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Revista Pneus e Cia nº15 - Sindipneus

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Foto: arquivo Polícia FederalApreensão ocorrida no galpão de uma empresalocalizada em Foz do Iguaçu (PR)22 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.taxa antidumping, que varia de US$ 1,12 a US$ 2,59por quilo de pneu, sendo a taxa referente aos pneusde carga, ônibus e caminhão, aros 20”, 22” e 22,5”.E se os pneus chineses novos chegavam ao país compreços bastante atrativos, o mesmo parece se repetiragora com os pneus usados. As estimativas da PF sãode que as carcaças eram compradas por valores inferioresa US$ 2 por unidade, o que incentivava a fraude.Apesar de os nomes de todas as empresas e suspeitosenvolvidos correrem em segredo de justiça para nãocomprometer os rumos das investigações, a PF informaque parte do esquema da fraude já foi desvendadae aponta para a importação e reexportação dos pneus,da China para o Paraguai e daí para o Brasil.Além da ChinaNo entanto, os resultados iniciais das investigaçõesapontam que as fraudes apuradas não se restringiramàs ações descritas, muito menos à China. “Simultaneamenteà importação de pneus da China e posteriorreexportação para o Brasil, acham-se em curso outrosnegócios ilícitos envolvendo a importação e venda depneus usados de origem estrangeira, essencialmente,pneus europeus. Constatou-se que uma empresa dacidade de Biguaçu se dedicava à importação de pneususados, depois à sua reforma, utilizando a remoldagem,e posterior revenda no mercado interno”, esclareceo delegado Trevizan.Conforme apuração da PF, no Paraguai, a legislaçãopermite e entrada no país de pneus sem condiçãode uso bem como sua comercialização. Assim, osfraudadores investigados pela Operação Carcaçaimportavam os pneus usados para terras paraguaiaslegalmente e os repassavam ao Brasil por meio dasfronteiros entre Paraguai e Brasil. No caso dos pneuseuropeus, a legislação europeia obriga as empresasa reciclar os pneus, mas como a reciclagem tem umcusto elevado, muitos países preferem repassar ospneus para outros países. Desse modo, os criminosostinham o custo apenas com o transporte feitopor navio, da Europa para o Brasil. Em território brasileiro,tanto os pneus chineses quanto os europeuseram raspados até sobrar somente a estrutura. Nasequência, os pneus recebiam uma nova camada deborracha e, tendo sido comprados por um valor, eramvendidos, em média, cerca de 20 vezes mais caros doque o preço pelo qual foram adquiridos.A segurança do usuário de pneusÉ fato que os pneus reformados certificados são segurose ambientalmente corretos. No entanto, os crimescometidos pelos envolvidos na Operação Carcaça ultrapassama importação ilegal de carcaças e podemcolocar em risco o usuário de pneus que, porventura,adquirir esses pneus indevidamente reformados pelasempresas envolvidas nas irregularidades. O principalrisco é de que a nova camada de borracha se desgrudee faça com que o pneu gire em velocidadesdiferentes, aumentando os riscos de acidentes. Umaalternativa para a melhora da carcaça nacional, nosentido de que o pneu seja reformado no momentodevido e que ele não seja utilizado até se tornarinservível, é ficar atento ao índice TWI (Tread WearIndicator), que determina o mínimo de profundidadedos sulcos da banda de rodagem dos pneus (1.6mm)para que o pneu circule com segurança e se aumentea recapabilidade do produto.Nesse sentido, o <strong>Sindipneus</strong> vem realizando, há umano, o Projeto TWI, que são cursos cujo objetivo éconscientizar a população, empresários, interessados etrabalhadores do ramo de pneus, bem como autorida-

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