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ano 04, n. 03 - Faculdades EST

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Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume 08, set.-dez. de 2005 – ISSN 1678 6408ao campo midiático. As tensões de campo tendem a crescer na medida em que ojornal passa a ser redigido por especialistas do campo midiático. Isso o própriopastor presidente da IECLB, aponta em conversa com o Conselho de Imprensa, emreunião de maio de 1974: “Com a organização de um serviço de imprensa por parteda Igreja, com profissionais, estabelece-se, de imediato, um dilema: os profissionaisquerem trabalhar com critérios a eles inerentes e a igreja pretende ver o seu interesserefletido neste trabalho. É natural que com isso surjam atritos e discussões”. (Pastorpresidente da IECLB, Karl Gottshald, em ata da reunião do Conselho de Imprensa, 18e 19 de maio de 1974). Como se pode observar, a autoridade máxima da Igrejareconhece os conflitos que advêm da relação entre o corpo social midiático e o corporeligioso, ou, dito de outro modo, entre o discurso midiático e o discurso religioso.No entanto, nem tudo é conflito. Há espaços para negociações e concessões.Na mesma reunião do Conselho de Imprensa em que o pastor presidente e, por causadesta função, também diretor do Jornal Evangélico, aborda questões de relação entreo campo midiático e a igreja, o Conselho decide enviar correspondência ao ConselhoDiretor da Igreja, “solicitando que o mesmo faça um pronunciamento mensal noJornal Evangélico” (ata da reunião do Conselho de Imprensa, 18 e 19 de maio de1974, Diversos 1.), porque a “IECLB pouco aproveita dos meios de comunicaçãoexistentes” (idem, item 8). É uma medida no mínimo estranha, porque sendo o jornalinstituído e de propriedade da igreja, em princípio não seria necessário cobrar dela,igreja, a sua presença no noticiário do jornal. Portanto, mesmo ao criar o seu própriodispositivo midiático para realizar a interação com seus públicos, a igreja, comocorpo institucional diretivo, não se vale deles como poderia para consecução de suasestratégias. Surgem aí duas questões: Por que a direção da igreja não faz uso de seujornal para realizar as suas estratégias de interação? E se a igreja não o faz, quem fazuso do jornal, a quem o jornal serve?A resposta a estas questões está na relação de campos implicada no interiordo campo religioso. A igreja não faz uso de seu jornal porque entende que, sendo o64Disponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp

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