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Revista Pneus e Cia nº09 - Sindipneus

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díamos escolher, tínhamos que nos sujeitar a toda ademanda de transporte”. Atualmente, transportando55 crianças em seu ônibus, Vanda e sua famíliajá conseguem ter o privilégio de trabalhar apenasde segunda a sexta, no turno da manhã e da tarde.“Agora tenho casa própria, construída em 1992 –até então morava com a minha sogra – e minhasfilhas já formadas”.Foto: arquivo AmirpAs filhas de Vanda: Andréia – de 29 anos, formadaem pedagogia – e Poliana – de 24, formada em administração– hoje dão continuidade ao trabalho e aoexemplo dos pais, e transportam os filhos daqueles quejá foram levados por sua mãe quando eram crianças.14 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Nessa família tradicional no transporte escolar de BeloHorizonte, conselhos não faltam para que o amor aotrabalho não se perca no caminhar das gerações. ParaVanda, o regente geral disso é o respeito para com todos.“Da faxineira à diretora da escola. No trânsito, amesma coisa. Respeito e paciência são fundamentais.Nunca ‘encrespar’ com nada e cumprir com todas asobrigações”, especifica Vanda, que ainda ressalta quecordialidade é sempre bem vinda, ainda mais quandose trabalha diretamente com crianças. “No trânsitotemos que ser sorridentes, dar passagem para as pessoas,evitar as confusões. Para crianças, nada passadespercebido. Lidar com elas é uma coisa divina, estãosempre sorrindo, são verdadeiras e espontâneas”.E, quando a pergunta remete ao preconceito, ela relata:“nunca presenciei situações de preconceito comos pais dos meus alunos, apesar de ter sido uma daspioneiras a dirigir ônibus na cidade. No trânsito aindaexiste o preconceito quando se deparam com mulheresà frente de ônibus. E, por mais que às vezes fiquechateada, por minhas crianças, não falo besteiras.Dou um sorriso e as encaminho com Deus”.Carinho doado, reconhecimento garantido. Assim,Vanda, vez ou outra, é surpreendida com convitesdos pais de seus alunos para festas de aniversário,formaturas e até mesmo para representá-los em algunseventos no colégio.Agora, para finalizar esta conversa, peço permissãoe abro aspas: “esse ônibus 88, de tantas histórias eque transporta tantos filhos de coração, faz uso depneu reformado?”. Vanda, sem pestanejar, responde:“utilizo a primeira reforma nos pneus porque,além de sair mais em conta, é seguro. Segurança quenem discuto. Se não tivesse certeza disso, não osusaria de forma alguma”.Se ela usa reforma... esta faz reforma!Juliana Santos, de 25 anos, casada e mãe de dois filhos,também assumiu uma profissão que há algunsJuliana Santos – auxiliar de recauchutagemanos era exclusiva da mão de obra masculina. Algunsainda podem estranhar, mas, há mais de dois anos,a garota de poucas palavras, mas de ar determinado,trabalha na produção de uma reformadora depneus. Responsável por colocar a borracha na lateraldo pneu, Juliana faz do que antes representavapara ela uma função diferente a profissão em quealmeja seguir carreira: “pretendo aprender todas asatividades do processo e crescer como profissionalda reforma de pneus”.Gerente de produção da reformadora, Raul Pinheiro,acompanha o trabalho da profissional e diz que ocuidado da colaboradora, na fase de acabamento doprocesso, é fundamental. “Por ser uma etapa maisminuciosa e detalhada, a mulher se torna a melhoropção. É mais sensível e caprichosa para esses trabalhose garante para a empresa qualidade no produtofinal”, afirma Pinheiro.E, entre histórias comuns, a vida dELAS lança novoscapítulos para um cenário registrado por mudanças.Numerosas tarefas e cada vez mais novas funçõesesboçam diariamente essa história, em que o capítulointitulado “Reconhecimento” poderá ter você,leitor, como personagem principal. Seja no papel dereconhecer abertamente as faces da mulher na sociedadeou no papel de ser essa mulher que busca,incessantemente, por autonomia.

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