SILÊNCIO SOBRE O ABORTO LEGAL - Voto pela Vida
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patrocinaram a sua implantação, tais serviços são apenas uma etapa vital para a promoção da completa<br />
legalização do aborto na América Latina.<br />
Segundo afirma o documento final do IIº Fórum do Atendimento ao Aborto Previsto na Lei,<br />
realizado em 1997 em Brasília, nos serviços de aborto legal as mulheres deveriam<br />
"receber informação sobre seus direitos e as alternativas existentes com relação a<br />
levar a gravidez a termo ou interrompê-la. No primeiro caso, deverá ser discutida a<br />
possibilidade de aceitar o filho. A equipe de saúde não deve, de modo algum colocar suas<br />
impressões pessoais para influenciar ou coagir a mulher. Deve orientar a mulher sobre<br />
todas as possibilidades e alternativas, motivando-a a refletir sobre sua saúde e direitos<br />
reprodutivos, para uma decisão informada, consciente e voluntária. É papel dos serviços<br />
de saúde apresentar as opções, mas a decisão é da mulher".<br />
E o documento final do IIIº Fórum, realizado em 1998, afirma ainda:<br />
"A violência sexual é agressão extremamente cruel para a mulher. Não há intenção de<br />
fazer apologia ao aborto indiscriminado, mas tão somente atender as mulheres em suas<br />
legítimas solicitações de interromper a gestação proveniente de estupro".<br />
No entanto, a experiência tem mostrado uma realidade totalmente diversa.<br />
Segundo várias fontes, há alguns anos as organizações feministas tem manifestado uma<br />
preocupação especial pelo fato de que o Estado do Piauí, no nordeste brasileiro, supostamente não<br />
ofereceria à população serviços de aborto legal. Em 2008 a Fundação Ford de Nova York liberou<br />
recursos econômicos para financiar um projeto com o objetivo de estudar por que no Piauí ainda não<br />
era oferecido este tipo de serviço à população. Em maio de 2008 a ONG Católicas pelo Direito de<br />
Decidir reuniu-se com o governo do Piauí para pressionar o Estado no sentido de iniciar imediatamente<br />
este tipo de serviço. As Católicas pelo Direito de Decidir são uma entidade criada internacionalmente,<br />
nos anos 80, com o apoio financeiro das organizações Rockefeller e da Fundação Ford para promover<br />
a dissensão dentro da Igreja Católica em matéria de aborto. Sua filial brasileira foi inaugurada em<br />
1993, graças ao apoio financeiro da Fundação MacArthur, com o fim adicional de promover cursos de<br />
capacitação junto aos serviços de aborto legal.<br />
http://www.45graus.com.br/geral/20014/print.php?id=20014<br />
Mas, no dia 12 de março de 2009, o jornalista Carlos Lustosa Filho, da TV Cidade Verde de<br />
Teresina, no Piauí, publicou uma denúncia sobre a rede de abortos legais no Brasil que, até o<br />
momento, passou desapercebida. Segundo Lustosa, a Sra. Marinalva Santana, conselheira do Conselho<br />
Nacional dos Direitos da Mulher, em nota enviada à imprensa, acusou o governo do Estado de não<br />
oferecer serviços de abortos legais no Piauí. Mas, acrescenta o jornalista, o Dr. Francisco Passos, o<br />
diretor da maternidade Evangelina Rosa, o estabelecimento que supostamente deveria estar oferecendo<br />
o serviço, declarou em resposta a esta nota que, diversamente do que está sendo acusado, o serviço de<br />
aborto legal é oferecido no Piauí desde 2004. O motivo devido ao qual ele estaria sendo acusado,<br />
afirma o Dr. Francisco, não se deve à inexistência do serviço, mas ao número de abortos, que seria<br />
pequeno uma vez que a maternidade respeita a decisão das mulheres quando estas decidem não<br />
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