Resumos133EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIAPREVALÊNCIA DE HAS ENTRE IDOSOS DO GRUPO DE ATENÇÃO À TERCEI-RA IDADE DO HOSPITAL NAVAL DO RECIFEHugo Moura <strong>de</strong> Albuquerque Melo, Ana Paula <strong>de</strong> Oliveira Marques, Ana CarolinaAraújo Oliveira, Bárbara Araújo Oliveira, Christyanne Maria Rodrigues Barreto<strong>de</strong> Assis, Daniela Teles da Silva, Márcia Carrera Campos Leal, Mirella Carla <strong>de</strong>Melo Mendonça, Rebeca Matos Velez <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Lima, Vitor Enrique PlacenciaPiscoya, Marconi Vieira <strong>de</strong> FariasLiga Acadêmica <strong>de</strong> Geriatria e Gerontologia <strong>de</strong> Pernambuco (LAGERPE)FUNDAMENTOS: A hipertensão arterial sistêmica (HAS), segundo Duncan, é uma doença <strong>de</strong>alta prevalência e atinge índices <strong>de</strong> 50% nas pessoas idosas. Nas últimas décadas o rápido crescimentodo número absoluto e relativo dos idosos tem sido uma das principais características dapopulação mundial. No Brasil, o número <strong>de</strong> pessoas com 60 anos e mais está em torno <strong>de</strong> 15,2milhões (9% da população) e nos próximos 30 anos a população idosa <strong>de</strong>verá ultrapassar 32milhões e representará 15% da população brasileira.OBJETIVOS: Verificar a prevalência <strong>de</strong> idosos hipertensos e o motivo pelo qual procuraram umgrupo <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong>.METODOLOGIA: Foram investigados dados socioeconômicos e antece<strong>de</strong>ntes mórbidos informadospelos idosos participantes do Grupo <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong> (GATI), sendo a coleta dosdados realizada em maio <strong>de</strong> 2007. A casuística correspon<strong>de</strong>u a 102 formulários sendo 70 (68,6%)do sexo feminino e 32 (31,4%) do sexo masculino. Os dados foram tabulados e analisados no Epiinfo6.04d.RESULTADO: A prevalência <strong>de</strong> hipertensão na amostra (n = 102) correspon<strong>de</strong>u a 49%. Entre asmulheres idosas esse percentual foi equivalente a 32,3%, das quais: 23,5% tinham entre 60 e 69anos; 5,9%, entre 70 e 79 anos; e 2,9%, 80 anos e mais. Para os homens a prevalência <strong>de</strong> hipertensãocorrespon<strong>de</strong>u a 16,6%, sendo a distribuição por faixa etária equivalente a: 9,8% entre 60e 69 anos; 5,8% entre 70 e 79 anos; e apenas 1% com 80 anos. Quanto ao serviço mais procuradoo setor <strong>de</strong> cardiologia foi o mais referido, correspon<strong>de</strong>ndo a 29,4%, aparecendo em segundaor<strong>de</strong>m a clínica geral com 14,7%. Em relação aos motivos que justificaram a procura ao GATI,30,1% relataram convívio social; 22,3%, tratamento e prevenção; 17,5%, melhoria <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida; 19,4% por outros motivos; e 10,7% não informaram.CONCLUSÃO: Nota-se uma maior prevalência <strong>de</strong> mulheres idosas hipertensas em relação aoshomens, o que é compatível com a literatura especializada. A especificida<strong>de</strong> da casuística estudada– pessoas idosas – e a natureza do grupo justificam a maior procura pelos serviços <strong>de</strong>cardiologia e clínica geral, citados com maior freqüência, bem como no que diz respeito à inclusãosocial.134 BÁSICAAVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SEMENTES DE URUCUM (BIXA ORELLANAL.), UM PRODUTO NATURAL, NA REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE COLESTEROLEM CAMUNDONGOS APOE KNOCKOUTJuliana Carvalho <strong>de</strong> Melo, Isabela C Carvalho, Sordaini Maria Caligiorne,Paloma B. Barbosa, Glaucia Grossi M. Marotta, Jacqueline I Alvarez-Leite, JomarBecher dos Passos, Luis Fernando Soares, Ronaldo Peres CostaCentro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, Minas GeraisFUNDAMENTO: Estudos realizados por Cortela e Pochettino (1997), mostraram que o consumo<strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> algumas espécies <strong>de</strong> planta, como alcachofra e alecrim são capazes <strong>de</strong> diminuir