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Edição 113 download da revista completa - Logweb

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38 | edição nº<strong>113</strong> | Jul | 2011 |Logística & Meio Ambientetratamento de água e aterrosanitário licenciado, entre outras.“Em 2010, recolhemos 300 tonela<strong>da</strong>sde resíduos sólidos queencaminhamos para reutilizaçãoe reciclagem”, contou Martins.FerroviasNum prático exemplo deintermo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de, a conferênciasaiu de uma palestra rodoviáriapara os trilhos <strong>da</strong> ferrovia. Quemfalou na sequência foi DurvalNascimento Neto, diretor demeio ambiente <strong>da</strong> ALL – AméricaLatina Logística, que fez umaintrodução ao mo<strong>da</strong>l, contandoum pouco do histórico recente dosegmento, com destaque para oexpressivo investimentorealizado pela iniciativa priva<strong>da</strong>entre 1997 e 2010: R$ 24 bilhões.Para pegar o gancho do temacentral <strong>da</strong> conferência, eleapontou os entraves ain<strong>da</strong>existentes para a expansão <strong>da</strong>sferrovias no Brasil: a falta deinfraestrutura para acesso aosportos, o excesso de burocracia eos obstáculos <strong>da</strong>s licençasambientais. “Deparamos-noscom dificul<strong>da</strong>des para aprovaçãode planejamentos que envolvemas obras, ações de recomposição<strong>da</strong> vegetação e bloqueios doIbama”, exemplificou, corroborandoo que foi falado antes porSérgio Nahuz, diretor comercial<strong>da</strong> ALL, no anúncio <strong>da</strong> construçãodo complexo intermo<strong>da</strong>l emRondonópolis, que deverá terinício só em outubro, por conta<strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de em se obter aslicenças ambientais necessárias.Na Eco Transporte e Logística,Nascimento Neto contou que acompanhia tem enfrentado oobstáculo <strong>da</strong> obtenção de licençasambientais também para <strong>da</strong>rsequência a uma obra entre asci<strong>da</strong>des de São Paulo e Campinas.“Vai demorar dois anos paratermos as licenças”, informou,alertando que é preciso rever alegislação. “O órgão ambientalestá certo, pois segue o que estáescrito. Só que é preciso desburocratizar,principalmente, por queneste caso em particular, aestrutura de túneis e o espaço deque precisamos já existe, estãoprontos, e é só colocar os trilhospara começar a operar”, reclamou.Sobre ações do segmentoferroviário que sejam sustentáveise ambientalmente corretas,o diretor de meio ambiente <strong>da</strong>ALL destacou que só o funcionamentodo complexo em Rondonópolis,por exemplo, promoverá aeconomia de 95 milhões de litrosde diesel por ano, tirando cercade mil carretas bitrens <strong>da</strong>estra<strong>da</strong>, ao transferir grandeparte <strong>da</strong> carga para a ferrovia.Portos e aeroportosSeguindo o exemplode intermo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de, depois depassar pela rodovia e pelaferrovia, a programação <strong>da</strong>conferência tratou de abor<strong>da</strong>r asustentabili<strong>da</strong>de nos portos.A apresentação de João EmilioFreire Filho, diretor <strong>da</strong> ABTP –Associação Brasileira dosTerminais Portuários, foi em tomde desabafo sobre a falta deinfraestrutura e a impossibili<strong>da</strong>dede se atender às exigênciasambientais.Ele informou que, de acordocom a SEP – Secretaria dePortos, de 26 portos brasileiros,Equilibrando a matrizde transportes do paísEm números aproximados, a matriz de transportes do paísestá distribuí<strong>da</strong> <strong>da</strong> seguinte forma: rodoviário (60%), ferroviário(25%), aquaviário (13%) e outros (2%). Este cenário, noentanto, como todo mundo está cansado de ler ou ouvir falar,precisa mu<strong>da</strong>r para o bem e o desenvolvimento do Brasil. E foisobre isso que falou Ricardo Melchiori, coordenador <strong>da</strong> câmaratécnica de logística <strong>da</strong> NTC&Logística e diretor de operações<strong>da</strong> Ceva Ground, na primeira edição <strong>da</strong> conferência EcoTransporte e Logística.Uma <strong>da</strong>s alternativas propostas por ele foi a maiorutilização <strong>da</strong> cabotagem. “Se 150 milhões de pessoas querepresentam 80% do PIB <strong>da</strong> população brasileira vivem numafaixa de 400 km <strong>da</strong> costa, a cabotagem precisa ser maisexplora<strong>da</strong> do que é atualmente”, argumentou, reconhecendo,contudo, que um dos entraves para mu<strong>da</strong>nças na matriz detransportes é a quebra do paradigma de se utilizar mo<strong>da</strong>is maislentos para longos cursos.Outros obstáculos mencionados por Melchiori para oequilíbrio <strong>da</strong> matriz de transportes no Brasil foram a falta deinfraestrutura e o excesso de burocracia. Uma pena, já que,segundo ele, num cenário projetado, o equilíbrio <strong>da</strong> matriz poderesultar em 15% de aumento <strong>da</strong> eficiência energética, 22,5%de redução no consumo de combustível e 15% de diminuição<strong>da</strong> emissão de gás carbônico.só 42% estão licenciados ouaguar<strong>da</strong>m licenças, enquanto46% ain<strong>da</strong> não possuem licenciamentoambiental e outros 12%sequer iniciaram o processo delicenciamento. Contudo, atribuiuesses números à falta deinfraestrutura, inclusive, dosmunicípios onde os complexosportuários estão instalados.“A maior parte <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>desque abrigam portos não tematerros sanitários, por exemplo.Aí eu pergunto: como os portosvão destinar os seus resíduossólidos? Eles terão de construir osseus próprios aterros?”, in<strong>da</strong>gou,afirmando que não adianta osórgãos competentes exigiremmedi<strong>da</strong>s que não podem serexecuta<strong>da</strong>s por falta de infraestrutura.“Tem também a questão<strong>da</strong> coleta seletiva. E aí, questionooutra vez: os portos coletamo material e man<strong>da</strong>m para onde?Para um lixão?”, reforçou FreireFilho.Do ponto de vista dele, alegislação ambiental é interessantee está bem redigi<strong>da</strong>, masfaltam condições para que elaseja cumpri<strong>da</strong>. O meio ambienteprecisa ser preservado, mas atransformação deve ser gradual,na visão do diretor <strong>da</strong> ABTP,apontando que o grande problemado Brasil é de ordem logística.Afinal, não resolve na<strong>da</strong> coletar,se não tiver aonde colocar.Estudos de casoNo segundo dia do eventohouve três estudos de caso.O primeiro foi apresentado porFaber Kandrasovas Ferrato,gerente de infraestrutura e frota<strong>da</strong> Elektro, distribuidora deenergia elétrica. Visando àsustentabili<strong>da</strong>de, a empresadesenvolveu algumas açõesestratégicas, como o monitoramento100% <strong>da</strong> frota, que reduziuem aproxima<strong>da</strong>mente R$ 800 milcom combustível em 2009/2010,além de reduzir a emissão de1,2 mil tonela<strong>da</strong>s de CO 2nomesmo período, gerar 99%menos infrações de veloci<strong>da</strong>de ediminuir em 30% as multas.Outra estratégia envolveu arenovação de frota. “No caso deum veículo ro<strong>da</strong>r 40 mil km/anohá um custo incremental decerca de R$ 5 mil ao ano. O custode abastecimento cresce 20%com o tempo”, explicou Ferrato.Já o uso de tecnologia híbri<strong>da</strong>para cestas aéreas, usa<strong>da</strong>s nainstalação e manutenção <strong>da</strong>slinhas de energia, consiste emusar energia <strong>da</strong>s baterias paramovê-las, em vez de usar o motordo caminhão. Com isso, houveredução de 15% no consumo decombustível.A Elektro também passou aacompanhar abastecimentos emanutenções a partir do monitoramento,de forma a eficientizaras operações e reduzir custos.Como também passou a enviartodos os veículos acima doslimites de emissão de fumaçapreta para manutenção.O outro estudo de caso foiapresentado por Rebeca deMattos, <strong>da</strong> área de responsabili<strong>da</strong>desocial corporativa e sustentabili<strong>da</strong>dedo Grupo Boticário.A empresa é considera<strong>da</strong> a maiorfranquia de perfumes e cosméticosdo mundo, presente em setepaíses. “Sustentabili<strong>da</strong>de significaintegrar, juntamente com osaspectos econômicos, as questõessociais e ambientais em to<strong>da</strong>s asdecisões e processos”, explicou a

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