sobre um grupocarismático e seus adeptos. 2000. 78f. Monografia (Bacharelado <strong>em</strong> Ciências Sociais) –Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2000. p. 67.26 BRANDÃO, 1980, p. 281.Disponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 30

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!