osníveis <strong>de</strong> colesterol. Trabalhos anteriores em nosso laboratório (Neves e cols 2001/2003), verificaramque o extrato aquoso <strong>de</strong> semente <strong>de</strong> urucum foi capaz <strong>de</strong> reduzir níveis <strong>de</strong> colesterolsangüíneo em ratos. Pedrosa e cols (2000) mostraram resultado semelhante, com relação aosníveis <strong>de</strong> colesterol, no entanto, esses autores não observaram ação sobre os níveis plasmáticos<strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s e HDL. Em estudos realizados por Lima e cols (2001) em coelhos, foi observadoque a bixina reduziu os níveis <strong>de</strong> colesterol plasmático.OBJETIVO: Avaliar o efeito do extrato aquoso da semente <strong>de</strong> urucum e da bixina sobre os níveis<strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os plasmáticos.MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados camundongos apoE Knockout (n = 4) , machos que<strong>de</strong>senvolvem espontaneamente hipercolesterolemia e seus respectivos controles, (C57, n = 4). Osanimais foram divididos e tratados por 28 dias com bixina acrescida na ração e tratados comextrato aquoso <strong>de</strong> urucum. Semanalmente os animais foram pesados e avaliadas a ingestão alimentar.Após o tratamento os animais foram anestesiados com tiopental sodico (40 mg/Kg i.p.) esacrificados por exanguinação pela aorta abdominal e o plasma foi obtido. Os níveis <strong>de</strong> colesteroltotal, triglicéri<strong>de</strong>s e HDL foram medidos <strong>de</strong> acordo com o método da oxidase utilizando-se Kitcomercial. Os resultados foram expressos como média ± EPM e analisados por teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>ntseguido <strong>de</strong> ANOVA.RESULTADOS: O tratamento com bixina levou a um aumento significativo nos níveis <strong>de</strong> HDLplasmático dos animais APOe (30.60 ± 12.70 mg/dL n = 3) em com<strong>para</strong>ção com os animais nãotratados (164.6 ± 1.174 mg/dL n = 3), além <strong>de</strong> apresentar uma tendência a redução dos níveis <strong>de</strong>triglicéri<strong>de</strong>s, porém sem produzir efeito no colesterol plasmático (608,2 ± 20.03 mg/dL n = 3,bixina vs 500.3 ± 58.15 mg/dL n = 4 sem tratamento). Nos animais controle o tratamento com oextrato aquoso <strong>de</strong> urucum levou a uma redução significativa nos níveis <strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s, sem noentanto alterar os níveis <strong>de</strong> colesterol da mesma forma como observado nos animais transgênicos.Não houve variação do peso corporal e peso <strong>de</strong> órgãos como coração e fígado dos animais.CONCLUSÕES: Os nossos resultados preliminares, indicam que o tratamento com o urucum(bixina ou extrato aquoso) mostrou ser capaz <strong>de</strong> interferir no metabolismo lipídico dos animaisexperimentais.135 BÁSICA 136ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO E A INTERFACE COMO SABER SOBRE A DOENÇAHel<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Pádua Lima, Zélia Maria <strong>de</strong> Sousa Araújo Santos, Joselany ÁfioCaetano, Jennara Cândido do Nascimento, Ana Karine <strong>de</strong> Figueiredo Moreira,Francisco Getúlio Alves MoreiraLiga <strong>de</strong> Hipertensão Arterial do Hospital <strong>de</strong> Messejana – LHAHM, Mestrado em Saú<strong>de</strong> Coletiva– MSC/UNIFOR, Fortaleza, CearáFUNDAMENTO: No Brasil, que possui uma população <strong>de</strong> hipertensos maior do que 15 milhões, menos <strong>de</strong>10% <strong>de</strong>stes têm controle efetivo da HAS. De 16% a 50% dos novos hipertensos <strong>de</strong>scontinuam a medicaçãoanti-hipertensiva durante o primeiro ano <strong>de</strong> uso e um número substancial daqueles que permanecem em usoda medicação o fazem <strong>de</strong> modo ina<strong>de</strong>quado. Portanto, a a<strong>de</strong>são ao tratamento anti-hipertensivo é baixa, e temsido indicada como uma das principais condições responsáveis pela falta <strong>de</strong> controle da pressão arterial.OBJETIVO: