13.07.2015 Views

José António Pinto Ribeiro Caldas, cidade cultural ... - CCDR-LVT

José António Pinto Ribeiro Caldas, cidade cultural ... - CCDR-LVT

José António Pinto Ribeiro Caldas, cidade cultural ... - CCDR-LVT

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

«Somos consumidores decultura e gostaríamos quea nossa filha adquirisseesse hábito. Se a levarmoscom regularidade a eventosculturais é natural quevá ganhando o gosto».Um desejo agora mais fácilde concretizar, dada aproximidade do centro<strong>cultural</strong> à terra onde vivem.Roque irão estar ao lado de Margarida no Grande Auditório e apesarde não estarem ansiosos – talvez por se tratar de uma peça maisdireccionada a um público infantil –, estão «felizes» com o entusiasmoda filha. «Somos consumidores de cultura e gostaríamosque a Margarida adquirisse esse hábito. Se a levarmos com regularidadea eventos culturais é natural que vá ganhando o gosto».Um desejo agora mais fácil de concretizar, dada a proximidadedo centro <strong>cultural</strong> a A-dos-Francos, onde residem (a 15 quilómetrosdas <strong>Caldas</strong> da Rainha). «Já não precisamos de ir tantas vezesa Lisboa» ver teatro, concertos e exposições. Até agora, a programaçãodo CCC não envergonha, acho mesmo que está ao nível dado Centro Cultural de Belém, quer em termos de qualidade, querde variedade».Desde Maio que a <strong>cidade</strong> está a usufruir de uma oferta <strong>cultural</strong>como nunca teve. A falta de um espaço como este era consideradauma lacuna grave que prejudicava não só os habitantes das<strong>Caldas</strong> da Rainha como toda a população da região do Oeste(entre Lisboa e a Figueira da Foz, não há nenhum edifício de característicassemelhantes e quem quisesse ver espectáculos tinhaque se deslocar). Havia um hiato de quase 20 anos sem um espaçoactivo e de intervenção; a actividade <strong>cultural</strong> nas <strong>Caldas</strong> perdeu-senos escombros dos dois únicos espaços então existentes e mandadosdemolir pela autarquia: a Casa da Cultura, junto ao parquee em frente ao Hospital Termal, e o cineteatro Pinheiro Chagas,na antiga praça do peixe (leia-se Praça 5 de Outubro).Em relação ao cineteatro, na altura ainda se pensava na suareconstrução, mas rapidamente, como explica Maria da ConceiçãoPereira, vice-presidente da Câmara Municipal e também vereadorada cultura, «a autarquia chegou à conclusão de que seria sempreum espaço limitado em termos de área»: não só os lugares sentadosnão eram suficientes para o número de espectadores que sepretendia atrair como o próprio palco era demasiado pequenopara receber as grandes companhias de espectáculos. Desaparecidosos únicos locais onde nas <strong>Caldas</strong> se podia ter «um cheirinhoa cultura», ficou no ar a ideia de construir «um edifício criado deraiz para o desenvolvimento de actividades culturais, que pudesseacolher diversos tipos de espectáculos».Esse dia chegou em 15 de Maio de 2008, com a materialização deum projecto de 18 milhões de euros. Um dia que os caldenses dificilmenteesquecerão. A pompa e circunstância com que o momentofoi festejado atraiu gente de todo o lado para assistir ao «cortar dafita» e ao grande concerto oferecido à <strong>cidade</strong> pelo pianista AntónioPinho Vargas. Este foi o espectáculo que marcou a abertura oficialdas portas do CCC, mas na véspera, numa espécie de ante-estreia,David Fonseca, nascido nas <strong>Caldas</strong>, actuou e lotou a casa. Em apenasalgumas semanas <strong>Caldas</strong> quase recuperou o que lhe faltou em anoscom uma apresentação de espectáculos em modo «non-stop».Por causa do CCC milhares de pessoas deslocaram-se à terra queem tempos ficou famosa pelas suas «águas quentes» de «cheirointenso» e com «poderes curativos» e pela cerâmica de RafaelBordalo Pinheiro e, antes dele, de Manuel Mafra. Há muito queo país deixou de associar a marca «<strong>Caldas</strong>» à louça e às termas,sectores que deixaram de sustentar a economia da <strong>cidade</strong> – asfábricas de cerâmica estão a fechar e a procura de tratamentos no24 |

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!