SILÊNCIO SOBRE O ABORTO LEGAL - Voto pela Vida
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expulsar dois deputados pelo único crime de terem sido contra o aborto, não é politicamente correto<br />
dizer estas coisas para o público.<br />
Mais difícil, porém, é explicar por que médicos, para-médicos e funcionários de organizações<br />
não governamentais, sabendo que estão mentindo ao induzir o público a acreditar que a menina irá<br />
morrer por causa de uma gravidez, insistem tão abertamente em espalhar a desinformação a todo o<br />
povo brasileiro. Tentaremos explicar por que se mente desta maneira, conscientemente, com a<br />
conivência e o aplauso da imprensa, durante o restante desta mensagem.<br />
Entretanto, o que é certo é que a mãe e o pai da criança eram claramente contrários ao aborto.<br />
Sendo assim, eles teriam que ter o direito de serem informados claramente a respeito. E não o foram.<br />
Como veremos a seguir, foram informados do modo mais vergonhosamente fraudulento.<br />
3. INTERNAÇÃO NO INSTITUTO MATERNO INFANTIL DO RECIFE.<br />
Verificada a gravidez da menina, as autoridades acionaram o Conselho Tutelar. Os conselheiros<br />
verificaram que a mãe era contrária ao aborto e decidiram encaminhá-la ao Instituto Materno Infantil<br />
de Pernambuco em Recife. O IMIP é um hospital de referência no estado de Pernambuco em<br />
maternidade e pediatria, fundado pelo Dr. Fernando Figueira, um médico que fêz história em<br />
Pernambuco. Antes de fundar o IMIP e várias outras instituições tão relevantes quanto, o Dr. Fernando<br />
Figueira já havia lecionado medicina no Hospital das Clínicas de São Paulo, nos Estados Unidos, no<br />
México e na França, havia escrito diversos livros e ocupado o cargo de Secretário de Saúde do governo<br />
de Pernambuco.<br />
Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, os conselheiros tutelares dirigiram-se a Recife com a mãe da<br />
menina e a própria menina, imaginando que as estavam encaminhando ao Instituto Médico Legal para<br />
realizarem os exames de corpo de delito comuns nestas ocorrências, e depois ao IMIP para iniciar os<br />
cuidados do pré natal.<br />
Em vez disso, porém, após terem passado pelo IML, foram recebidas no IMIP pelo serviço de<br />
assistência social do Hospital, que convidou a conselheira tutelar a assinar um documento que<br />
autorizasse o aborto. A conselheira, surpresa, respondeu que não haviam vindo ao IMIP para abortar e<br />
que não iria assinar o documento. A assistente retrucou que já estava tudo combinado e que elas teriam<br />
que assinar. Diante da nova negativa da conselheira, a assistente entregou-lhe um pedido escrito de<br />
próprio punho em que solicitava um "encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no<br />
sentido de mostrar-se favorável à interrupção da gravidez da menina, com base no Estatuto da<br />
Criança e do Adolescente e na gravidade do fato". O Conselho deveria pronunciar-se a respeito até<br />
segunda-feira, dia 2 de março.<br />
Mas, já na noite daquela sexta-feira, os jornais passaram a anunciar que o aborto seria realizado<br />
no sábado. Na sexta-feira o Jornal do Comércio anunciou que<br />
"A menina de 9 anos que está grávida de gêmeos e a irmã dela, de 14 anos, que tem<br />
deficiência, estão internadas no Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira<br />
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