Analisar a interface do saber do usuário hipertenso sobre o agravo com a a<strong>de</strong>são ao tratamento.DELINEAMENTO: Estudo exploratório-<strong>de</strong>scritivo, <strong>de</strong>senvolvido na Liga <strong>de</strong> Hipertensão Arterial doHospital <strong>de</strong> Messejana – LHAHM, pertencente ao Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS, em Fortaleza, CE. ALHAHM é composta por uma equipe multiprofissional, que presta atenção à saú<strong>de</strong> dos usuários hipertensos,com o objetivo <strong>de</strong> reduzir a morbi-mortalida<strong>de</strong> por doenças cardiovasculares e cerebrovasculares associadasa HAS, integrando-os e/ou reintegrando-os à socieda<strong>de</strong>.PACIENTE: A população foi constituída por 1.600 usuários hipertensos inscritos na LHAHM, e a amostrafoi composta por 400 usuários, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da ida<strong>de</strong>, sexo, estado civil, cor, escolarida<strong>de</strong>, queapresentaram condições psicoemocionais <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r aos questionamentos, e que aceitaram participar doestudo, assinando o termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido.MÉTODOS: Os dados foram coletados através <strong>de</strong> entrevista, durante quatro meses, e registrados manualmente,utilizando um roteiro estruturado, contendo os dados sócio-<strong>de</strong>mográficos (ida<strong>de</strong>, sexo, cor, religião,escolarida<strong>de</strong>, estado civil, renda familiar, naturalida<strong>de</strong>, procedência, ocupação, condições <strong>de</strong> moradia e comquem mora); o saber sobre a HAS (concepção, cronicida<strong>de</strong>, gravida<strong>de</strong>, assistomatologia, forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertae condutas terapêuticas); e a a<strong>de</strong>são ao tratamento, que constituíram as variáveis do estudo.RESULTADOS: Entre as condutas terapêuticas a<strong>de</strong>ridas, as que mais se <strong>de</strong>stacaram, foram: ingestão a<strong>de</strong>quada<strong>de</strong> café, gerenciamento do estresse, preferência por carnes brancas e por vegetais, abstenção do álcool e dotabaco, uso <strong>de</strong> gordura vegetal, uso regular do medicamento, uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> sal, que variaram <strong>de</strong> 50,2%a 86,2%, respectivamente. Constata-se que entre os usuários a<strong>de</strong>rentes às condutas, predominaram aquelesque tinham alguma noção sobre o conceito <strong>de</strong> HAS, numa variação <strong>de</strong> 50,4% a 57,6%, e sobre o risco <strong>de</strong>vida/gravida<strong>de</strong>, variou <strong>de</strong> 85,0% a 89,4%. Contudo, o contrário foi constatado em relação a assintomatologia,pois aqueles que a ignoravam, eram os que mais seguiam as condutas.CONCLUSÕES: O saber dos usuários sobre a HAS baseava-se em noções relacionadas à sua concepção egravida<strong>de</strong>, e a maioria <strong>de</strong>sconhecia a cronicida<strong>de</strong> e assintomatologia. Também, constatou-se que, na a<strong>de</strong>sãoao tratamento, não havia relação com saber ou não acerca da HAS.BÁSICAGESTANTES COM ALTERAÇÕES DE PRESSÃO ARTERIAL – ANÁLISE DOESTILO DE VIDA COM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDEZélia Maria Sousa <strong>de</strong> Araújo Santos, Ângela Regina <strong>de</strong> Vasconcelos Silva,Raimunda Magalhães da Silva, Marlucilena Pinheiro da Silva, Jennara Cândidodo Nascimento, Brígida Lima TeixeiraHospital Geral César Cals, SUS/SESA, Fortaleza, CEFUNDAMENTO: Em mulheres grávidas, o diagnóstico da hipertensão arterial é feito quando onível da pressão arterial for maior ou igual a 140/90 mmHg. As principais causas <strong>de</strong> morte maternano Brasil, entre as obstétricas diretas, estão às síndromes hipertensivas, as hemorragias, as infecçõespuerperais e as complicações do aborto, sendo que essas últimas são responsáveis por 66%das mortes maternas em nosso País.OBJETIVO: Analisar o estilo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ssas