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É agora ou nunca - Fonoteca Municipal de Lisboa

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FlashLana Clarkson: assassinada por Phil Spector<strong>de</strong>slocava para <strong>ou</strong>vir gospel.Spector é o homem pérfido e cruelque, ciumento, tranc<strong>ou</strong> a mulherRonnie Spector, a vocalista dasRonettes, durante anos, que tinha ohábito <strong>de</strong> fazer valer osseus pontos <strong>de</strong> vista sob a ameaça<strong>de</strong> arma – encost<strong>ou</strong> uma à cabeça<strong>de</strong> Leonard Cohen durante agravação <strong>de</strong> um disco – e queacab<strong>ou</strong> julgado e con<strong>de</strong>nado em2009 pelo assassinato da actriz <strong>de</strong>séries B Lana Clarkson.“The Agony And Ecstasy Of PhilSpector”, documentário realizadoem 2007 e que estre<strong>ou</strong> na quartafeiranos Estados Unidos, mostraSpector <strong>de</strong> todos os ângulos edificilmente teria realizador maisa<strong>de</strong>quado que Vakram Jayanti, cujaobra inclui biografias <strong>de</strong> Ken Kesey,James Ellroy <strong>ou</strong> Julian Schnabel – éatraído por personagens maioresque a vida, homens cujagrandiosida<strong>de</strong> da obra nãoconsegue ofuscar aquilo que têm <strong>de</strong>sombrio.“The Agony And Ecstasy Of PhilSpector” concilia três linhasnarrativas. O percurso artístico,ilustrado em imagens <strong>de</strong> arquivo erepresentado na música que cri<strong>ou</strong>;a autobiografia, extraída <strong>de</strong> umarara entrevista conduzida em 2007,entre os dois julgamentos a queSpector foi submetido após morte<strong>de</strong> Clarkson; e as imagens dopróprio julgamento, em que “Be mybaby” <strong>ou</strong> “To know him is to lovehim”, acompanhadas <strong>de</strong> excertos<strong>de</strong> textos elogiosos do génio, sãosobrepostas ao correr dostrabalhos em tribunal.Segundo a“Variety”, oresultado cria um “efeitoesquizofrénico intrigante.”Bem-humorado e articulado,Spector fala <strong>de</strong> John Lennon, <strong>de</strong>Woody Allen, <strong>de</strong> Brian Wilson e dasgirl-gr<strong>ou</strong>ps, da infância marcadapelo suicídio do pai, da invenção do“wall of s<strong>ou</strong>nd” e <strong>de</strong> como se vê umartista da dimensão <strong>de</strong> Leonardo DaVinci <strong>ou</strong>Bach - <strong>ou</strong> <strong>de</strong> como esteve quase aretirar “Os Cavaleiros do Asfalto”das salas em 1973 (Scorsese nãopediu autorização para a utilização<strong>de</strong> “Be my baby” e um Spectorfurioso só não tom<strong>ou</strong> medidaslegais por influência <strong>de</strong>Lennon).Muito foi dito eescrito sobre oreclusivo PhilSpector, uma dasmais enigmáticasfiguras da músicapop. Contudo,raramente pelopróprio. “TheAgony And EcstasyOf Phil Spector” será,nesse sentido, umdocumento único. “Fascinam-me oschamadosgénios perturbados”, confess<strong>ou</strong>Vakram Jayanti ao site RottenTomatoes, aquando da exibição dodocumentário no Sidney FilmFestival <strong>de</strong> 2009. A sua surpresa foiesta: “O que não esperava era que[Spector] pu<strong>de</strong>sse ser tãoengraçado e encantador.”Ouvimos Spector, “in his ownwords”, mas aparentemente não se<strong>de</strong>svanece o mistério que ro<strong>de</strong>ia asua figura, à uma genial,trágica, fascinante erepugnante.Um produtor “in his own words” no documentário “The Agony AndEcstasy Of Phil Spector”Marilyn Monroe e Ralph Greenson: alguns pormenores...MarilynMonroee o seupsiquiatra:segredos e umleilãoQue segredos guarda o divã em queMarilyn Monroe (1926-1962) se<strong>de</strong>it<strong>ou</strong>, durante dois anos, noconsultório do psicanalista RalphGreenson? Este podia ser o motepublicitário para o leilão que osfilhos do terapeuta americano<strong>de</strong>cidiram fazer com alguns dosobjectos, artigos e peças <strong>de</strong>vestuário que a actriz <strong>de</strong> “OsInadaptados” utiliz<strong>ou</strong> no ambiente“familiar” que lhe foi “receitado”por Ralph Greenson, na sua própriamoradia.Não foram ainda divulgados o locale a data em que será realizado oleilão, cujos lotes incluem umablusa cor-<strong>de</strong>-rosa Pucci, uma taça<strong>de</strong> champanhe com o nome <strong>de</strong>Marilyn gravado, um copo <strong>de</strong>martini, um guião com anotações,um espelho, uma camisola e o...