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Solo e desenvolvimento na Amazônia: Lições do projeto dinâmica ...

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outros nutrientes e da disponibilidade de água. Micorrizasdesempenham um papel importante <strong>na</strong> mobilização de P em formasdisponíveis (St. John, 1985). Consideran<strong>do</strong> a elevada diversidadede espécies arbóreas amazônicas, associações com micorrizas foramencontradas em muitas das poucas espécies até agora estudadas(St. John, 1980).I.E.4) pH, alumínio e cátionsPoucas informações existem sobre a resposta de espéciesarbóreas amazônicas em relação às diferentes características <strong>do</strong>solo. Uma exceção importante é o caso <strong>do</strong> cacau, uma espécieamazônica <strong>na</strong>tiva de grande importância econômica e muitopesquisada, em comparação com outras espécies. É notável que,embora a maioria das espécies amazônicas aparentemente sejaaltamente tolerante aos solos muito áci<strong>do</strong>s, o pH <strong>do</strong> solo (reação<strong>do</strong> solo) é o melhor previsor de rendimentos <strong>do</strong> cacau (Hardy,1961; veja Fearnside, 1986b). Sob condições ácidas, queprevalecem <strong>na</strong> maioria <strong>do</strong>s solos amazônicos, o pH <strong>do</strong> solo é,aparentemente, o único fator importante afetan<strong>do</strong> o rendimento demuitas culturas, tais como o milho (veja Fearnside, 1986b). Na<strong>Amazônia</strong>, o pH <strong>do</strong> solo no momento <strong>do</strong> plantio depende menos <strong>do</strong> pHorigi<strong>na</strong>l <strong>do</strong> solo <strong>do</strong> que da qualidade da queimada utilizada peloagricultor para preparar a terra para o plantio (Fearnside,1986b). Na Figura 1 estão incluídas as relações <strong>do</strong> pH <strong>do</strong> solo como crescimento das plantas.A capacidade de troca catiônica <strong>do</strong>s solos ricos em ferro eóxi<strong>do</strong>s de alumínio (como os das reservas <strong>do</strong> PDBFF) depende <strong>do</strong> pH(Young, 1976: 95). Além disso, o pH baixo eleva as concentraçõesde íons que são tóxicos ou inúteis para as plantas (Fe 2+ , Al 3+ eH + ) e que ocupam um número significativo <strong>do</strong>s poucos sítios deligação que existem nos componentes <strong>do</strong> solo. O termo “saturaçãode bases” se refere à porcentagem de sítios ocupa<strong>do</strong>s por cátionsessenciais, ou bases trocáveis (Ca 2+ , Mg 2+ , K + e Na + , a soma <strong>do</strong>squais informa a quantidade de “bases trocáveis totais”). Acapacidade de troca catiônica normalmente é calculada como basestrocáveis totais + Al 3+ + H + , em unidades de m.e./100 g de soloseco (Guimarães et al., 1970: 85). A capacidade de trocacatiônica, bases trocáveis totais e saturação de bases são, <strong>na</strong>prática, freqüentemente calculadas sem considerar os teores deNa + (por exemplo, Young, 1976: 426-429), porém, os resulta<strong>do</strong>s sãopouco altera<strong>do</strong>s, já que os íons de sódio normalmente estãopresentes em quantidades constantemente baixas (aproximadamente0,01 m.e./100 g de solo seco).A importância <strong>do</strong> pH baixo <strong>na</strong> a agricultura deve-se a suarelação íntima com íons de alumínio tóxicos (Al 3+ ). Aconcentração de íons de alumínio normalmente tem uma relaçãologarítmica negativa com o pH (veja Fearnside, 1984; Sánchez,1976: 225). Em geral, acredita-se que a saturação de alumínio, e10

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