gestantes com elevação da pressão arterial, comenfoque na educação em saú<strong>de</strong>.DELINEAMENTO: Estudo <strong>de</strong>scritivo com abordagem quantitativa, <strong>de</strong>senvolvido na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Internação Obstétrica <strong>de</strong> um hospital geral da re<strong>de</strong> estadual, em Fortaleza, Ceará. Tal Instituiçãopossui referência no atendimento terciário às pessoas com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> inerentes àsdiversas especialida<strong>de</strong>s, exceto traumatologia, ortopedia, pneumologia e cardiologia.PACIENTE OU MATERIAL: Partici<strong>para</strong>m da pesquisa trinta mulheres no terceiro trimestregestacional com elevação da pressão arterial, internadas nessa Instituição, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dacor, ida<strong>de</strong>, estado civil e escolarida<strong>de</strong>.MÉTODOS: A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada durante dois meses, por meio <strong>de</strong> entrevista, em quehouve a aplicação <strong>de</strong> um roteiro estruturado com dados <strong>para</strong> caracterização das gestantes, discriçãoda função reprodutiva e <strong>para</strong> análise do estilo <strong>de</strong> vida. Esses foram organizados emcategorias analíticas e analisados <strong>de</strong>scritivamente com o apoio da estatística. A interpretaçãofundamentou-se nas experiências das entrevistadas e na literatura selecionada.RESULTADOS: Constatou-se que 12 (40%) gestantes eram primigestas. Evi<strong>de</strong>ncia-se que 19(63,3%) mulheres iniciaram a parida<strong>de</strong> na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 20 anos, sendo que <strong>de</strong>ssas, 5(26,3%) tiveram <strong>de</strong> um a três abortos. Treze (43,3%) gestantes informaram elevação da pressãoarterial em gestações anteriores, <strong>de</strong>ssas, 12 (92,3%) apresentaram pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.As gestantes eram abstinentes <strong>de</strong> bebida alcoólica, porém 3 (10%) eram tabagistas; 22 (73,3%)tinham preferência por vegetais; 9 (30%) preferiam as carnes brancas e 7 (23,3%) ingeriamexclusivamente a gordura vegetal.CONCLUSÕES: De modo geral, as mulheres não adotavam estilo <strong>de</strong> vida saudável. Possivelmente,esse comportamento esteja relacionado ao déficit <strong>de</strong> conhecimento e/ou dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas emcompreen<strong>de</strong>r as orientações fornecidas no acompanhamento do pré-natal.4502 - Resumos.pm6 452/8/2007, 15:39
Resumos137BÁSICAFATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR: CARACTERÍSTICAS DE CLIENTESATENDIDOS EM UMA REDE DE SUPERMERCADOSMônica Alice Santos da Silva, Betty Wilma da Costa Rocha, Lucieno <strong>de</strong> MouraSantos, Windira Marhale<strong>Socieda<strong>de</strong></strong> Pernambucana <strong>de</strong> Cardiologia; Recife, PEFUNDAMENTO: A elevação da pressão arterial representa um fator <strong>de</strong> risco in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,linear e contínuo <strong>para</strong> doença cardiovascular. Esta patologia também apresenta custos médicose socioeconômicos elevados, <strong>de</strong>correntes principalmente das suas complicações, tais como: doençacerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônicae doença vascular <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s (V Diretriz <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Hipertensão Arterial, 2006).OBJETIVO: Averiguar a prevalência dos fatores <strong>de</strong> risco cardiovascular (sobrepeso, obesida<strong>de</strong>,níveis tensoriais, prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física, tabagismo) em clientes atendidos em um supermercadoda zona urbana do Recife.DELINEAMENTO: Estudo com abordagem epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> corte transversal, utilizando umaamostra aleatória.PACIENTE OU MATERIAL: Foram entrevistados 144 clientes em atendimento em um supermercadoda zona urbana <strong>de</strong> Recife.MÉTODOS: Os dados foram coletados a partir <strong>de</strong> um questionário semi-estruturado além damedida <strong>de</strong> níveis tensoriais e coleta <strong>de</strong> dados antropométricos.RESULTADOS: Dos 144 pacientes entrevistados no supermercado em questão, 51,3% dos clientesera do sexo feminino e se <strong>de</strong>clararam <strong>de</strong> cor branca (50,7%) e na faixa etária entre 20 e 70anos. Quanto à prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física 56,9% da amostra eram inativos fisicamente e comíndice <strong>de</strong> massa corporal nos níveis <strong>de</strong> sobrepeso com 34% dos mesmos na faixa <strong>de</strong> 25 a 29,9 kg/m²; 41,7% da amostra já tiveram casos <strong>de</strong> infarto na família. 75% dos entrevistados não conheciamos níveis <strong>de</strong> glicose no sangue como também não tinham conhecimento sobre os níveis tensoriais(17,3%), e <strong>de</strong> colesterol sanguíneo (43,7%). Os níveis tensoriais também se encontraram elevadosem boa parte da população.CONCLUSÕES: Po<strong>de</strong>-se observar que na amostra estudada prevaleceram as inativida<strong>de</strong>s físicas,risco <strong>de</strong> sobrepeso/obesida<strong>de</strong> e níveis tensoriais alterados. Medidas <strong>de</strong> re-educação <strong>de</strong>vem serinstituídas junto à população a fim <strong>de</strong> evitar a instalação <strong>de</strong> doenças crônicas, assim como medidas<strong>de</strong> controle eficazes que visem a redução da prevalência <strong>de</strong> doenças cardiovasculares <strong>de</strong> umamaneira geral.138EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIAEFEITO DO AVENTAL BRANCO: SOMENTE COM MÉDICOS, ENFERMAGEMOU AMBOS?Eduardo Costa Duarte Barbosa, Danilo Potengy Bueno, Fernando Pivatto JúniorLiga <strong>de</strong> Combate à Hipertensão do Centro Clínico Mãe <strong>de</strong> Deus, Porto Alegre, RSFUNDAMENTO: Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrema cautela antes <strong>de</strong> rotular algum paciente comosendo hipertenso não controlado, tanto pelo risco <strong>de</strong> falso-positivo como pela repercussão naprópria saú<strong>de</strong> do indivíduo e o custo social resultante. Na fase do controle pressórico, chama-sea atenção <strong>para</strong> a presença <strong>de</strong> efeito do avental branco, caracterizado por níveis pressóricos maiselevados na medida <strong>de</strong> consultório em relação a monitorização resi<strong>de</strong>ncial da pressão arterial(MRPA).OBJETIVO: Verificar a significância estatística da variação da pressão arterial (PA) no efeito doavental branco e, também, se ele ocorre somente na aferição da PA realizada pelo médico ou, damesma forma, com outros profissionais da saú<strong>de</strong>, no caso, técnicas <strong>de</strong> enfermagem. Outro objetivofoi verificar se há diferença significativa na aferição da PA quando realizada pelo médico,utilizando aparelho convencional, e pela técnica, utilizando aparelho automático validado.DELINEAMENTO: Estudo transversal.PACIENTE: 106 pacientes, que possuíam hipertensão leve a mo<strong>de</strong>rada, em tratamento regularcom no máximo duas drogas, sendo 55 (51,9%) do sexo feminino e 51 (48,1%) do masculino. Amédia <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> era <strong>de</strong> 53,8 (21-85) anos e a média do IMC <strong>de</strong> 28,11 kg/m² (16,7-42,3).MÉTODOS: Os pacientes tiveram sua pressão aferida no consultório por um médico, utilizandoaparelho convencional, e por uma técnica <strong>de</strong> enfermagem, utilizando aparelho automático validadoantes <strong>de</strong> ingressar na consulta médica. Foram realizadas 3 medidas e consi<strong>de</strong>rada a médiafinal. A fim <strong>de</strong> verificar a ocorrência do efeito do avental branco, os mesmos foram submetidosa monitorização resi<strong>de</strong>ncial da pressão arterial (MRPA), sendo consi<strong>de</strong>rados, também, os valoresobtidos na média final. Foi seguido na MRPA o protocolo <strong>de</strong> 4 