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atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica

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Atualização <strong>da</strong> Diretriz Brasileira <strong>de</strong> Insuficiência Cardíaca Crônica - 2012DiretrizesOs mecanismos <strong>de</strong>sse potencial benefício são complexose não totalmente esclarecidos, tendo sido aponta<strong>da</strong>s diversasvias, entre as quais: ação sobre a PPAR alfa e gama e regulação<strong>da</strong> expressão gênica <strong>de</strong> controle do consumo miocárdico<strong>de</strong> ácidos graxos e metabolismo 132 ; aumento sérico <strong>da</strong>adiponectina plasmática e redução <strong>da</strong>s citocinas séricas 133,134com melhora do remo<strong>de</strong>lamento e <strong>da</strong> função <strong>cardíaca</strong> e comefeitos benéficos no quadro <strong>de</strong> caquexia <strong>cardíaca</strong> 135 .5.11. Uso <strong>de</strong> Inibidores <strong>da</strong> Fosfodiesterase 5Os inibidores <strong>da</strong> fosfodiesterase 5 atuam reduzindoa <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção do GMPc, preservando o óxido nítrico nacirculação, com isto levando à vasodilatação, o que po<strong>de</strong> serbenéfico no contexto <strong>da</strong> hipertensão pulmonar secundária à IC<strong>crônica</strong>. O sil<strong>de</strong>nafil po<strong>de</strong> reduzir a hipertensão pulmonar empacientes em avaliação para transplante cardíaco 136 e tambémpo<strong>de</strong> reduzir a pressão arterial após o transplante cardíaco 137 .Estudos experimentais também apontam potenciais efeitosfavoráveis <strong>da</strong> inibição <strong>da</strong> fosfodiesterase 5 no coração pormeio bloqueio <strong>de</strong> sinalização adrenérgica, pró-apotótica e <strong>de</strong>hipertrofia do cardiomiócito 138 . Tal inibição po<strong>de</strong> proporcionartambém melhora <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional na IC em umestudo agudo, placebo controlado <strong>de</strong> dose única 139 . Redução<strong>da</strong> pressão sistólica na artéria pulmonar associa<strong>da</strong> à melhorado consumo máximo <strong>de</strong> oxigênio foi <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> em estudoduplo cego, randomizado, placebo controlado com uso porquatro semanas <strong>de</strong> sil<strong>de</strong>nafil 25 mg 3x/dia. Sil<strong>de</strong>nafil 50 mg3x/dia por 12 meses <strong>de</strong>terminou reversão <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong>remo<strong>de</strong>lamento ventricular e melhora <strong>da</strong> fração <strong>de</strong> ejeção doventrículo esquerdo 140,141 .5.10. Moduladores do Metabolismo Enérgico Miocárdico(Tabela 22)Dentre os agentes moduladores do metabolismo energéticodo miocárdio, a trimetazidina tem sido a mais estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Atrimetazidina é um <strong>de</strong>rivado <strong>da</strong> piperazina, usa<strong>da</strong> comoagente antianginoso, que promove a inibição seletiva <strong>de</strong>enzima envolvi<strong>da</strong> na betaoxi<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> AGL (thiolase 3-acetil-Coenzima A <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longa). A trimetazidina po<strong>de</strong> afetar ouso <strong>de</strong> substrato energético miocárdico ao inibir a fosforilaçãooxi<strong>da</strong>tiva, mu<strong>da</strong>ndo assim a produção <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> AGL paraa oxi<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> glicose.Estudos com inclusão <strong>de</strong> pequeno número <strong>de</strong> pacientes<strong>de</strong>monstram benefício na IC com melhora na classe funcional,fração <strong>de</strong> ejeção, tolerância ao exercício ou diminuindoa mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por to<strong>da</strong>s as causas e hospitalização porIC 142-147 . Metanálise encontrou aumento <strong>da</strong> FEVE, redução<strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por to<strong>da</strong>s as causas e redução <strong>de</strong> eventoscardiovasculares ou hospitalização 148 .6. Tratamento CirúrgicoInúmeros procedimentos cirúrgicos têm sido estu<strong>da</strong>dospara o tratamento <strong>da</strong> IC, mas muitos que já foramconsi<strong>de</strong>rados potencialmente favoráveis, hoje não são maisempregados 149-156 .6.1. Cirurgia <strong>da</strong> Valva MitralA cirurgia <strong>da</strong> válvula mitral (troca valvar ou plastia) empacientes com disfunção ventricular esquer<strong>da</strong> e grave<strong>insuficiência</strong> valvar mitral po<strong>de</strong> aliviar os sintomas <strong>de</strong> IC empacientes selecionados. O emprego <strong>da</strong> técnica percutâneapara a inserção endovascular do “Mitral Clip” ain<strong>da</strong> éconsi<strong>de</strong>rado experimental, sem qualquer evidência <strong>de</strong>impacto clínico significativo 157 .6.2. Revascularização Miocárdica com DisfunçãoIsquêmica <strong>de</strong> Ventrículo Esquerdo e Remo<strong>de</strong>lamentoCirúrgico do Ventrículo Esquerdo (Tabela 23)Estudo <strong>de</strong> série <strong>de</strong> casos com limitação metodológica<strong>de</strong>monstrou que a cirurgia <strong>de</strong> revascularização miocárdicapo<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> com mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 3,7% em pacientescom IC isquêmica, FEVE <strong>de</strong> 29% e músculo viável para melhora<strong>da</strong> FEVE 158 . A cirurgia <strong>de</strong> revascularização miocárdica semTabela 22 – Recomen<strong>da</strong>ções para Trimetazidina na Insuficiência Cardíaca CrônicaClasse <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>ção Indicação Nível <strong>de</strong> evidênciaIIbIC significa <strong>insuficiência</strong> <strong>cardíaca</strong>Pacientes com IC sistólica sintomática, em adição à terapia otimiza<strong>da</strong>, para redução <strong>de</strong> morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>e mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>.BTabela 23 - Indicações <strong>de</strong> Revascularização Miocárdica na Insuficiência Cardíaca Crônica SistólicaClasse <strong>de</strong> Recomen<strong>da</strong>ção Indicações Nível <strong>de</strong> EvidênciaIIIaRevascularização do miocárdio em pacientes com disfunção ventricular esquer<strong>da</strong> e lesão obstrutivasignificativa do tronco <strong>da</strong> artéria coronariana esquer<strong>da</strong> ≥ 50%, ou equivalente <strong>de</strong> tronco com áreaisquêmica importante (estenose > 70% proximal em artérias <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte anterior e circunflexa)Revascularização do miocárdio em pacientes com disfunção ventricular esquer<strong>da</strong> com anatomiafavorável e angina com sintomatologia importante restritiva as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s usuais ou isquemiasignificante documenta<strong>da</strong>BB14Arq Bras Cardiol 2012; 98(1 supl.1):1-33

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