“programa” do funeral da actriz.Mas a notícia avançada pelobritânico “The Daily Telegraph”,que cita os dois filhos dopsicanalista, Joan e Daniel, permiteacrescentar mais <strong>de</strong>talhes (<strong>ou</strong> maisdúvidas?) ao <strong>nunca</strong> resolvidomistério da morte <strong>de</strong> Marilyn, com36 anos e no pico da fama, em 5 <strong>de</strong>Agosto <strong>de</strong> 1962.Já se sabia que nos últimos tempos <strong>de</strong>vida, principalmente a partir doinício <strong>de</strong> 1960, altura em que sedivorci<strong>ou</strong> do dramaturgo ArthurMiller, Marilyn se dirigia, quasediariamente, a meio da tar<strong>de</strong>,“escondida” por trás <strong>de</strong> óculosescuros e uma r<strong>ou</strong>pa discreta, à casa<strong>de</strong> Ralph Greenson em Santa Mónica,Califórnia. Já na altura este tinha nasua carteira <strong>de</strong> “clientes” <strong>ou</strong>trasestrelas <strong>de</strong> Hollywood, como FrankSinatra, Tony Curtis, Peter Lorre,Vincente Minnelli <strong>ou</strong> Vivien Leigh.Após alguns anos <strong>de</strong> vida em NovaIorque, on<strong>de</strong> frequentara o ActorsStudio <strong>de</strong> Lee Strasberg, Marilyntinha regressado a Los Angeles parafilmar “Let’s Make Love”. E porque,durante a sua estada na Costa Leste,se habituara a recorrer aopsicanalista por indicação <strong>de</strong>Strasberg, que incluía essa práticano programa do “Método”, Marilynlev<strong>ou</strong> para a Califórnia umarecomendação da sua analista novaiorquinaMarianne Kris paraprocurar o Dr. Ralph Greenson. Este<strong>de</strong>pressa constat<strong>ou</strong>: “Umapersonalida<strong>de</strong> bipolar, paranóica eviciada em medicamentos”, mastambém “uma órfã eterna”, emconsequência <strong>de</strong> uma infânciatraumatizada pela ausência do pai ea perda da mãe, <strong>de</strong>claradaesquizofrénica paranóica quando apequena Norma Jean tinha oitoanos – eis o cru diagnóstico <strong>de</strong>Ralph Greenson. Mas, para evitar ointernamento, o psiquiatra <strong>de</strong>cidiuprescrever-lhe um “tratamento”inédito: acolheu-a no seu ambientefamiliar e tent<strong>ou</strong> que ela aí sesentisse em família. No final dasessão, Marilyn ficava a beberchampanhe e, às vezes, mesmopara jantar...É disso que os dois filhos dopsiquiatra, na altura na casa dosvinte anos, aceitaram <strong>agora</strong> falar, apretexto da organização do leilão.“O meu pai sentia que a sua terapianão funcionava, mão não podiahospitalizá-la”, lembra o filho, quese torn<strong>ou</strong> também psicanalista.Joan acrescenta que Marilyn erapara ela uma irmã mais velha: “Deumeconfiança em mim mesma, eajud<strong>ou</strong>-me a dançar”.O “tratamento” prolong<strong>ou</strong>-se atéAgosto <strong>de</strong> 1962, mas o <strong>de</strong>senlace éconhecido. Ralph Greenson foi dasúltimas pessoas a ver Marilyn,quando a meio da tar<strong>de</strong> do dia 4pass<strong>ou</strong> por casa <strong>de</strong>la e a viu emestado <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e sob a acção<strong>de</strong> medicamentos. A morte – “semdúvida, suicídio”, reafirma <strong>agora</strong>Daniel Greenson – aconteceu namadrugada seguinte. O psiquiatraviria, <strong>de</strong>pois, a ser acusado <strong>de</strong> tererrado na prescrição do tratamentoda maior diva da história docinema. Sérgio C. Andra<strong>de</strong>Filme sobre oFacebook já tem“teaser trailer”“The Social Network”, que conta ahistória <strong>de</strong> como o Facebook setorn<strong>ou</strong> na re<strong>de</strong> social mais populardo mundo, já tem o seu primeirotrailer oficial. Realizado por DavidFincher (“O Estranho Caso <strong>de</strong>Benjamin Button”, “Clube <strong>de</strong>Combate”, “Se7en”), conta comJesse Eisenberg no papel <strong>de</strong> MarkZuckerberg, o co-fundador doFacebook, e ainda com os<strong>de</strong>sempenhos <strong>de</strong> Brenda Song eJustin Timberlake. Naquele que é oprimeiro trailer oficial po<strong>de</strong>m <strong>ou</strong>virseexcertos do filme, sobre um ecrãnegro que se vai compondo compequenos pixels. A imagem vaialargando, pixel a pixel, até setransformar no rosto do actor queinterpreta o papel do jovemmultimilionário Mark Zuckerberg.O filme baseia-se no livro “TheAcci<strong>de</strong>ntal Billionaires”, da autoria<strong>de</strong> Ben Mezrich. Os créditos <strong>de</strong>escrita <strong>de</strong> “The Social Network”são, porém, na sua maioria, daresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aaron Sorkin -que escreveu “Uma Questão <strong>de</strong>Honra”, as séries televisivas “WestWing - Os Homens do Presi<strong>de</strong>nte” e“Studio 60” <strong>ou</strong> “Charlie Wilson’sWar”.A história <strong>de</strong> como Zuckerberg setransform<strong>ou</strong>, em p<strong>ou</strong>co anos, numdos homens mais ricos daAmérica não está livre <strong>de</strong>polémica. O próprio nãoteve qualquerenvolvimento naprodução do filme -produzido pelo actorKevin Spacey - e está porapurar se o Facebookirá endossar o seuapoio ao filme. Ajulgar pelo mauacolhimento o quea empresa <strong>de</strong>u aolivro <strong>de</strong> BenMezrich - queapelid<strong>ou</strong> <strong>de</strong>“boatariacaprichosa” -, éprovável que oFacebook nãoqueira ter nadaa ver com ofilme.Estreiainternacional alem Outubro<strong>de</strong>ste ano.David Fincher, realizador<strong>de</strong> “The Social Network”4 • Sexta-feira 2 Julho 2010 • Ípsilon

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