Meteorango Kid,1969
o surto undergroundRealiza<strong>do</strong> em 1969, ten<strong>do</strong>, neste mesmo ano, noFestival de Brasília, recebi<strong>do</strong> o Prêmio <strong>do</strong> Público ea Margarida de Prata da Central Católica de <strong>Cinema</strong>,Meteorango Kid, o Herói Intergalático, de André LuizOliveira, apesar de lança<strong>do</strong> em circuito baiano em1970, somente <strong>do</strong>is anos depois, em 1972, conseguevaga no circuito <strong>do</strong> eixo Rio-São Paulo.Influencia<strong>do</strong> pelo cinema marginal paulista, cujocarro-chefe é O Bandi<strong>do</strong> da Luz Vermelha (1968),de Rogério Sganzerla, Meteorango, ao contrário <strong>do</strong>soutros filmes <strong>do</strong> Ciclo <strong>Baiano</strong> de <strong>Cinema</strong> – que temuma proposta de retratar o drama <strong>do</strong> homem brasileiro–, é uma obra que procura mostrar a angústiada geração de seu autor, que, antes de completarduas décadas de existência, é marcada pela censura,pela ditadura, pelo total cerceamento da liberdadede expressão no campo social, principalmente apósa eclosão <strong>do</strong> Ato Institucional número 5 no dia 13 dedezembro de 1968. Meteorango é, por conseguinte,um filme à procura de uma saída para a sua geração,que, sufocada, submerge no universo das drogas.O filme encerra a dúvida, o desespero, a incerteza,tu<strong>do</strong>, porém, carrega<strong>do</strong> com humor.No dia de seu aniversário, Lula passa por experiênciasreais e fantásticas: pela manhã transforma-seem batmãe e surra os pais; na escola, assiste a umaassembleia que não o convence; realiza um filme deTarzan e comparece ao enterro de um amigo homossexual,recordan<strong>do</strong>-se dele em vida. E, finalmente,participa de uma sessão barra pesada de maconha e,na rua, é ataca<strong>do</strong> por um vampiro no Pelourinho. Aochegar à sua casa, seus familiares aguardam-no parauma festa. Mas Lula permanece como que crucifica<strong>do</strong>no meio das palmeiras – como no início.A influência de Meteorango é muito forte, principalmentepara os cineastas que aparecem na novageração <strong>do</strong>s anos 70 com a explosão <strong>do</strong> boom superoitista.Edgard Navarro, em Talento Demais, rendehomenagem ao filme de André Luiz Oliveira, consideran<strong>do</strong>-oa sua fonte de inspiração para se tornarcineasta.Walter da Silveira, acompanhan<strong>do</strong> o filme no Festivalde Brasília, envia para a Tribuna da Bahia uma críticaentusiástica. Num trecho <strong>do</strong> copioso artigo, diz o crítico:“Nenhum outro filme em Brasília mereceria real-81panorama <strong>do</strong> cinema baiano
- Page 3 and 4:
POR ANDRÉ SETAROpanoramado cinemab
- Page 11:
11panorama do cinema baiano
- Page 22 and 23:
22panorama do cinema baianoporciona
- Page 24 and 25:
24panorama do cinema baianoBOCCANER
- Page 26 and 27:
26panorama do cinema baianonas cien
- Page 29 and 30: Walter da SilveiraA PRESENÇA DE WA
- Page 31 and 32: Com menos de um ano, em abril de 19
- Page 33 and 34: cinematográfica, passando pela ent
- Page 35: fundamental, como bem demonstram as
- Page 38 and 39: 38panorama do cinema baianoapoio da
- Page 41 and 42: Redenção,1959redenção,de Robert
- Page 43 and 44: fotograma, e apresentado em sessão
- Page 45: ciclo baiano de cinemaNesta época,
- Page 49 and 50: Barravento,1959Acervo CinematecaBra
- Page 51 and 52: obra revolucionária, contra o cand
- Page 53 and 54: o esquema de rodízioForma-se uma E
- Page 55 and 56: inexcedível, em Os fuzis, com foto
- Page 57 and 58: O Pagador dePromessas, 1962ciclo ba
- Page 59 and 60: sobradão, onde fixávamos a tela.
- Page 61 and 62: Glauber Rocha, nosso embaixador mai
- Page 65 and 66: as empresas65Eu me Lembro,2005Com e
- Page 67 and 68: de repente tudo parouO grito da ter
- Page 69 and 70: A Grande Feira,1961a grande feiraH
- Page 71 and 72: claro, da mise-en-scéne - que sua
- Page 73 and 74: donada pelo marinheiro, retorna ao
- Page 75 and 76: tocaia no asfalto75Tocaia no Asfalt
- Page 77 and 78: sol sobre a lamaJoão Palma Neto, a
- Page 79: ancoradouro, a impedir qualquer aba
- Page 83 and 84: da Montanha, biografia deste cineas
- Page 85 and 86: ção narrativa que iria se acentua
- Page 87 and 88: a redençãode meteorango emo super
- Page 89 and 90: as jornadas baianasAs sementes das
- Page 91: absoluta - pela, como já se disse,
- Page 94 and 95: 94panorama do cinema baianoNavarro
- Page 96 and 97: 96panorama do cinema baianoHá tamb
- Page 98 and 99: 98panorama do cinema baiano
- Page 100 and 101: 100panorama do cinema baianotragem;
- Page 102 and 103: 102panorama do cinema baianoCom a e
- Page 104 and 105: Diamante Bruto,1977pela necessidade
- Page 107 and 108: O Pai doRock, 2001críticasTRÊS HI
- Page 109 and 110: Três Históriasda Bahia, 2001nova
- Page 111 and 112: Esses Moços,2004ESSES MOÇOS, de J
- Page 113 and 114: EU ME LEMBRO, de Edgard Navarro113E
- Page 116 and 117: 116panorama do cinema baianoestavam
- Page 118 and 119: 118panorama do cinema baianoCASCALH
- Page 120 and 121: 120panorama do cinema baianografia
- Page 122: 122panorama do cinema baianose dá
- Page 125 and 126: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS125BOCC
- Page 127: panorama docinema baianoPOR ANDRÉ