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SILÊNCIO SOBRE O ABORTO LEGAL - Voto pela Vida

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entraram em contato com outros médicos e com alguns profissionais da área da psicologia para<br />

entenderem bem o que estava acontecendo.<br />

De manhã bem cedo, o arcebispo de Recife já estava a par do caso em todos os detalhes. Ligou<br />

para o Dr. Antônio Figueira, diretor do IMIP, pedindo-lhe um encontro. Explicou-lhe o que estava<br />

ocorrendo, que os pais da menina tinham uma posição contrária ao aborto, como haviam sido tratados<br />

pelo hospital, como a imprensa estava divulgando informações incorretas, e queria saber qual era o<br />

verdadeiro estado de saúde da menina. O Dr. Antonio Figueira respondeu ao arcebispo que pediria ao<br />

serviço médico do hospital que suspendesse qualquer procedimento de aborto enquanto toda aquela<br />

situação não ficasse esclarecida e dirigiu-se ao Palácio de Manguinhos.<br />

Já no Palácio de Manguinhos o diretor do IMIP afirmou diante de todos os presentes que a<br />

menina na realidade não corria risco iminente de vida e que, se os pais não quisessem realizar o aborto,<br />

ela poderia inclusive levar a gestação a termo se fossem oferecidos os cuidados necessários de que seu<br />

quadro necessitava.<br />

No início da tarde o Sr. Erivaldo voltou para Recife para encontrar-se com o serviço de<br />

assessoria jurídica da Arquidiocese. Assinou um documento de próprio punho em que pediu a cessação<br />

definitiva dos procedimentos de aborto e a alta da filha. Assinou também uma procuração para o<br />

advogado. A diocese, por outro lado, havia entrado em contato com um médico e uma psicóloga que se<br />

dirigiriam em seguida, junto com o Sr. Erivaldo, ao IMIP. O médico iria encontrar-se com a equipe<br />

médica do hospital para entender qual o verdadeiro quadro de saúde da filha do Sr. Erivaldo. A<br />

psicóloga se encontraria com a mãe da criança.<br />

Quando estas pessoas chegaram ao hospital, no fim da tarde da terça-feira, foram informadas de<br />

que a mãe não se encontrava mais no estabelecimento. Segundo o IMIP, ela havia pedido alta para a<br />

menina e, como não havia risco iminente de vida, o hospital não havia podido negar a alta. Mas<br />

ninguém sabia dizer para onde elas haviam ido.<br />

Logo após, foram informados de que o Grupo Curumim, uma ONG que trabalha <strong>pela</strong><br />

legalização do aborto, havia estado ali, conversado com a mãe da menina e a havia convencido a pedir<br />

a alta da filha. Souberam também que a médica ginecologista Vilma Guimarães, coordenadora do<br />

Centro de Atenção à Mulher do Imip e também presidente da Sociedade Pernambucana de Ginecologia<br />

e Obstetrícia, havia saído junto com a mãe e a criança.<br />

O Hospital não soube informar o telefone da Dra. Vilma. Segundo a edição do Diário de<br />

Pernambuco de sexta-feira, dia 27 de fevereiro, a Dra.Vilma já havia declarado à imprensa, antes<br />

mesmo de examinar a menina, que em situações de risco (como aquela)<br />

"o melhor seria interromper a gestação".<br />

http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/02/27/urbana1_1.asp<br />

Impressiona nesta história a contradição de como, até o dia anterior, o hospital recusou ao Sr. Erivaldo<br />

qualquer possibilidade de pensar na alta ou na suspensão dos procedimentos do aborto devido<br />

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