dias e 3 medidas na manhã e 3 natar<strong>de</strong>/noite.RESULTADOS: O valor médio <strong>de</strong> PAS encontrado pelos médicos foi <strong>de</strong> 143,05 mmHg, pelastécnicas <strong>de</strong> enfermagem 143,74 mmHg e pela MRPA 135,30 mmHg. O valor médio <strong>de</strong> PAD foi <strong>de</strong>85,37 mmHg na aferição realizada pelos médicos, 86,39 mmHg pelas técnicas e 81,38 mmHg pelaMRPA.CONCLUSÕES: Quando se comparou a aferição realizada pelos médicos e pelas técnicas <strong>de</strong>enfermagem, não houve diferença estatisticamente significativa tanto <strong>para</strong> a PAS (p = 0,52)quanto <strong>para</strong> a PAD (p = 0,44). Quando com<strong>para</strong>das à MRPA, tanto a média do valor encontrado<strong>para</strong> a PAS e PAD pelos médicos e pelas técnicas <strong>de</strong> enfermagem tiveram diferença estatisticamentesignificativa (p < 0,01). A partir disso, conclui-se que o fenômeno do efeito do aventalbranco parece não ocorrer apenas com médicos, mas sim em qualquer aferição <strong>de</strong> pressãoarterial realizada em ambiente <strong>de</strong> consultório.139 BÁSICA 140A SAÚDE DOS MOTORISTAS DE TRANSPORTES COLETIVOS DE UMA ESTA-ÇÃO INTEGRADA EM RECIFE, PELucieno <strong>de</strong> Moura Santos, Betty Wilma da Costa Rocha, Luciana Carla da SilvaFreitas, Marly Javorski, Mônica Alice Santos da SilvaUNIVERSO Campus Recife, PEFUNDAMENTO: A hipertensão arterial, consi<strong>de</strong>rada uma doença crônica, po<strong>de</strong> ser influenciadapelo grau <strong>de</strong> participação do individuo portador <strong>de</strong> tal patologia, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> fatores comoa aceitação da doença, controle e conhecimento da mesma e aparecimento <strong>de</strong> complicações.Conforme preconiza Pessuto (1998). A <strong>de</strong>tecção precoce das possíveis complicações pela hipertensãoarterial assume postura <strong>de</strong>cisiva no emprego da abordagem <strong>para</strong> o cliente. Acerca dissolemos que: A hipertensão arterial tem sido indicada como o fator <strong>de</strong> risco conhecido <strong>de</strong> maiorimportância <strong>para</strong> a morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> precoces causadas por doenças cardiovasculares.(CHOR, 1998).OBJETIVO: Avaliar os níveis pressóricos arteriais, bem como mensuração <strong>de</strong> peso e altura <strong>para</strong>obtenção do Índice <strong>de</strong> massa corpórea dos motoristas <strong>de</strong> uma estação integrada em Recife, PE.DELINEAMENTO: Os dados foram coletados entre os meses <strong>de</strong> Março a Abril <strong>de</strong> 2007. Sendoposteriormente analisados à luz da literatura.PACIENTE OU MATERIAL: Foi empregado um formulário fechado on<strong>de</strong> eram registradas asmedidas antropométricas e o valor da pressão arterial. Os entrevistados pu<strong>de</strong>ram marcar mediantehistórico pessoal e familiar se eram ou se tinha algum parente com Hipertensão; Diabetes ouDoença cardíaca.MÉTODOS: Estudo transversal <strong>de</strong>senvolvido a partir <strong>de</strong> uma amostra representativa <strong>de</strong> 56 motoristas<strong>de</strong> transportes coletivos <strong>de</strong> uma estação integrada em Recife, PE. Sendo 45 do sexomasculino e 11 do sexo feminino. O peso, a altura e a pressão arterial foram medidos e através<strong>de</strong> questionário, obtidas informações acerca do histórico pessoal e familiar. Foi calculado o Índice<strong>de</strong> massa corpórea (IMC), dividindo-se o peso (quilograma) pela altura (metro) elevada ao quadrado.RESULTADOS: Dos motoristas participantes da pesquisa (43,1%) eram normotensos, (56,9%)foram classificados como hipertensos. (18,8%) apresentaram IMC inferior a 25. Em (53,2%) foiconstatado valores <strong>de</strong> 25 a 30. E em (28%) pô<strong>de</strong>-se observar valores acima <strong>de</strong> 30. No históricopessoal (87,6%) informaram não ter patologia <strong>de</strong> base, enquanto (12,4%) referiram ter. Nohistórico familiar (79%) relataram ter algum