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ano 04, n. 03 - Faculdades EST

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Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume 08, set.-dez. de 2005 – ISSN 1678 6408deixa de ser uma realidade que precisa ser investigada para tornar-se algo que separticipa como um jogo. Desaparece a questão do sentido (que significa isso ouaquilo) dando espaço ao como vivenciamos, como nos sentimos naquela pele.- A lógica da velocidade, no sentido que um tema é bom se for apresentadoantes que os outros. Isto é, exceto a velocidade, não existe qualidade intrínseca dasnotícias. Ademais, há um ritmo próprio à TV caracterizado pela troca ligeira depl<strong>ano</strong>s (como na publicidade) que conduz ao chamado “efeito de aceleração”, nãopossível de ser captado de imediato pela percepção, mas que demanda a construçãode narrativas rápidas em tempo recorde. A busca da rapidez exige decisõesinstantâneas, tornando os jornalistas espécies de funcionários de uma linha demontagem que vão produzir de acordo a padrões viciados.- A preferência do “ao vivo”, anteriormente citada, produz até no própriojornalista que transmite um acontecimento nessas condições, uma espécie de frenesifazendo-o sentir um ator importante nessa história. Marcondes Filho critica a posturaingênua de alguns profissionais acreditando que o “ao vivo” apresenta o reino das“coisas em si”, demonstrando a mesma visão que Umberto Eco 10 sobre essefenômeno da TV, e em particular dos telejornais.- A substituição da verdade pela emoção, pois o telejornal tem de provocaremoções, sensibilizar os telespectadores, sustenta o autor. Ele é construído deimagens “interessantes”, que atraem e seguram a audiência. Portanto, não é qualquerimagem que entra no espaço do telejornal, sem por isso tratar-se de imagens falsas.Elas referem a acontecimentos reais, casos efetivamente ocorridos, mas que atelevisão os olha desde uma perspectiva estética para traduzi-los à sua linguagem.10 “A transmissão direta nunca se apresenta como representação especular do acontecimento que sedesenvolve, mas sempre – ainda que às vezes em medida infinitesimal – como interpretação dele.Para transmitir um acontecimento, o diretor de televisão coloca as três ou mais câmaras de modoque sua disposição lhe proporcione três ou mais pontos de vista complementares, quer todas ascâmaras apontem para um mesmo campo visual, quer (como pode acontecer numa corrida debicicletas) estejam deslocadas em três pontos diferentes, para acompanharem o movimento de ummóvel qualquer” (Eco, 2000, p. 182).Disponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 27

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