ESPECIFICIDADE HOSPEDEIRA DE PHAEDON CONFINIS (COLEOPTERA:CHRYSOMELIDAE) PARA BIOCONTROLE DE SENECIO BRASILIENSIS(ASTERACEAE)MILLÉO, Julianne (1) ; CORRÊA, Geovan Henrique (2) ; CASTRO, Jonathan Pena (1) ;PEDROSA-MACEDO, José Henrique (3)(1) Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ponta Grossa - Departamento <strong>de</strong> Biologia Geral, Rua CarlosCavalcanti, 4748. 84.030-900 Ponta Grossa, PR, Brasil. jumilleo@gmail.com,jonathan.penacastro@gmail.com ; (2) Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - Departamento <strong>de</strong>Zoologia, Caixa Postal 19030, 81.531-980 Curitiba, PR, Brasil. geovanbiologo@yahoo.com.br; (3) Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - Laboratório Neotropical <strong>de</strong> Controle Biológico <strong>de</strong>Plantas, Rua Bom Jesus, 650. 80.035-010 Curitiba, PR, Brasil. johpema@netpar.com.brÉ freqüente a presença <strong>de</strong> Senecio brasiliensis (maria-mole) na região centro-sul do Brasil,Uruguai e Argentina. Esta planta quando ingeri<strong>da</strong> por bovinos e eqüinos causa uma sériaintoxicação, a seneciose. Devido a gran<strong>de</strong> per<strong>da</strong> econômica para a pecuária é interessante ocontrole com uso <strong>de</strong> insetos. Através <strong>de</strong> coletas sistêmicas e contínuas na planta observou-seque um coleóptero chamado Phaedon confinis, causa pesados <strong>da</strong>nos à maria-moleapresentando gran<strong>de</strong> potencial como biocontrolador. Neste trabalho intencionou-se ampliar ostestes <strong>de</strong> especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> hospe<strong>de</strong>ira com larvas <strong>de</strong> 1º instar e adultos do crisomelí<strong>de</strong>o. Osbioensaios foram realizados no laboratório em temperatura ambiente, os insetos foramsubmetidos aos testes “sem chance <strong>de</strong> escolha” aplicado às larvas e adultos e <strong>de</strong> “múltiplaescolha”, apenas com larvas. Para análise dos <strong>da</strong>nos nas folhas foi adota<strong>da</strong> escala visualpadroniza<strong>da</strong> em categorias (nulo 0%, exploratório até 10%, fraco até 30%, mo<strong>de</strong>rado até 50%e normal mais <strong>de</strong> 50%). Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> sobrevivência, <strong>de</strong>senvolvimento e oviposição foramregistrados. Obtiveram-se os seguintes resultados: 1) “Sem chance <strong>de</strong> escolha” com L1 - Em52 plantas testa<strong>da</strong>s (n=52): nulo 90,39% (n=47); exploratório 5,77% (n=3); fraco 1,92% (n=1);e normal apenas na maria-mole 1,92% (n=1), on<strong>de</strong> 31,67% <strong>da</strong>s larvas atingiram a fase adulta.2) “Sem chance <strong>de</strong> escolha” com adultos - 46 plantas (n=46). 82,60% <strong>da</strong>no foi nulo (n=38);13,04% exploratório (n=6); 2,17% fraco (n=1); 2,17% normal S. brasiliensis (n=1). Ocrisomelí<strong>de</strong>o ovipositou durante os dias <strong>de</strong> observação somente nas folhas <strong>de</strong> S. brasiliensis,615 ovos com viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 73,01% (n=449). 3) “Múltipla escolha” com larvas - Nove plantastesta<strong>da</strong>s (n=9). 66,67% nulo (n=6); 11,11% fraco (n=1); 11,11% exploratório (n=1); e 11,11%normal maria-mole (n=1). Os resultados indicam que a alimentação normal, oviposição,sobrevivência e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> P. confinis estão restritos à maria-mole e contribuem para
corroborar o seu potencial como agente <strong>de</strong> biocontrole.Palavras-chave: controle biológico, inseto, planta tóxica, pecuária.Apoio Financeiro: CNPq