42PRODUTOS E EQUIPAMENTOSFORMULAÇÕES CORRETIVAS E PROTETIVAS PARA ALAVOURA CAFEEIRAOs solos usados para as lavouras cafeeiras são são semelhantes para o zinco e o boro,e, em algumas,pobres nos micro-nutrientes exigidos pelos cafeeiros, para o manganês e magnésio. A principal diferençapara seu bom crescimento e produção. Embora está na fonte de cobre utilizada. Na Viça-café o cobrenecessários em pequenas quantidades (como o vem como Sulfato e sua complexação, para formarpróprio nome micro-nutriente significa), o zinco, o uma molécula de ação protetiva (fungicida/boro, o cobre e o manganês, principalmente, são bactericida), é feita com o uso da cal na calda. Aimportantes. Esses nutrientes, à exceção do boro, são Multi-sais usa como fonte, em seu sistema, osupridos, de forma mais eficiente, e econômica, hidróxido de cobre(Kocide0 e a FH-foliar já tem naa t r a v é s d esua composição oaplicações foliares.carbonato de cobre.As caldasA pesquisapara pulverizaçãotem mostrado quep o d e m s e rtanto na correção dapreparadas com od e f i c i ê n c i a d euso de produtoscobre como na sa d q u i r i d o sação protetiva doseparadamente,produto, a forma deconhecidos comocobre deve sersais, ou usandopouco solúvel, def o r m u l a ç õ e slenta liberação,prontas já contendop a r a s u a a ç ã oo s d i v e r s o sresidual, maisn u t r i e n t e s ,prolongada.facilitando a suaA escolha dosutilização. Existemprodutos isoladosf o r m u l a ç õ e sou das formulaçõeslíquidas ou sólidas,e quais utilizar deveestas mais em usolevar em conta aatualmente, devido sua maior concentração de necessidade da lavoura, a composição, as doses asnutrientes.facilidades e os custos.A formulação mais tradicional no mercado, Na tabela aqui apresentada pode-se observar acom 10 anos em uso, é a Viça-café, e, recentemente composição básica de cada uma das formulaçõesnovas formulações entraram em uso, a Multisais-café referidas e as doses indicadas, havendo formulaçõese a FH-foliar.que variam ligeiramente para atender regiõesNas formulações disponíveis as composições específicas.Composição dos nutrientes e doses para uso, em formulações corretivas/protetivasNutrientes (%)ZincoBoroCobreManganêsMagnésioPotássio(***)Dose indicada/haViça-café( **)6 a 8,23 a 5102 a 71 a 3104 -5 kgMultisais-café (*)93,8-5,41,2154-5 kgFH-foliar7416--104 kg(*) fórmula básica-manutenção,acrescentando 1-2 kg de Kocide/ha(**) 6 formulações no mercado, podendoser formuladas outras paraatendimento regional, existindo emdesenvolvimento formulações semcobre e outras com maior teor de cobre.(***) o potássio(cloreto) é incluído paramelhorar a absorção do zinco.
SÉRIE ESTATÍSTICA43ANÁLISE DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE CAFÉ NO SUL EOESTE DE MINAS GERAISA. W. R. Garcia e J.B. Matiello - Engs. Agrs. MAPA/<strong>Procafé</strong>Uma análise dos custos de produção de café, praticado pelo mercado, o que pode elevar, aindaestimados para a região Sul/Oeste de Minas, m a i s , o g r a u d e e n d i v i d a m e n t o e ,mostra que os componentes do custo sofreram conseqüentemente, o sucateamento progressivo doaumentos expressivos, principalmente a mão-de- setor cafeeiro local.obra, que subiu do equivalente a U$ 68,00 por mês A situação de baixa rentabilidade napara U$ 280,00, já incluído os encargos. Os cafeicultura regional tem sido agravada pelafertilizantes também aumentaram muito, pois situação climática desfavorável (temperaturascustavam cerca de U$200,00 por tonelada e hoje mais altas e déficits hídricos acima da normalidadeatingem cerca de U$ 500,00. Os demais itens de histórica), observada nos últimos anos, resultandodespesa, que entram no processo produtivo, como: na situação de safras baixas, sendo que a partir docombustíveis, energia elétrica, equipamentos, ano 2000 somente em 2002 e 2006 tivemos boasutensílios, entre outros, também sofreram safras.majorações acima da inflação.No gráfico 1 pode-se observar as curvas deO quadro 1, com um comparativo dos custos custo e os preços de equilíbrio dentro dasestimados em 2002/03 e os atuais (2007/08 e produtividades obtidas.projeção para a safra 2008/09), mostra esses Pode-se verificar que a manutenção doacréscimos nos custos de produção por saca.. cafeicultor na atividade, persistindo as condiçõesPor outro lado, o preço do café permaneceu atuais de preços/custos, será possível somente parano mesmo valor, em reais, de 8 anos atrás. Embora aqueles que partirem para mudanças significativaso preço externo, em dólares, esteja razoável, a (mudanças de paradigmas), com utilização de bompolítica cambial não ajuda. Assim, o preço nível tecnológico, inclusive usando irrigação erecebido pelo cafeicultor, na média de colheita mecanizada, visando a obtenção deprodutividade obtida, não cobre mais os custos, produtividades superiores a 40 scs/ha.contribuindo sobremaneira para o desaquecimento Diante do conhecimento dos componentes dedo setor, resultando no sucateamento progressivo custo verifica-se que a viabilidade da produção dede lavouras e benfeitorias. Veja-se que a café estará ligada, principalmente, aos pequenosprodutividade média, obtida na safra 2007/08, foi produtores, com mão-de-obra própria,aproximadamente de 13 sacas beneficiadas por desonerados de responsabilidades diversas, ou,hectare, este considerado um ano de safra baixa. O então, aqueles altamente planejados, tecnificadosano próximo, de 2008/09, seria de safra alta, porém e que utilizarem colheita mecânica.houve comprometimento de safra pelo déficit A esperança do setor da produção é de que ohídrico registrado, mais de 300mm até o inicio das consumo crescente do café a nível mundial,chuvas, que ocorreram somente no final de combinado com a redução de estoques e à perda dooutubro/07. Se considerarmos, mesmo assim, potencial produtivo de nossos cafezais, influam naalcançar em 2008 a produtividade de 20 scs/ha, o elevação do patamar de preços do café. Casocusto de produção continuará acima do preço contrário, a tendência é o desaquecimento do setor,