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É agora ou nunca - Fonoteca Municipal de Lisboa

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diz – em mais-valias. O resto é história.Os LCD S<strong>ou</strong>ndsystem lançaramdois álbuns reconhecidos um p<strong>ou</strong>copor todo o lado (“LCD S<strong>ou</strong>ndsystemem 2005 e “S<strong>ou</strong>nd Of Silver” em 2007)e há um mês regressaram com “ThisIs Happening”, mais uma obra magnífica,canções em forma <strong>de</strong> máquina<strong>de</strong> ritmo, num tempo <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong>música.A música, hoje, está em todoo lado. Nos espaços públicose nos privados. Ontem, numrestaurante, <strong>ou</strong>vi uma cançãodos LCD S<strong>ou</strong>ndsystem. Aexperiência da música está emrisco por causa <strong>de</strong>ste excesso?De certa maneira, sim. Mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong> cada um. Há formas <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rmos.Enquanto músico é-me impossívelcontrolar esse processo. Nãoposso proibir que a música passe nesseslocais. Em Nova Iorque aconteceo mesmo, mas não a oiço, parece-metoda igual. É barulho <strong>de</strong> fundo. Masé verda<strong>de</strong> que existe um excesso <strong>de</strong>música e <strong>de</strong> bandas. As pessoas carregama música consigo, nos seus iPodse esse tipo <strong>de</strong> coisas. Não sei, nãos<strong>ou</strong> assim. Não carrego quilos <strong>de</strong> música...[risos].Não é como aqueles melómanosviciados em música que passamhoras sempre à procura <strong>de</strong>novida<strong>de</strong>s na internet?De forma nenhuma, não tenho tempo.S<strong>ou</strong> até o oposto. As pessoas queme são próximas costumam brincarcomigo precisamente porque há umasérie <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong>sse género queme escapam. Já é um mito entre elesa vez em que estava a <strong>ou</strong>vir uma bandae me virei para as pessoas que estavamcomigo: “Uau! O que é isto?”Olharam todos para mim como se fosseum anormal e explicaram-me queeram os Arca<strong>de</strong> Fire, um ano <strong>ou</strong> mais<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem explodido. Isso acontece-memuitas vezes.Mas tem <strong>de</strong> <strong>ou</strong>vir música novapor razões profissionais. Temuma editora, a DFA, e actuacomo DJ regularmente.Sim, mas isso é diferente. Po<strong>de</strong> nãoacreditar mas a música que oiço é, emgran<strong>de</strong> parte, a mesma que sempre<strong>ou</strong>vi, Can, Fall, Talking Heads, Clash,Joy Division, enfim, esse tipo <strong>de</strong> coisas.No festival on<strong>de</strong> vão actuar osLCD S<strong>ou</strong>ndsystem divi<strong>de</strong>m oprotagonismo da noite com osPearl Jam, conotados nos anosAs pessoas carregam a música consigo, nos seus iPodscoisas. Não sei, não s<strong>ou</strong> assim. Não carrego quilos <strong>de</strong> m8 • Sexta-feira 2 Julho 2010 • Ípsilon

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