familiar com Hipertensão, Diabetes ou Doençacardíaca. (21%) não relataram ter.CONCLUSÕES: A alta freqüência <strong>de</strong> níveis pressóricos e fatores <strong>de</strong> risco apontam <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> mediadas preventivas e terapêuticas <strong>de</strong> doenças cardiovasculares direcionadas aosservidores do transporte público.BÁSICAEFEITO DE EXTRATO DA CASCA DE UVA VITIS VINÍFERA NA HIPERTENSÃOE ALTERAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS À PROGRAMAÇÃO DO DE-SENVOLVIMENTO FETALEmiliano da Silva AF, Costa CA, Amaral TAS, Carvalho LCRM, Boaventura GT,Soares <strong>de</strong> Moura R, Resen<strong>de</strong> ACDepartamento <strong>de</strong> Farmacologia, UERJ, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJFUNDAMENTOS: Atualmente, a incidência <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> e morte por doenças cardiovascularesnão é mais característica <strong>de</strong> países do primeiro mundo, fazendo parte também do cotidiano <strong>de</strong>países em <strong>de</strong>senvolvimento como o Brasil. Recentes estudos epi<strong>de</strong>miológicos e experimentais têmsugerido que os fatores <strong>de</strong> riscos cardiovasculares (hipertensão, dislipi<strong>de</strong>mia, obesida<strong>de</strong> ehomeostasia da glicose alteradas) que caracterizam a síndrome metabólica, e que são em parteatribuídos a influências do ambiente em que vive o indivíduo, po<strong>de</strong>m ser adquiridos no útero.Dessa forma, a nutrição materna <strong>de</strong>ve influenciar a evolução da gravi<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>terminar a saú<strong>de</strong>do feto (Mcardle HJ et al., Placenta. 27(13), A:S56-60, 2006).OBJETIVO: Avaliar o efeito protetor do extrato <strong>de</strong> cascas <strong>de</strong> uvas (GSE) Vitis viníferas em prolecujas mães foram submetidas a uma dieta hiperlipídica na lactação.MÉTODOS: Foram utilizadas proles machos e fêmeas <strong>de</strong> ratas Wistar subdivididas em 3 grupos:grupo controle (dieta controle), grupo hiperlipídico (dieta hiperlipídica com 24% <strong>de</strong> gordura) egrupo GSE (dieta hiperlipídica com o GSE, 200 mg/Kg do peso do animal, diluído na mama<strong>de</strong>ira).A medida da PA sistólica (PAS) foi realizada pela técnica da pletismografia <strong>de</strong> cauda em animaisadultos (45 dias até 90 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>), o peso e o comprimento do animal foram aferidos semanalmente.A reativida<strong>de</strong> vascular e a glicose foram medidas em animais com 3 meses. O sangue foiretirado da artéria aorta abdominal do animal <strong>para</strong> a medida da glicose e o leito arterial mesentéricodo rato foi retirado segundo a técnica <strong>de</strong> McGregor (McGregor D.,1965).RESULTADOS: Animais machos e fêmeas do grupo hiperlipído tiveram um aumento <strong>de</strong> peso(gramas) significativo (p < 0,05), nas primeiras semanas (43 + 1;42 + 1, respectivamente) emrelação ao controle (27 + 1; 26 + 2), que foi reduzido pelo GSE (28 + 1; 27 + 2; p < 0,05). A PAS(mmHg) <strong>de</strong> machos e fêmeas do grupo hiperlipídico (136 + 6;135 + 5; respectivamente) foi maiorem relação ao controle (78 + 3; 72 + 3) e significativamente (p < 0,05) reduzida pelo GSE (78,6+ 2; 77 + 3). A glicose (ng/dl) foi aumentada na prole fêmea do grupo hiperlipídico em relaçãoao controle (138 + 2 vs 98 + 5; p < 0,05) e foi observada resistência à insulina em fêmeas do grupohiperlipídico (73 + 8 mg/dl) em relação ao controle (46 + 4), com significativa redução pelo GSE(35 + 4). Não foi observada alteração da reativida<strong>de</strong> vascular a ACh, NG e NA entre os diferentesgrupos experimentais.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o GSE protege animais machos e fêmeas adultos,cujas mães foram submetidas a dieta rica em gordura durante a lactação, contra o <strong>de</strong>senvolvimentoda hipertensão, ganho <strong>de</strong> peso e níveis elevados <strong>de</strong> glicose.4602 - Resumos.pm6 462/8/2007, 15:39