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Panorama-do-Cinema-Baiano

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as empresas65Eu me Lembro,2005Com eclosão verificada, com o verdadeiro boomcinematográfico que aqui se instalou, várias empresasforam formadas. No primeiro lustro da décadade 60, nada menos que seis: Guaripa Filmes Ltda.(Palma Netto, produtor de Sol sobre a lama, e emparceria com Álvaro Queiroz), Iglu Filmes (RobertoPires, Braga Neto, entre outros), Polígono Filmes (deRex Schindler), Santana Filmes Ltda. (a produtora deO grito da terra, de Olney São Paulo), Sani Filmes (deOscar Santana, especializada em <strong>do</strong>cumentários ecine-jornais, como o famoso jornal de atualidades daSani, que veio a substituir o Bahia na Tela), WinstonCine Produções Ltda. (que produz O caipora de OscarSantana). A Winston, que financiou a fita de Oscar,sugere a união deste a Moacyr Carvalho. É a efervescência<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, tanto que O caipora é realiza<strong>do</strong>com recursos de produção acima da média de umapelícula brasileira da época, contan<strong>do</strong> com um verdadeiroestúdio, em 1963, construí<strong>do</strong> nas imediações<strong>do</strong> Bonfim, e a dispor de moviolas, câmeras, enfim,toda a aparelhagem indispensável à elaboração deum filme de longa-metragem. Este estúdio, que ficana Cidade Baixa, apareceu não para somente servir aO caipora, mas porque o seu idealiza<strong>do</strong>r, Moacyr Carvalho,tem em mente dar prosseguimento à produçãocinematográfica em Salva<strong>do</strong>r. Acredita no cinemabaiano, e nunca teria pensa<strong>do</strong> na paralisação, queviria a ocorrer logo depois que Olney São Paulo finalizaO grito da terra, o canto de cisne, por assim dizer,<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> Ciclo <strong>Baiano</strong>. Lança<strong>do</strong> O caipora, capitalinvesti<strong>do</strong> precisan<strong>do</strong> de retorno e da consequente circulaçãono território brasileiro (o êxito na Bahia nãodava para pagar os custos eleva<strong>do</strong>s), o filme de Oscarfica muito aquém, em nível de bilheteria, <strong>do</strong> que seinveste. Assim, o resulta<strong>do</strong> é um estron<strong>do</strong>so prejuízo.Desiludi<strong>do</strong>, Moacyr Carvalho resolve vender toda aaparelhagem e fechar o estúdio. No caso da Guapira,de Sol sobre a lama, Palma Netto fica bastanteinsatisfeito com a direção de Alex Viany, que deturpacompletamente o que o produtor idealizara como umfilme-resposta à A grande feira. Alex monta o filme“de uma maneira” enquanto que Palma o queria de“outra”. Os <strong>do</strong>is acabam na Justiça. O lançamento deSol sobre a lama, contu<strong>do</strong>, no cine Guarani, em 24 deoutubro de 1963, acontece com a cópia imaginadana moviola por Alex Viany. Anos depois, Palma Netto,vencen<strong>do</strong> na Justiça, remonta a fita, desfiguran<strong>do</strong> asua concepção original. A Guapira ainda tenta, em1965, produzir mais um filme, Onde a terra começa,<strong>do</strong> carioca Ruy Santos, filma<strong>do</strong> em Arembepe, companorama <strong>do</strong> cinema baiano

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