SILÊNCIO SOBRE O ABORTO LEGAL - Voto pela Vida
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Enquanto isso no Recife e em todo o Brasil, a imprensa continuava a noticiar, inveridicamente,<br />
que os procedimentos do aborto já haviam sido iniciados. Esta atitude da imprensa em veicular<br />
informações que eram sabidamente falsas preparou, a nível nacional, uma expectativa de<br />
sensacionalismo e o ambiente neurótico em que se desenrolariam os acontecimentos que viriam a se<br />
suceder. Em sua edição de domingo assim afirmava o Diário de Pernambuco:<br />
"Os procedimentos para o aborto dos gêmeos esperados <strong>pela</strong> menina de nove anos,<br />
vítima de abuso sexual, foram iniciados neste sábado. A criança está internada, desde<br />
sexta-feira, na enfermaria de gestação de alto risco no Instituto Materno Infantil (Imip),<br />
assistida por uma equipe multidisciplinar. A família da criança solicitou a interrupção<br />
da gravidez e o Imip, diante do risco que corre a paciente, acatou o pedido".<br />
4. ERIVALDO EM RECIFE.<br />
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/03/01/urbana13_0.asp<br />
Na segunda-feira à tarde o Sr. Erivaldo, pai da menina internada, dirigiu-se ao IMIP,<br />
juntamente com os membros do Conselho Tutelar de Alagoinha, para pedir a alta da filha e a<br />
suspensão dos procedimentos de aborto. O ambiente já estava preparado para que ele fosse acolhido do<br />
modo como o foi.<br />
Recebidos <strong>pela</strong> mesma assistente social que havia pedido que o Conselho Tutelar se<br />
pronunciasse a favor do aborto, os conselheiros manifestaram que em Alagoinha todos os envolvidos<br />
estavam preocupados <strong>pela</strong>s vidas das três crianças. A assistente retrucou imediatamente:<br />
- "Aqui não há três crianças. Só existe uma criança, o resto são apenas embriões".<br />
- "Como podem ser embriões?", respondeu um dos conselheiros. "A gravidez está quase de<br />
cinco meses, os bebês já estão formados, já têm fígado e coração".<br />
A assistente respondeu que de fato eles tinham coração, mas que isso não significava nada.<br />
Eram apenas embriões e a menina estava correndo risco de vida.<br />
Os conselheiros retrucaram que haviam tomado informações a respeito, que havia em Recife<br />
muitos casos de gestação de menores, mas não havia conhecimento de meninas que houvessem<br />
morrido por causa de uma gravidez. O que levava a crer que aquele caso seria uma exceção?<br />
A assistente respondeu que, por não ser médica, não saberia explicar estas coisas, mas que já<br />
havia sido decidido que era necessário fazer o aborto para salvar a vida da menina.<br />
Então o conselho apresentou o Sr. Erivaldo como sendo o pai da menina. Ele ainda não havia se<br />
identificado como tal. Os conselheiros disseram que ele havia vindo pessoalmente de Alagoinha para<br />
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