12.07.2015 Views

A Responsabilidade dos Prestadores de Serviço em Rede

A Responsabilidade dos Prestadores de Serviço em Rede

A Responsabilidade dos Prestadores de Serviço em Rede

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong> condutas contrárias à lei, à moral e aos bons costumes, com a <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong> daprovável potenciação <strong>dos</strong> danos. 7A diss<strong>em</strong>inação <strong>de</strong> conteú<strong>dos</strong> ilícitos pela internet assume uma gravida<strong>de</strong> muitomaior do que por qualquer outro meio. Isto porque, para além da instantâneadiss<strong>em</strong>inação a nível global e int<strong>em</strong>poral, é difícil, se não quase impossível, o seucontrolo por parte das autorida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao anonimato e às técnicas <strong>de</strong> encobrimentousadas pelos infractores.Uma mensag<strong>em</strong> com conteú<strong>dos</strong> ilícitos na internet po<strong>de</strong> ter consequências<strong>de</strong>vastadoras e irreparáveis, como por ex<strong>em</strong>plo uma mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong> cariz difamatório ouracista.O Livro Ver<strong>de</strong> para a Socieda<strong>de</strong> da Informação refere que “no contexto <strong>em</strong>ergente dasocieda<strong>de</strong> da informação, o termo “conteúdo” parece englobar todo e qualquersegmento <strong>de</strong> informação propriamente dito, isto é, tudo aquilo que fica quandoexcluímos os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> hardware e software que permit<strong>em</strong> a sua consulta eexploração”. 8Por outro lado, SOFIA CASIMIRO distingue entre conteú<strong>dos</strong> ilícitos e conteú<strong>dos</strong>lesivos, caracterizando-se os primeiros por ser<strong>em</strong> contrários à or<strong>de</strong>m jurídica vigente,logo <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser retira<strong>dos</strong> da re<strong>de</strong> e responsabiliza<strong>dos</strong> os seus actores. Quanto aossegun<strong>dos</strong>, apesar <strong>de</strong> não contrariar<strong>em</strong> directamente a lei, “são ina<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> eprejudiciais para alguns <strong>dos</strong> utilizadores porque são susceptíveis <strong>de</strong> ofen<strong>de</strong>r os seus7 Como acentuam Paulo SANTOS / Ricardo BESSA / Carlos PIMENTEL, op.cit., p.5; ANTÓNIO PINTO MONTEIRO (coord.) – AsTelecomunicações e o Direito na Socieda<strong>de</strong> da Informação, Instituto Jurídico da Comunicação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Direito da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Coimbra, 1999, p. 356; e ANDREA SARRA VIVIANA, Comercio electrónico y<strong>de</strong>recho, Aspectos jurídicos <strong>de</strong> los negócios en Internet, Editorial Astrea <strong>de</strong> Alfredo y Ricardo Depalma, Ciudad <strong>de</strong>Buenos Aires, 2000, p. 147.8 Livro Ver<strong>de</strong> para a Socieda<strong>de</strong> da Informação, Missão para a Socieda<strong>de</strong> da Informação, Ministério da Ciência e daTecnologia, Lisboa, 1997, p. 62.6

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!