11.07.2015 Views

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 13 (Ano 06, n.2) - Faculdades EST

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>13</strong>, mai.-ago. de 2007 – ISSN 1678 6408Se alguém estivesse mordido de cobra e uma dessas pessoaschegass<strong>em</strong>.... o doente se sentia mal e, caso não cuidasse ele morreria.Mulheres de resguardo também não podiam ser vistas por este tipode pessoa. Mas, isso era involuntário (Informação verbal, evangélicada Ass<strong>em</strong>bléia de Deus, junho/20<strong>06</strong>).A comunidade de crença da qual comungam essas rezadeiras, ao mesmot<strong>em</strong>po evangélicas e católicas, permite a elas construir uma visão de mundo diferentee complexa, pois consegu<strong>em</strong> reelaborar suas práticas a partir de el<strong>em</strong>entos efragmentos religiosos visivelmente contrários. Esses trânsitos religiosos possibilitama estas rezadeiras atingir uma esfera que as outras não consegu<strong>em</strong>. Talvez elas nãosejam conhecidas por suas rezas, mas, com certeza, elas são diferentes por apresentaressas características específicas.Considerações FinaisEra recorrente, nas diversas leituras que realizei, a ênfase dada à religiãodestas mulheres, sobretudo que elas eram católicas, sua orig<strong>em</strong> rural e os tipos dedoenças que curavam. Alguns autores, <strong>em</strong>bora chegass<strong>em</strong> a abordar o processo deiniciação, não aprofundavam como isso acontecia. Aqueles que abordavam a prática<strong>em</strong> um contexto urbano não mostravam como era a relação dessas agentes comoutras denominações religiosas, por ex<strong>em</strong>plo, o pentecostalismo, a prática e o sabermédico. Acredito que este trabalho traz algumas reflexões pertinentes para pensar asrelações, as mediações e os conflitos existentes entre as rezadeiras, os médicos e osevangélicos. Analiso essas mediações a partir do que pode ser pensado como umfundo “religioso comum” ou uma “comunidade de crenças”. Isso só foi possívelporque dentre as informantes que colaboraram com esta pesquisa, havia duas queeram evangélicas e, por último, uma outra que recebia caboclos da jur<strong>em</strong>a. Ou seja,ao mesmo t<strong>em</strong>po que elas diziam comungar de práticas religiosas aparent<strong>em</strong>enteincompatíveis com a religião católica, continuavam a alimentar suas crenças atravésDisponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!