AMIRP EM AÇÃOPROGRAMA AMIRP/FABRICANTESParceira do associativismo, a Amirp apresenta projetospara fabricantes de pneu e borracha. É o setor de pneusa favor do trabalho de conscientização.por Luciana LaborneFoto: arquivo AmirpDiretoria da Amirp apresentapropostas para fabricantesde pneu e borracha8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.Àconvite da Amirp, foi realizado em São Paulo,dia 24 de março, um encontro dos representantesde empresas que fabricam borracha epneu. Apresentar os projetos do Programa Amirp/Fabricantes para conquistá-los como parceiros foio que motivou a diretoria da associação mineiraa organizar a reunião na capital paulista. “O Programatem como principais objetivos viabilizar negóciosque ampliem a capacidade de atendimentoda associação. Além disso, pretende-se proporcionarmais visibilidade para o segmento de pneus, aprincípio, com ações em todo o mercado mineiro”,descreve o gerente executivo e autor do ProgramaAmirp/Fabricantes, Ader de Pádua.Dentre as propostas estão: o Projeto TWI, que objetivaincentivar os agentes de trânsito a instruir sobrea profundidade mínima de segurança dos pneus ecapacitá-los a fazer isso de forma adequada e educativa;e o treinamento de custos, que oferecerá conhecimentoe práticas da administração de finançaspara os empresários do segmento. Outro projeto é oVarejo Forte, que, em parceria com o Sebrae/MG, iráauxiliar o empresário na organização de seu empreendimentoe na elaboração de um modelo empresarial,por meio de ferramentas da gestão moderna.O Programa não conta apenas com serviços de capacitaçãotécnica e empresarial, consultorias jurídicas,tributárias e de custos, mas também com intensasações educativas, como a distribuição de manuais efolders para promover a nova imagem do setor nasociedade. Segundo o diretor executivo da Amirp, apretensão é desenvolver as ações ainda no decorrerdeste ano, realizando-as com compromisso ético,prestação de contas mensal e total transparênciacom os parceiros, para que eles possam acompanhare avaliar os resultados no segmento.Para o presidente da Amirp, Paulo Bitarães, o Programanão caminha apenas em sintonia com os interesses dosenvolvidos diretamente no setor, mas sim com o de
toda a sociedade: “é a conscientização em nome daeconomia, da saúde, do meio ambiente e da segurançano trânsito, benefícios de que todos irão usufruir”.Após a apresentação do Programa, as ressalvas se diferenciaram.“Do ponto de vista do projeto em si,de querer congregar as empresas participantes de ummesmo segmento para educá-las e principalmentedar-lhes a mão em uma hora difícil como essa, estáperfeito. Mas é preciso avaliar o contexto atual e osimpactos que podem ser causados para as marcas queaderirem ao Programa”, afirma Márcio Furlan, responsávelpelo marketing da Bridgestone Firestone.Foto: arquivo AmirpRonaldo Pilar, gerente regional Borrachas Tipler,acredita que são movimentos como o apresentadopela associação mineira que irão impulsionar o setordos pneumáticos. “Toda e qualquer intenção deaproximar as pessoas e as empresas envolvidas nestaatividade é importante. O projeto TWI, por exemplo,irá eliminar as dúvidas de órgãos fiscalizadoresquanto à correta verificação do resíduo remanescentede borracha nos pneus”.Reunião Amirp em São Pauloter respostas do que fazer para o pessoal não buscarreformadores que não são qualificados”.O gerente da Latino América Nova Teck, MarceloAmorim, ressalta que o projeto é interessante, mascertos cuidados devem ser observados no momentoda implantação, principalmente ao aplicar oscursos de capacitação e conscientização do agentede trânsito. “O projeto é válido, interessante, e omercado necessita de mais informações para o usodo pneu. Mas deve-se ficar atento em enfatizar ainstrução, e não a fiscalização ou a punição. Se aideia de fiscalização prevalecer e a ação do projetosimplesmente for a de colocar um profundímetrona mão de um guarda, ele irá começar a emitirmultas aos caminhoneiros e a proposta positiva doprojeto, de conscientização educativa, irá se distorcer”,alerta Amorim.Já Eduardo Sacco, gerente de marketing da Vipal,aponta como positiva a predisposição de todos emcontribuir com a proposta de valorizar o setor parao cliente final. Em contraponto, indica alertas quedevem ser pensados, em específico no setor dereforma: “temos que divulgar para o consumidor,em forma de associação, a importância de se escolherum reformador habilitado, credenciado, comselo Inmetro”.De acordo com Sacco, é preciso fazer pesquisaspara mapear qual o percentual de autônomos e/ou pequenas frotas que ainda utilizam o trabalhode reformadores não qualificados. Ele acredita quea busca de informação com o consumidor final iráalavancar mais participantes para o projeto. “Aquestão positiva é a iniciativa, mas é preciso caminharpara quantificar o ponto de partida. O projetocarece de alguns indicadores e metas iniciais paraPara Sérgio Levorin, gerente da unidade de reformada <strong>Pneus</strong> Levorin, o Programa só será bem sucedidose houver a adesão geral. “Para o Programa dar certo,tem que haver a participação de todos que trabalhamno segmento de pneus, de transportes, ou que estãoenvolvidos de alguma maneira com o pneu”.Após as pontuações para o amadurecimento doprojeto, vieram as constatações para a necessidadede caminhar junto. “O momento é delicado e todosos empreendedores estão muito atentos para asaída de caixa, mas sabemos que é nesse períodoque devemos nos associar às outras empresas, parajuntos encontrarmos alternativas para estimular odesenvolvimento do setor”, pronuncia o gerentede marketing da Vipal, Eduardo Sacco.Márcio Furlan, da Bridgestone Firestone, tambémacredita ser a união uma alternativa para o contextoatual: “o associativismo é uma solução muitointeressante, porque a associação junta forças deempresas de um mesmo segmento em prol de umúnico propósito. Acredito que pode ser esse umponta-pé inicial para uma parceria de sucesso”.Lilian Amatucci, supervisora de marketing da Moreflex,destaca os benefícios do associativismo:“ele proporciona participação e influências para osetor, compartilha experiências e gera um aspectopositivo para todos”. Sérgio Levorin ainda acrescenta:“em relação a esse assunto, não pode haverdivergências, na reunião foram todos a favor semnenhum parecer contra. E, se todos almejam o desenvolvimentodo setor, é preciso agir na direçãoda prática associativista”.9 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.