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Universidade do Minho Relatório de Actividades 2007

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O cenário orçamental para 2008 representa uma alteração estrutural, que se<strong>de</strong>senvolve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> <strong>2007</strong>.As projecções apontam para a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> garantira cobertura das remunerações <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e funcionários até ao final <strong>do</strong>ano. Em estimativa, não será possível garantir cerca <strong>de</strong> 70% <strong>do</strong>s encargoscom o subsídio <strong>de</strong> Natal. A alteração <strong>de</strong>sta projecção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> factoresainda imprevisíveis. To<strong>do</strong>s os esforços serão <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s para reduzir ovalor <strong>de</strong>sta percentagem.O acréscimo <strong>de</strong> encargos imposto pela introdução da contribuição para aCaixa Geral <strong>de</strong> Aposentações, <strong>de</strong> 7,5% em <strong>2007</strong>, agora aumentada para11%, sem compensação prévia no orçamento, é directamente responsávelpor este cenário.A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> teria capacida<strong>de</strong> para suprir os encargos acresci<strong>do</strong>s, nãofosse a contribuição <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4,5 milhões <strong>de</strong> euros em <strong>2007</strong>, a partirdas suas receitas próprias, para garantir a componente nacional <strong>do</strong>sinvestimentos nos edifícios em construção.A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> teria capacida<strong>de</strong> para suprir os encargos acresci<strong>do</strong>s, casonão fossem <strong>de</strong>duzi<strong>do</strong>s os cerca <strong>de</strong> 5,3 milhões <strong>de</strong> euros ao seu orçamento<strong>de</strong> 2008 para a coesão e saneamento.Em <strong>do</strong>is anos consecutivos, a contribuição da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> para a coesãoultrapassou os 10 milhões <strong>de</strong> euros.A anunciada disponibilida<strong>de</strong> da tutela para garantir o funcionamento dasuniversida<strong>de</strong>s não serve a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong>. Ela correspon<strong>de</strong> àperda da autonomia e à <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> um financiamento <strong>de</strong> carácterdiscricionário, com todas as implicações associadas. É uma soluçãodiminutiva da instituição universitária.Durante um quarto <strong>de</strong> século a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong> viveu uma fase <strong>de</strong>crescimento, com um número crescente <strong>de</strong> alunos, um número crescente<strong>de</strong> <strong>do</strong>centes e <strong>de</strong> funcionários e uma margem crescente para o seufuncionamento. Criaram-se cursos, <strong>de</strong>partamentos, centros e escolas.Construíram-se instalações.Alteradas as condições em que se <strong>de</strong>senvolveu, a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> tem que actuar<strong>de</strong> forma diversa, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ignorar a alteração <strong>de</strong>ssas condições.A redução <strong>de</strong> encargos e o aumento das receitas são vectores óbvios paraatingir o equilíbrio orçamental, garantin<strong>do</strong> a margem necessária para oinvestimento que garanta à <strong>Universida<strong>de</strong></strong> o seu futuro.A <strong>de</strong>fesa da essência da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> não po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> escusa ao esforço<strong>de</strong> racionalização, <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas e da a<strong>do</strong>pção, on<strong>de</strong> necessário,das soluções indispensáveis.A Assembleia Estatutária, constituída em Dezembro passa<strong>do</strong>, tem a difícilmas nobre missão <strong>de</strong> elaborar e aprovar os novos Estatutos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><strong>do</strong> <strong>Minho</strong>, ouvin<strong>do</strong> a instituição, para os submeter a homologação emJunho próximo.O Regime Jurídico das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior implica alteraçõesprofundas no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governação, e na constituição <strong>do</strong>s órgãos <strong>de</strong>governo e <strong>de</strong> consulta.Dentro da latitu<strong>de</strong> permitida pelo enquadramento <strong>do</strong> Regime Jurídico, aAssembleia Estatutária <strong>de</strong>verá elaborar os Estatutos, assumin<strong>do</strong> a cultura eexperiência da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, e, simultaneamente, avançan<strong>do</strong> conformaçõesque melhor se adaptem e antecipem os <strong>de</strong>safios que se colocam no futuroàs instituições universitárias.A a<strong>do</strong>pção <strong>do</strong> regime fundacional não foi consi<strong>de</strong>rada pela AssembleiaEstatutária a<strong>de</strong>quada, no curto prazo disponível para a sua avaliação,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a ausência <strong>de</strong> informação, a in<strong>de</strong>finição sobre o estatuto <strong>de</strong>entida<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong> e a incerteza sobre o futuro nível <strong>de</strong>financiamento público.A reforma <strong>do</strong> ensino superior não está concluída, aguardan<strong>do</strong>-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> háalgum tempo, um novo Estatuto da Carreira Docente Universitária.Numa conjuntura tão adversa, é importante manter e reforçar os referenciaisda qualida<strong>de</strong> e da inovação, da racionalização, da internacionalização e daactivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão.128 <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong> Janeiro 2008

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