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Solo e desenvolvimento na Amazônia: Lições do projeto dinâmica ...

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muito baixos de Ca 2+ (média: 0,058 m.e./100 g de solo seco),neste caso, o Na + faz uma contribuição relativamente maior <strong>do</strong> quenormalmente espera<strong>do</strong> para a troca de bases. Porém, devi<strong>do</strong> a umconjunto muito menos completo de da<strong>do</strong>s relativos ao Na + , <strong>na</strong>sanálises estatísticas as medidas catiônicas utilizadas excluíramo sódio.As relações entre as características <strong>do</strong>s solos no conjuntode da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s para a área <strong>do</strong> PDBFF foram calculadas para basestrocáveis totais, matéria orgânica, íons de alumínio e capacidadede água disponível (Tabela 2). Algumas das outras relaçõesapresentadas <strong>na</strong> Figura 1, apesar de representarem generalidadesconhecidas, não emergem como regressões significativas noconjunto de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PDBFF. O conteú<strong>do</strong> de bases trocáveis totaisnão foi predito significativamente melhor com a inclusão <strong>do</strong> pH(ou log 10 pH) <strong>na</strong> regressão, embora se reconheça que valores de pHmais eleva<strong>do</strong>s sejam associa<strong>do</strong>s com maiores quantidades de cátionscomo Ca 2+ e Mg 2+ (veja Fearnside, 1986b). A quantidade de fosfatonão se relacionou significativamente a pH, Al 3+ e Fe no conjuntode da<strong>do</strong>s.[Tabela 2 aqui]IV) LIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTOIV.A) POTENCIAL AGRÍCOLAO conhecimento adquiri<strong>do</strong> no estu<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> <strong>na</strong> área <strong>do</strong>PDBFF ultrapassa em muito o nível de conhecimento que estarianormalmente disponível para as decisões referentes ao zoneamento<strong>do</strong> restante da <strong>Amazônia</strong>. Se não pudermos propor recomendações bemfundamentadas para esta área específica, tor<strong>na</strong>-se óbvio que deforma alguma poderemos esperar sugestões bem fundamentadas para avasta maioria das outras áreas amazônicas.Existem opiniões divergentes sobre o nível de fertilidadeadequa<strong>do</strong> que deveria ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>na</strong> definição <strong>do</strong> uso agrícola ouflorestal de determi<strong>na</strong>da área. Os da<strong>do</strong>s deixam claro que afertilidade <strong>do</strong> solo é baixa, e que existem significativosobstáculos à implantação da agricultura nesta área, como porexemplo, os níveis tóxicos de alumínio. O conjunto de obstáculosexistentes levou alguns autores a concluir que solos como estesnão deveriam ser usa<strong>do</strong>s para agricultura. Irion (1978: 519), porexemplo, conclui que, nos solos da formação Barreiras (ou Alter<strong>do</strong> Chão), como aqueles que ocorrem <strong>na</strong>s reservas <strong>do</strong> PDBFF, ocultivo “extensivo .... é impossível, já que a qualidade <strong>do</strong> soloé i<strong>na</strong>dequada. Qualquer cultivo, com a fi<strong>na</strong>lidade de exportação deprodutos agrícolas resultaria em um esgotamento <strong>do</strong> solo dentro depoucos anos, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-o assim agriculturalmente i<strong>na</strong>proveitáveldurante muitas décadas”. Van Wambeke (1978: 233), adverte contrao potencial de “destruição irreversível de solos e a criação de21

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