102panorama <strong>do</strong> cinema baianoCom a entrada no terceiro milênio, o cinema baianotoma um grande impulso e produz, no decorrerda década, vários longas-metragens, por causa <strong>do</strong>sconcursos de roteiros patrocina<strong>do</strong>s pelo Governo <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> da Bahia. Os concursos contemplam os roteirospremia<strong>do</strong>s com uma quantia que, ainda que paraprodução de baixo orçamento, permite aos cineastasa realização de um longa. Ressurge, após jejum deduas décadas, o longametragismo na Bahia. Além <strong>do</strong>sconcursos estaduais, o Minc (Ministério da Cultura)também oferece possibilidades para a expressão cinematográficabaiana em filmes de longa duração.Antes da efetivação <strong>do</strong>s concursos, um deles, patrocina<strong>do</strong>pela Fundação Cultural <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia,premia três curtas que seriam transforma<strong>do</strong>s no longaTrês Histórias da Bahia. A produção <strong>do</strong> filme levaalguns anos para conseguir levar a cabo o projeto e,em 2001, o filme é lança<strong>do</strong> em circuito comercial.Segun<strong>do</strong> o folheto da produtora (a Truq, novamente,que se responsabiliza com o aporte final de recursos),“três viagens aos subterrâneos da Bahia, três trabalhosde três diretores da nova geração <strong>do</strong> cinemabaiano”: Agora é cinza, de Sérgio Macha<strong>do</strong>, Diário <strong>do</strong>convento, de Edyala Yglesias, e O pai <strong>do</strong> rock, de JoséAraripe.No mesmo ano <strong>do</strong> lançamento de 3 Histórias daBahia, 2001, um <strong>do</strong>cumentário baiano é premia<strong>do</strong>no Festival de Brasília dividin<strong>do</strong> o prêmio de melhorfilme com Lavoura Arcaica, de Luiz Fernan<strong>do</strong> Carvalho.Trata-se de Samba Riachão, de Jorge Alfre<strong>do</strong>,que retrata a história <strong>do</strong> samba como tema centralda Música Popular Brasileira através da trajetória deClementino Rodrigues, o popular sambista baianoRiachão, com seus 80 anos de idade, uma lenda viva<strong>do</strong> samba de rua da velha Bahia. O diretor utiliza a experiênciapessoal <strong>do</strong> sambista Riachão para contar astransformações no merca<strong>do</strong> da música popular e nosmeios de comunicação durante o século XX. Tambémé a Truq que o produz.Também neste ano fica pronto Cascalho, de TunaEspinheira, uma adaptação <strong>do</strong> romance homônimode Herberto Salles, cuja ação se localiza na ChapadaDiamantina na década de 30, quan<strong>do</strong> da corrida aoouro negro. O realiza<strong>do</strong>r, no entanto, precisa esperarmais quatro anos para lançá-lo em 2008, porque,neste tempo, passa a captar mais recursos a fim decolocar o imprescindível Dolby Stereo sem o qual nãose consegue exibição nas salas <strong>do</strong> circuito comercial.Apesar de somente lança<strong>do</strong> em novembro de 2006,Eu me lembro, de Edgard Navarro, fica pronto no anoanterior. Sucesso no Festival de Brasília de 2005, comvários troféus, inclusive o de melhor filme, Eu melembro é o primeiro longa de um cineasta já reconheci<strong>do</strong>por seus instigantes curtas em Super 8, 16mm e35mm, principalmente pelo média Superoutro, com oqual obtém repercussão nacional e chega, inclusive,a ser considera<strong>do</strong>, por parte da crítica, um <strong>do</strong>s melhoresfilmes nacionais <strong>do</strong>s anos 80. Navarro, em Eume lembro, faz o seu amarcord numa obra que tem amemória <strong>do</strong> pretérito como mola propulsora. O estiloiconoclasta, anárquico, é, neste filme, substituí<strong>do</strong>Samba Riachao,2001
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