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Solo e desenvolvimento na Amazônia: Lições do projeto dinâmica ...

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Os solos das reservas <strong>do</strong> PDBFF podem ser considera<strong>do</strong>stípicos para vastas áreas da <strong>Amazônia</strong> brasileira que,provavelmente, sofrerão uma pressão crescente de desmatamento.Estes solos apresentam baixa fertilidade, são áci<strong>do</strong>s e têm níveiseleva<strong>do</strong>s de íons tóxicos de alumínio. Eles também apresentamlimitações para o estabelecimento da agricultura devi<strong>do</strong> suatopografia ondulada, eleva<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> de argila e baixacapacidade de disponibilidade hídrica. Os resulta<strong>do</strong>s das análisesde solos indicam que eles produziriam pouco se converti<strong>do</strong>s para aagricultura ou pecuária, e apontam para a necessidade depriorizar a a<strong>do</strong>ção de usos que mantenham a cobertura florestalintacta. Embora os serviços ambientais presta<strong>do</strong>s pela florestaintacta não gerem atualmente nenhum rendimento fi<strong>na</strong>nceiro, ovalor potencial destes serviços excede em muito os lucros quepodem ser espera<strong>do</strong>s da agricultura ou pecuária implantada após ocorte da floresta.VI) NOTAS(1)O critério utiliza<strong>do</strong> para a definição de Latossolos estabeleceque o horizonte B deve ser “latossólico”, ao invés de “textural”(i.e., argiloso). O critério que identifica o “caráterlatossólico” no sistema de classificação de solo brasileiroassume que a relação <strong>do</strong>s óxi<strong>do</strong>s de silício e de alumínio(SiO 2 :Al 2 O 3 ) apresente um valor menor que <strong>do</strong>is (veja Sombroek,1966: 69). Valores abaixo de <strong>do</strong>is geralmente indicam que osminerais de silicato de argila apresentam uma estrutura comdistribuição regular de átomos em um razão de 1:1 (Sombroek,1966: 80). A relação refere-se ao número de lâmi<strong>na</strong>s de tetraedrode silício e lâmi<strong>na</strong>s de octaedro de alumínio que formam a fraçãoargila, e é um <strong>do</strong>s determi<strong>na</strong>ntes primários das propriedades <strong>do</strong>barro (Young, 1976: 73). A quantidade mais baixa de silicatosnestes solos, quan<strong>do</strong> comparada à estrutura formada por umarelação de 2:1, é uma conseqüência da remoção de silício <strong>do</strong>perfil <strong>do</strong> solo (junto com a maioria <strong>do</strong>s minerais intemperiza<strong>do</strong>s,incluin<strong>do</strong> nutrientes importantes para plantas) ao longo demilhões de anos de lixiviação. Na ausência de da<strong>do</strong>s a<strong>na</strong>líticossobre SiO 2 e Al 2 O 3 , a mineralogia da argila <strong>do</strong>s horizontessubsuperficiais (que são pobres em matéria orgânica) pode serdeduzida da capacidade de troca catiônica (CTC) apresentada pelafração argila que é calculada como o CTC <strong>do</strong> solo dividida pelaporcentagem de argila, multiplica<strong>do</strong> por 100; valores abaixo <strong>do</strong>limite de 16-20 m.e./100 g de argila indicam a ausência deminerais de argila apresentan<strong>do</strong> a relação 2:1 (Young, 1976: 95-96).(2)O pH <strong>do</strong>s extratos usa<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s análises de laboratório afeta osvalores obti<strong>do</strong>s para os cátions que compõe o CTC e, como asdetermi<strong>na</strong>ções normalmente não são feitas nos valores de pH <strong>do</strong>solo origi<strong>na</strong>l, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s representam somente umíndice relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> ao valor verdadeiro da CTC. No Brasil, os30

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