SILÊNCIO SOBRE O ABORTO LEGAL - Voto pela Vida
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judiciais foram avisadas a respeito e proibiram a sua saída da Costa Rica até que fosse oficialmente<br />
ouvido no julgamento do acusado.<br />
Nestes primeiros dias os pais de Rosita se apresentaram com tranquilidade à imprensa local,<br />
procurando minimizar a situação vivida <strong>pela</strong> filha. Declararam diversas vezes que a gravidez "não era<br />
culpa de ninguém", que a menina "em várias ocasiões havia manifestado o desejo de que o seu filho<br />
fosse homem", e comentavam que, diante do que havia acontecido, desejavam agora voltar o mais<br />
cedo possível à Nicarágua.<br />
Foi então que um grupo feminista nicaraguense, chamado "Rede de Mulheres contra a<br />
Violência", entrou em contato com os pais e desencadeou uma nova onda publicitária sobre o drama<br />
da menina Rosita. No início, as feministas exigiram que fosse realizado um aborto terapêutico na<br />
menina. Diante da recusa das autoridades médicas e do Ministério da Família da Costa Rica, que<br />
também se manifestou de modo contrário, passaram a exigir que Rosita e sua família fossem<br />
repatriados o quanto antes de volta à Nicarágua. Juntamente com oito outras organizações feministas<br />
da Costa Rica, pediram à Assembléia Legislativa a<br />
"destituição da presidente do Patronato Nacional da Infância e do Defensor de<br />
Menores, por considerar que foram incapazes de defender o bem estar integral da<br />
menina. Exigiram o estabelecimento de uma comissão para investigar responsabilidades<br />
no direito à privacidade da menina e acusaram as autoridades de terem atendido a<br />
menina tendo como prioridade não comprometer a sua gravidez. Acusaram os médicos<br />
do Hospital de Turrialba de somente quererem interromper a gravidez por meio de um<br />
aborto terapêutico se a vida da mãe corresse perigo".<br />
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2003/febrero/20/sucesos/sucesos-20030220-05.html<br />
Mas o pai de Rosita não podia sair legalmente da Costa Rica antes de ser ouvido no julgamento de<br />
Alexis Barquero. Quatro anos depois, em 2007, o principal jornal da Nicarágua descreveu o que<br />
aconteceu na época segundo um depoimento das feministas realizado para a imprensa americana:<br />
"Marta Maria Blandón, da Rede de Mulheres contra a Violência, declarou à imprensa<br />
americana: 'Não podíamos sair da Costa Rica porque os pais tinham que fazer uma<br />
declaração oficial para o julgamento do estuprador. Mesmo com o estuprador de Rosita<br />
já preso na cadeia, o juiz argumentava que as provas contra ele eram insuficientes'.<br />
Ainda que soubessem que o pai de Rosita era suspeito no caso, Blandón admitiu na<br />
época que as feministas haviam tomado conhecimento de que ele queria fugir da Costa<br />
Rica: 'Nossa prioridade era tirá-los de lá, que era o que os pais queriam', declarou<br />
Marta Blandón. E mais, ela também admitiu que haviam ocultado suas verdadeiras<br />
identidades das autoridades costarriquenhas e que, assim que estabeleceram contato<br />
com a família, ajudaram-nos a sair do país: 'No final, tivemos que passá-los <strong>pela</strong><br />
fronteira escondidos e disfarçados, devido às ameaças do Ministro do Bem Estar do<br />
Menor'."<br />
http://www.laprensa.com.ni/archivo/2007/septiembre/26/noticias/opinion/<br />
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