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ano 04, n. 03 - Faculdades EST

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Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume 08, set.-dez. de 2005 – ISSN 1678 6408jornal um dispositivo constituído por ela para esta finalidade, esse uso estratégicoestá implícito. No entanto, o campo midiático atua segundo suas próprias lógicas enele estão implícitos outros valores e regras que divergem dos valores e regras docampo religioso. Por esta razão, o jornal não se sujeita sem constrangimentos à lógicado campo religioso. E aí já se encontra o que pode ser uma resposta à segundaquestão. O jornal serve a seus próprios princípios, segundo as lógicas de produção,circulação e recepção de mensagens, definidas por valores notícias próprios docampo midiático.Embora exista uma relação institucional direta do jornal com a igreja – é aIECLB que institui o Jornal Evangélico como seu dispositivo midiático para realizaras suas estratégias de interação com seu público – o jornal opera segundo suaspróprias lógicas que são divergentes das lógicas do campo religioso. Esse processoatravés do qual a igreja instituiu uma mídia para realizar sua estratégia decomunicação se caracteriza como um processo de midiatização do campo religioso.No entanto, ele guarda certas especificidades em relação a outros processos demiditização das religiosidades. Uma destas características específicas consiste deuma possibilidade maior de controle do campo midiático pelo campo religioso.Ainda que o dispositivo midiático mantenha suas características de campo, suaatuação, no caso específico, tende a restringir-se ao universo simbólico do campo queo instituiu, organizando e articulando as relações dentro deste campo. Exemplo dissosão os editoriais que se valem de argumentos e jargões teológicos próprios do camporeligioso, mas também a presença de muitas práticas discursivas no jornal que nãosão propriamente do campo midiático, como as meditações.Essa especificidade do processo de midiatização em questão, que submete alógica de um campo (midiático) a outro (religioso) tende a, no máximo de controle, adiluir os diferendos e, no extremo oposto, onde o controle é mínimo, exacerbar asdiferenças provocando tensões e conflitos irreconciliáveis. Mesmo assim, asconflitualidades e embates estratégicos que se configuram entre os agentes do campoDisponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 65

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